"É possível ser autista e não ter nenhum hiperfoco?"
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"É possível ser autista e não ter nenhum hiperfoco?"
Oi, tudo bem? Essa é uma pergunta excelente — e muito mais comum do que parece. Sim, é possível ser autista e não apresentar nenhum hiperfoco evidente. O hiperfoco é uma característica frequentemente associada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas ele não é um critério obrigatório para o diagnóstico. Cada pessoa no espectro tem uma configuração única de funcionamento cognitivo, emocional e sensorial, e o hiperfoco é apenas uma das possíveis manifestações dessa diversidade.
Algumas pessoas autistas não relatam hiperfocos porque suas áreas de interesse podem ser mais amplas e distribuídas, sem aquele mergulho intenso e prolongado em um único tema. Outras podem até viver o hiperfoco de forma mais interna, voltado a pensamentos, memórias ou sensações, e não necessariamente em algo observável. Há também quem tenha dificuldade em perceber o próprio hiperfoco, justamente porque ele é vivido com naturalidade — como se fosse simplesmente “o jeito que a mente funciona”.
Do ponto de vista da neurociência, o hiperfoco está relacionado a padrões de atenção seletiva e à forma como o cérebro responde à dopamina — substância ligada à motivação e à recompensa. Ou seja, o que muda de pessoa para pessoa é o quanto esses circuitos se ativam diante de determinados estímulos. Você já se perguntou se existe algo que te prende de forma tão natural que o tempo parece passar diferente? Ou, pelo contrário, se você se sente mais disperso e curioso por várias coisas ao mesmo tempo? Ambas as formas são válidas e possíveis dentro do espectro.
Em terapia, o mais importante é compreender o funcionamento singular de cada pessoa, sem encaixá-la em uma cartilha fixa de sintomas. O espectro é exatamente isso: um conjunto de maneiras distintas de perceber, processar e se relacionar com o mundo. O hiperfoco pode estar presente, pode ser sutil ou pode simplesmente não fazer parte da sua experiência — e tudo bem. Caso queira conversar mais sobre o seu funcionamento e entender o que faz sentido no seu caso, estou à disposição.
Algumas pessoas autistas não relatam hiperfocos porque suas áreas de interesse podem ser mais amplas e distribuídas, sem aquele mergulho intenso e prolongado em um único tema. Outras podem até viver o hiperfoco de forma mais interna, voltado a pensamentos, memórias ou sensações, e não necessariamente em algo observável. Há também quem tenha dificuldade em perceber o próprio hiperfoco, justamente porque ele é vivido com naturalidade — como se fosse simplesmente “o jeito que a mente funciona”.
Do ponto de vista da neurociência, o hiperfoco está relacionado a padrões de atenção seletiva e à forma como o cérebro responde à dopamina — substância ligada à motivação e à recompensa. Ou seja, o que muda de pessoa para pessoa é o quanto esses circuitos se ativam diante de determinados estímulos. Você já se perguntou se existe algo que te prende de forma tão natural que o tempo parece passar diferente? Ou, pelo contrário, se você se sente mais disperso e curioso por várias coisas ao mesmo tempo? Ambas as formas são válidas e possíveis dentro do espectro.
Em terapia, o mais importante é compreender o funcionamento singular de cada pessoa, sem encaixá-la em uma cartilha fixa de sintomas. O espectro é exatamente isso: um conjunto de maneiras distintas de perceber, processar e se relacionar com o mundo. O hiperfoco pode estar presente, pode ser sutil ou pode simplesmente não fazer parte da sua experiência — e tudo bem. Caso queira conversar mais sobre o seu funcionamento e entender o que faz sentido no seu caso, estou à disposição.
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Sim, é possível ser autista e não apresentar hiperfoco evidente. Embora a atenção intensa a interesses específicos seja comum no Transtorno do Espectro Autista, ela não está presente em todos os indivíduos. Algumas pessoas com TEA podem ter interesses variados ou mais difusos, sem se concentrar de forma prolongada em um único tema, ou podem demonstrar foco moderado distribuído em várias atividades. O autismo é definido principalmente por dificuldades na comunicação social, interação e comportamentos restritos ou repetitivos, de modo que a ausência de hiperfoco não exclui o diagnóstico.
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