É possível usar o hiperfoco para melhorar a socialização no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
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É possível usar o hiperfoco para melhorar a socialização no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
Oi, tudo bem?
Sim, é absolutamente possível — e, na verdade, essa pode ser uma das formas mais naturais e potentes de promover a socialização em pessoas com Transtorno do Espectro Autista. O hiperfoco é uma manifestação de como o cérebro autista busca sentido e prazer nas experiências. Quando o interesse intenso é acolhido e compreendido, ele se transforma em uma ponte de conexão com o outro, e não em uma barreira.
Em vez de tentar “diminuir” o hiperfoco, o caminho mais eficaz é aprender a usá-lo como um canal de aproximação. Participar de grupos, eventos ou atividades que envolvem o tema de interesse faz com que a socialização aconteça de forma mais espontânea, porque a conversa parte de algo que já desperta motivação genuína. O cérebro, nesses momentos, se engaja de maneira mais leve, ativando áreas ligadas à curiosidade, à recompensa e ao prazer de compartilhar.
Talvez seja interessante pensar: o que acontece quando essa pessoa fala sobre o que ama e é escutada com curiosidade real? Que tipo de ambiente favorece essa troca sem julgamentos ou interrupções? E o que muda no humor e na disposição quando ela sente que está sendo compreendida a partir do que faz sentido para ela? Essas perguntas ajudam a perceber que a socialização, no autismo, não depende de “forçar o contato”, mas de criar contextos emocionalmente seguros e significativos.
Na terapia, trabalhamos justamente esse equilíbrio: usar o hiperfoco como uma ferramenta de vínculo, sem que ele se torne o único eixo da vida social. Assim, o interesse intenso continua sendo um espaço de prazer e identidade, mas também se torna uma forma bonita de construir pertencimento.
Quando sentir que é o momento certo, podemos conversar mais sobre isso.
Sim, é absolutamente possível — e, na verdade, essa pode ser uma das formas mais naturais e potentes de promover a socialização em pessoas com Transtorno do Espectro Autista. O hiperfoco é uma manifestação de como o cérebro autista busca sentido e prazer nas experiências. Quando o interesse intenso é acolhido e compreendido, ele se transforma em uma ponte de conexão com o outro, e não em uma barreira.
Em vez de tentar “diminuir” o hiperfoco, o caminho mais eficaz é aprender a usá-lo como um canal de aproximação. Participar de grupos, eventos ou atividades que envolvem o tema de interesse faz com que a socialização aconteça de forma mais espontânea, porque a conversa parte de algo que já desperta motivação genuína. O cérebro, nesses momentos, se engaja de maneira mais leve, ativando áreas ligadas à curiosidade, à recompensa e ao prazer de compartilhar.
Talvez seja interessante pensar: o que acontece quando essa pessoa fala sobre o que ama e é escutada com curiosidade real? Que tipo de ambiente favorece essa troca sem julgamentos ou interrupções? E o que muda no humor e na disposição quando ela sente que está sendo compreendida a partir do que faz sentido para ela? Essas perguntas ajudam a perceber que a socialização, no autismo, não depende de “forçar o contato”, mas de criar contextos emocionalmente seguros e significativos.
Na terapia, trabalhamos justamente esse equilíbrio: usar o hiperfoco como uma ferramenta de vínculo, sem que ele se torne o único eixo da vida social. Assim, o interesse intenso continua sendo um espaço de prazer e identidade, mas também se torna uma forma bonita de construir pertencimento.
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Sim, é possível usar o hiperfoco para melhorar a socialização no Transtorno do Espectro Autista. Ao transformar interesses intensos em oportunidades de interação, como atividades em grupo, discussões ou projetos relacionados ao tema de interesse, a pessoa se sente motivada a se engajar e compartilhar experiências com os outros. Esse processo permite praticar habilidades sociais, compreender sinais e turnos de conversa, e criar vínculos significativos dentro de um contexto seguro e prazeroso, aproveitando o hiperfoco como um facilitador da conexão social em vez de uma barreir
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