É verdade que as pessoas autistas gostam de se isolar?
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respostas
É verdade que as pessoas autistas gostam de se isolar?
Olá. Boa tarde.
O diagnóstico aplicado para o autismo ao meu ver e muito delicado pois pode inibir ainda mais a pessoa que já se sente e se percebe , muitas vezes, diferente das demais que não têm esse diagnóstico.
Provavelmente um dos fatores do isolamento é por se sentir muito diferente , ja que podem a vir a se sentir ate mesmo rejeitadas.
Obrigada !!
O diagnóstico aplicado para o autismo ao meu ver e muito delicado pois pode inibir ainda mais a pessoa que já se sente e se percebe , muitas vezes, diferente das demais que não têm esse diagnóstico.
Provavelmente um dos fatores do isolamento é por se sentir muito diferente , ja que podem a vir a se sentir ate mesmo rejeitadas.
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Oi, tudo bem? Essa é uma dúvida bem comum — e importante de ser esclarecida. Na verdade, não é correto dizer que pessoas autistas “gostam” de se isolar. O que acontece é que muitas vezes o isolamento surge como uma forma de descanso, de proteção diante de um ambiente social que pode ser excessivamente intenso, imprevisível ou até doloroso. É como se o cérebro dissesse: “eu preciso de pausa para processar tudo isso”.
Muitas pessoas no espectro sentem vontade de se conectar, de pertencer, de ter laços genuínos — mas o modo de se relacionar costuma seguir outra lógica, mais direta, menos baseada em sutilezas sociais ou convenções. O problema é que o mundo, nem sempre, está preparado para acolher essa forma diferente de estar com o outro. Então, o isolamento acaba sendo uma forma de reduzir o risco de rejeição, confusão ou esgotamento.
Na neurociência, entendemos que o sistema emocional e sensorial de quem está no espectro tende a reagir com mais intensidade a estímulos e interações. Por isso, o recolhimento, em muitos casos, é uma tentativa de autorregulação — não uma preferência por solidão. Com o tempo e as estratégias certas, é possível criar ambientes e relações onde a convivência se torne menos desgastante e mais significativa.
Talvez valha refletir: em que momentos o isolamento traz alívio, e em quais começa a pesar? O que o corpo parece pedir quando há muita interação? Existe espaço na rotina para pausas que não se transformem em solidão? Essas respostas ajudam a compreender o que realmente está por trás do comportamento.
Quando o acolhimento certo acontece, a conexão também acontece — só que no tempo e no formato de cada um. Caso precise, estou à disposição.
Muitas pessoas no espectro sentem vontade de se conectar, de pertencer, de ter laços genuínos — mas o modo de se relacionar costuma seguir outra lógica, mais direta, menos baseada em sutilezas sociais ou convenções. O problema é que o mundo, nem sempre, está preparado para acolher essa forma diferente de estar com o outro. Então, o isolamento acaba sendo uma forma de reduzir o risco de rejeição, confusão ou esgotamento.
Na neurociência, entendemos que o sistema emocional e sensorial de quem está no espectro tende a reagir com mais intensidade a estímulos e interações. Por isso, o recolhimento, em muitos casos, é uma tentativa de autorregulação — não uma preferência por solidão. Com o tempo e as estratégias certas, é possível criar ambientes e relações onde a convivência se torne menos desgastante e mais significativa.
Talvez valha refletir: em que momentos o isolamento traz alívio, e em quais começa a pesar? O que o corpo parece pedir quando há muita interação? Existe espaço na rotina para pausas que não se transformem em solidão? Essas respostas ajudam a compreender o que realmente está por trás do comportamento.
Quando o acolhimento certo acontece, a conexão também acontece — só que no tempo e no formato de cada um. Caso precise, estou à disposição.
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