Existem diferenças nas comorbidades de homens e mulheres com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?

2 respostas
Existem diferenças nas comorbidades de homens e mulheres com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
Sim, existem diferenças nas comorbidades entre homens e mulheres com Transtorno do Espectro Autista. Pesquisas mostram que mulheres com TEA frequentemente apresentam maior ocorrência de ansiedade, depressão e transtornos alimentares, enquanto homens tendem a ter maior prevalência de déficits de atenção, hiperatividade e comportamentos disruptivos. Essas diferenças podem estar relacionadas tanto a fatores biológicos quanto a questões socioculturais, como a maior habilidade de mulheres em mascarar sintomas sociais, o que pode atrasar o diagnóstico e favorecer o surgimento de comorbidades internas, como sofrimento emocional e transtornos afetivos.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? A forma como você trouxe essa pergunta é muito cuidadosa, porque falar de diferenças entre homens e mulheres no TEA exige sensibilidade para não transformar isso em regras duras. O que a gente observa na prática clínica e na literatura é que, embora o diagnóstico seja o mesmo, a maneira como ele aparece pode ser bastante distinta entre gêneros, especialmente nas comorbidades.

Muitas mulheres no espectro tendem a apresentar quadros de ansiedade, depressão e exaustão emocional com maior frequência, muito em função do que chamamos de camuflagem social. É como se o cérebro trabalhasse dobrado para acompanhar o que o ambiente espera, tentando “performar” socialmente, e esse esforço prolongado pode acabar abrindo espaço para sofrimento psíquico. Já em meninos e homens, é comum observar comorbidades mais ligadas ao comportamento, como TDAH ou dificuldades de autorregulação impulsiva, mas isso não é regra. Talvez valha notar como a pessoa que você está observando se organiza emocionalmente no dia a dia. Em que momentos ela parece esgotada? Há situações em que ela tenta se adaptar tanto ao ambiente que o corpo parece cobrar depois?

Outra diferença importante é que muitas mulheres autistas passam anos sem diagnóstico justamente porque suas estratégias de adaptação mascaram parte do sofrimento. Isso faz com que comorbidades emocionais sejam identificadas antes do próprio TEA, o que atrasa intervenções adequadas. Você percebe que há sinais que só aparecem quando a pessoa está em ambientes mais íntimos ou seguros? Como ela reage quando não precisa “manter o desempenho social”?

Essas nuances não tornam o diagnóstico mais ou menos válido, apenas mostram que o TEA não tem um único rosto e que compreender essas diferenças ajuda a oferecer um cuidado mais preciso e menos estigmatizado. Se quiser explorar esses sinais com mais profundidade e entender como tudo isso se manifesta na prática, podemos conversar com calma sobre o caso que você tem em mente. Caso precise, estou à disposição.

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