Meu nome é Lucas, tenho 19 anos e sou diagnosticado com TOC e tenho sintomas desde os 14 anos. Mas o

21 respostas
Meu nome é Lucas, tenho 19 anos e sou diagnosticado com TOC e tenho sintomas desde os 14 anos. Mas ontem aconteceu algo que, mesmo tomando medicação não consegui evitar a ruminação, pois envolve algo extremamente repulsivo e nojento.
Estava assistindo ao filme IT de 1990 e em certa parte do filme vi uma personagem menina que faz parte do filme e achei a roupa dela, o estilo e ela em si bonita, mas não no sentido sexual, apenas achei fofa como você acha uma criança. Mas aí começou pensamentos de que eu tinha sentido atração e excitação e quanto mais eu pensava nisso mais eu tinha uma falsa sensação de excitação (não sei como descrever, mas era um calor genital que não me deixava excitado mas sim ansioso e paranóico). Tive que parar de assistir o filme e verificar constantemente se eu tinha alguma excitação e mesmo vendo que não tinha eu fiquei me sentindo culpado pois na minha cabeça aquela sensação era de fato uma excitação.
 Mércia Gabriela Cavalcanti
Psicólogo
Paulo Afonso
Oi Lucas, tudo bem?

Você faz acompanhamento psicológico e medicamentoso? É de extrema importância saber… as ruminações fazem parte do quadro e é preciso ter uma condução para não intensificar, agravando seu quadro e deixando você mais vulnerável!

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O que você descreveu é mais comum do que parece no contexto do TOC, especialmente quando envolve pensamentos intrusivos com conteúdos que causam repulsa ou culpa. Muitas pessoas com TOC passam por isso em silêncio, com enorme sofrimento, justamente por não conseguirem separar o pensamento da intenção. Mas é importante reforçar: ter um pensamento involuntário não significa ter vontade ou desejo real. No TOC, o cérebro reage com alarme a qualquer ideia que pareça ameaçadora, mesmo que ela não tenha ligação com sua identidade ou seus valores.

Quando você percebeu a personagem como "fofa", seu cérebro associou isso automaticamente a um tema sensível e proibido, e isso disparou o ciclo obsessivo: questionamentos, verificações, culpa, desconforto físico. Isso inclui a tal "sensação corporal" que você relatou — que, na verdade, não é um indicativo de desejo, mas uma resposta de ansiedade. Muita gente com TOC se sente confusa com essas sensações físicas, mas elas não são confiáveis como critério para definir o que você sente ou quer.

Esse tipo de experiência pode ser compreendido e tratado de diferentes maneiras, dependendo da abordagem do psicólogo. Na terapia cognitivo-comportamental, o foco costuma estar em interromper o ciclo de obsessões e compulsões, através de técnicas como exposição e prevenção de resposta. Já numa abordagem simbólica — como a psicologia analítica — o sofrimento é acolhido como uma expressão do inconsciente, e o foco está em compreender o que esse conteúdo está querendo comunicar sobre você, seus limites, seus conflitos internos e a tensão entre o que é aceitável e o que é reprimido.

Em ambos os casos, o objetivo é o mesmo: tirar você da culpa, da autovigilância e do medo de si mesmo, e ajudá-lo a construir uma relação mais honesta e mais tranquila com sua própria mente. O fato de você estar angustiado e buscando ajuda já diz muito sobre quem você é. Você não está sozinho nisso — e não está fazendo nada de errado ao sentir medo de um pensamento que simplesmente apareceu.
Oi, Lucas. Obrigada por compartilhar algo tão delicado — entendo o quanto isso pode ser angustiante pra você. O que você descreve é mais comum do que parece entre pessoas que convivem com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, especialmente nas manifestações que envolvem pensamentos intrusivos de teor repulsivo, moral ou sexual. Esses pensamentos não dizem nada sobre quem você é, e muito menos sobre os seus desejos reais. Eles surgem justamente pelo medo de sentir algo que vá contra os seus valores — e é aí que entra a armadilha do TOC: quanto mais você tenta “testar” se sentiu algo ou não, mais preso fica na ruminação.

A sensação física que você descreve não é prova de desejo, mas parte do ciclo ansioso. O corpo reage à ansiedade de várias formas, inclusive com sensações físicas desconfortáveis ou confusas.

É muito importante que você tenha acompanhamento psicológico além do uso da medicação. O tratamento com psicoterapia — especialmente abordagens como a Terapia Cognitivo-Comportamental — pode te ajudar a entender melhor esse funcionamento e te oferecer ferramentas pra quebrar esse ciclo de culpa e verificação. O TOC é uma condição tratável, e você não precisa enfrentar isso sozinho.

Se quiser conversar mais sobre isso ou iniciar um acompanhamento, estou à disposição.
 Júlia Gonzales
Psicólogo
São Paulo
Lucas, o que você viveu ontem não faz de você uma pessoa ruim, muito menos alguém "nojento". O que você está descrevendo tem características muito claras do que chamamos de obsessões com conteúdo intrusivo, algo que aparece com frequência no TOC.

Na sua fala, você deixa algo muito importante evidente: não houve desejo sexual real, mas sim uma percepção inocente, você achou a personagem fofa, simpática, bem vestida, e de repente sua mente transformou isso num cenário de pânico. Isso é típico do TOC: ele sequestra pensamentos neutros ou inofensivos e os distorce, transformando-os em algo que te assusta, que bate na sua moral, na sua identidade, e que parece incontrolável.

Esse “calor” que você sentiu, essa sensação corporal, não significa excitação real, mas sim ansiedade — o corpo responde a essa avalanche de angústia. O TOC faz isso: ele mistura sensações físicas, pensamentos e culpa, e cria um círculo vicioso em que você se vê obrigado a verificar, questionar, tentar “ter certeza” tipo como você fez ao parar o filme e tentar controlar o que estava sentindo. E quanto mais se tenta ter certeza... mais distante essa certeza fica.

Na psicanálise, a gente não tenta apagar esses pensamentos, mas abrir espaço para escutá-los com profundidade, não para confirmar que são "reais" ou "falsos", mas para entender o que te toca neles, por que te angustiam tanto, o que isso mobiliza dentro de você. Porque o problema não é o pensamento em si, mas a relação que se constrói com ele, e isso, sim, pode ser trabalhado.

Lucas, você é maior que esses pensamentos. Você está tomando medicação, está buscando ajuda, está se observando com atenção, isso já mostra responsabilidade, cuidado e vontade de se compreender. O que num processo de análise, pode ser muito potente.

Você não está sozinho. E você não é o que o TOC tenta te convencer que é.
Olá, Lucas! Primeiramente, que bom que você já buscou ajuda e faz tratamento via medicamentos, mas é imprescindível que um acompanhamento em psicoterapia seja feito para entender como estas ruminações acontecem, o que elas envolvem e o que desencadeiam. Sugiro que você busque um profissional de psicologia. Sem dúvidas, o sintoma tem algo a dizer. Qualquer dúvida, estou à disposição!
Obrigado por compartilhar algo tão difícil com tanta clareza — isso mostra coragem e vontade de entender o que está acontecendo com você. O que você descreveu é uma experiência bastante comum entre pessoas que vivem com TOC, especialmente em quadros com obsessões de conteúdo moral, sexual ou que envolvem culpa e dúvida — chamadas de obsessões egodistônicas, porque são pensamentos que vão contra quem você é e o que valoriza. É importante saber que esses pensamentos não representam um desejo real ou uma intenção, mas são fruto do transtorno, que prende a mente em ciclos de ruminação, hipervigilância corporal e checagens mentais, como aconteceu com você ao tentar confirmar se havia ou não excitação. Essa “sensação física” que você descreve não significa que você concorda com o pensamento ou sentiu prazer, e sim que seu corpo respondeu à ansiedade — e é exatamente isso que o TOC faz: mistura sensações, interpretações e dúvidas, gerando sofrimento intenso. Nesses momentos, a mente tenta “provar” que você é uma má pessoa, o que não é verdade. O trabalho com um psicólogo é fundamental para aprender a reconhecer esses padrões, entender como seu cérebro funciona, reduzir a importância dada aos pensamentos e construir uma relação mais segura com você mesmo. A psicoterapia baseada em evidências pode te ajudar a sair desses ciclos, com acolhimento, técnica e respeito pela sua história.
Oi Lucas, que situação desagradável a sua! Existem muitas pessoas que passam por problemas semelhantes. Esses pensamentos recorrentes podem causar muito sofrimento. Seria interessante buscar ajuda de um psicólogo, que você se sinta bem e tenha confiança, para entender as origens desses sentimentos e elaborar formas de lidar com isso.
 Paulo Cesar Francetto
Psicólogo, Psicanalista
Santo André
Ola Lucas. Seu caso não é simples. E tampouco daria para interpretá-lo com um texto apenas. necessitaria bem mais do que isso. Num processo de análise você mesmo chegará as conclusões com a ajuda do analista. No entanto vou lhe passar algumas informações. O fato de julgar repulsivo e nojento o que sente já denota uma manifestação de seus recalques. Isso significa que pelas regras sociais, culturais, religiosas, familiares que teve durante sua vida, hoje reprimem uma situação como essa. O próprio TOC tem origem dessas repressões. Chamamos isso de retorno do recalcado. O que seu inconsciente deseja manifestar como desejo seu consciente(superego) reprime e seu corpo responde ao desejo com os calores e excitação. O sentimento de culpa denota bem como você se sente após apenas ventilar um desejo. O desejo em si é errado para você , percebe? Ninguém está percebendo suas reações ou seus pensamentos. Mas você é sua censura. Os seus pensamentos vêm e lhe reprimem fortemente. Esse desejo pode ter origem numa infância e adolescência sexual reprimida e recalcada. Agora ela quer se manifestar e seu inconsciente está pedindo isso.
 Gisele Rodrigues
Psicólogo
Florianópolis
Olá Lucas. Espero que compartilhar isso tenta te ajudado. Lidar com TOC é um processo contínuo, já que transtornos apresentam dinâmicas complexas. Abraço.
Olá! Esse tipo de conteúdo de pensamento no TOC é considerado normal. Tente considerá-los como parte do TOC e não a definição do que você pensa ou é. Considere apenas como pensamentos e foque sua atenção em outras coisas legais. São pensamentos automáticos e intrusivos, irão retornar e tente mandá-los embora novamente. A terapia cognitiva comportamental poderá ajudar com as técnicas para controlar os pensamentos, melhorando sua qualidade de vida. Procure ajuda.
 Germaniely Lima
Psicólogo, Psicanalista
Florianópolis
Olá Lucas , o tratamento que está fazendo é só medicamentoso, ou inclui psicólogo também? É fundamental que terapia para entender melhor esses pensamentos, o que te desorganiza mentalmente. Só com as informações do seu relato não são suficientes para chegar a uma conclusão de fato.

Ei.
- Pois é Lucas, como estar sua estabilidade referente aos sintomas do TOC, eles diminuíram? Aumentaram?
- Quanto sua possível excitação, sim, pode ser algo preocupante, mas carece de uma análise mais profunda para entender os detalhes que levaram a você cogitar isso em relação a uma criança. Seu autorreconhecimento de que isso pode ser algo preocupante é louvável. Tente levar essa questão para seu/sua terapeuta de forma mais detalhada, com todas as sensações e emoções que sentiu. Na medida do possível escreva em uma folha de caderno as sensações, sentimentos e pensamentos que teve pela personagem do filme, depois disso análise quais foram reais e porque foram reais.
- Caso queira nos mandar mais detalhes, ficarei feliz em responder.

Abraços
 Cirano Araújo
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Olá Lucas, como tem passado?
Na perspectiva psicanalítica, o pensamento intrusivo e a sensação de culpa que o acompanha não são sinais de quem "deseja algo inaceitável", mas sim de um sujeito dividido, que vive um conflito entre aquilo que sente, aquilo que teme sentir e aquilo que acredita ser certo ou errado sentir.
Essas imagens mentais não são verdades sobre você. São expressões simbólicas que retornam como sintomas — especialmente quando o sujeito busca controlar o incontrolável: o inconsciente.
Esse "calor genital" que você mencionou não deve ser lido de forma literal, mas como uma resposta somática ansiosa, talvez disparada pelo terror de estar ultrapassando um limite ético.
Por que esse tipo de ideia se repete justamente quando você está mais vulnerável ou sozinho consigo mesmo?
O que há por trás da necessidade de controlar absolutamente tudo o que se pensa e sente?
Essas são perguntas que não buscam condenar nem absolver, mas abrir espaço para uma escuta mais profunda.
Na terapia, você não será julgado, será acolhido. Porque o que mais importa não é o que você pensou, mas o sofrimento que esse pensamento revela.
Fico à disposição, boa semana.
A medicação ajuda a reduzir os sintomas, mas não elimina os pensamentos obsessivos do TOC. Assim o tratamento mais eficiente é a combinação da medicação com a terapia cognitivo-comportamental (TCC), especialmente com a técnica de exposição e prevenção de resposta (ERP). Nessa abordagem, você pode desenvolver estratégias para enfrentar os pensamentos intrusivos que normalmente não correspondem a quem você é ou deseja.
Boa Noite, Lucas. Obrigado por compartilhar isso com tanta honestidade. O que você está descrevendo é algo que muitas pessoas com TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) vivenciam — especialmente dentro do subtipo chamado TOC com obsessões de conteúdo inaceitável ou repulsivo (também chamado de TOC "puro O", ou obsessivo puro).
Você teve um pensamento neutro ou normal, como "essa personagem é fofa" — algo que muitas pessoas pensam ao ver uma criança, sem qualquer conotação sexual.
O TOC distorce esse pensamento e lança a dúvida:
“E se isso foi sexual? E se eu sou uma pessoa nojenta por isso?”
Essa dúvida gera ansiedade extrema, e seu cérebro busca provas para confirmar ou negar (como verificar sensações no corpo, lembrar da cena, rever os sentimentos, se observar demais...).
Lucas, o fato de isso te causar angústia, nojo, culpa e sofrimento já mostra que isso não tem nada a ver com desejo verdadeiro ou intenção real.
Pessoas com TOC moral ou de conteúdo sexual intrusivo não querem cometer os atos que temem — o medo é justamente de ser alguém que faria isso, o que não é o caso.

Aconselho voce buscar ajuda de um profissional.
Abraços
Seu comentário apresenta várias camadas. A primeira é: você toma alguma medicação ou faz psicoterapia? Medicações interferem bastante no funcionamento do organismo. A segunda é: o que te fez sentir repulsa e nojo por ter achado uma moça bonita e fofa? E mesmo que tenha sido sexualmente falando, que mal há nisso? As demais camadas são necessárias serem trabalhadas em psicoterapia.
 Erick Meireles Elmiro
Psicólogo
Brasília
Lucas, o que você viveu é uma manifestação bastante conhecida do transtorno obsessivo-compulsivo, especialmente do subtipo que envolve obsessões de conteúdo moral ou sexual. Nesse tipo de TOC, é comum que pensamentos intrusivos surjam com temas que causam repulsa ou forte desconforto, como no seu caso. A sensação de excitação que você menciona, na verdade, é uma resposta ansiosa do corpo, que pode gerar calor ou tensão na região genital sem estar relacionada a desejo real. Essa reação costuma ser interpretada de forma distorcida pelo TOC, alimentando a dúvida e a culpa. A tentativa de monitorar o corpo e buscar certeza sobre o que sentiu também faz parte do ciclo de compulsões, que mantém o sintoma ativo. Mesmo com medicação, é possível que episódios como esse ocorram, principalmente diante de gatilhos inesperados, e isso indica a importância de retomar ou intensificar o trabalho psicoterapêutico, preferencialmente com foco em TOC. É importante que você saiba que pensamentos não são ações, e o conteúdo dessas obsessões não define quem você é. O foco do tratamento, nesse caso, está em aprender a lidar com a dúvida sem se prender à necessidade de ter certeza. Isso reduz o sofrimento e a interferência do TOC no seu dia a dia.
Para quem tem TOC, pensamentos intrusivos surgem de forma inesperada e assustadora — especialmente quando tocam em temas sensíveis como sexualidade, moral ou infância.

O problema não está no que foi pensado, mas na forma como a mente transforma isso em culpa.
Pensar não é agir. E sentir algo físico — como calor ou tensão — não significa que existe desejo ou intenção. É o corpo respondendo à ansiedade, não ao conteúdo do pensamento.

Na psicanálise, acolhemos esse sofrimento sem julgamento. Buscamos entender o que esses pensamentos expressam, de forma simbólica, sobre angústias mais profundas.
O sintoma fala — mas nem sempre do que parece.
Você não é nojento. Você está em conflito, tentando entender por que algo tão banal se transformou em tormento.

Se quiser estou à disposição para falar mais sobre isso com voce
 Natália M. Trinca
Psicólogo, Psicanalista
São Caetano do Sul
Olá Lucas, como vai?

Excitações principalmente na sua idade são naturais, essas questões de pensamentos obsessivos (intrusivos - TOC) trazem sofrimentos intensos. A psicanálise pode te ajudar a escutar esses pensamentos e fazer você pensar o que vale você levar em consideração e o que não vale. Se quiser falar um pouco mais sobre isso, me procure.
O que você descreve é comum em pessoas com TOC: a ansiedade pode causar sensações físicas que confundem, mas isso não significa que você tenha desejos reais. Pensamentos intrusivos são sintomas do transtorno, não sua vontade. Continue o tratamento e fale com seu terapeuta sobre isso.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, Lucas, tudo bem?

A forma como você descreve o que aconteceu revela o quanto você está atento ao seu próprio funcionamento — e ao mesmo tempo o quanto está lidando com um nível alto de angústia, marcado por dúvida, vergonha e um senso de urgência para entender ou neutralizar o que sentiu. Esse tipo de experiência, especialmente em quem convive com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), pode ser devastador emocionalmente, porque não se trata apenas do pensamento em si, mas da forma como ele é interpretado e da reação que ele desencadeia.

No TOC, existe algo que chamamos de obsessões egodistônicas — pensamentos intrusivos que vão completamente contra os valores e desejos reais da pessoa, mas que surgem de forma invasiva e trazem um sofrimento enorme justamente porque parecem dizer algo inaceitável sobre quem se é. O que você viveu tem todas as características desse tipo de episódio: o pensamento automático, a dúvida moral intensa, o foco na área genital, o comportamento de checagem (verificar excitação), e a tentativa de neutralizar com raciocínios e interpretações. E aí entra um detalhe que a neurociência ajuda a entender: quanto mais tentamos “provar” que o pensamento não é verdadeiro, mais ativamos os circuitos cerebrais ligados à ameaça — e o cérebro acaba entendendo que aquilo é mesmo perigoso, reforçando o ciclo.

Lucas, não é o pensamento que diz quem você é, mas sim o que você faz com ele. O fato de você ter se sentido desconfortável e buscado entender isso com tanto cuidado mostra, justamente, que o conteúdo do pensamento vai na contramão dos seus princípios. Já reparou como o TOC, muitas vezes, atinge justamente os temas que mais importam para a pessoa — como se fosse uma distorção daquilo que é mais valioso? E será que a culpa que você sente tem mais a ver com o que realmente acredita ou com o medo de “e se for verdade”, típico do TOC?

Esse tipo de sintoma não deve ser enfrentado sozinho. A terapia pode ajudar a construir novas formas de lidar com esses pensamentos, sem entrar no jogo de convencê-los ou refutá-los, mas desenvolvendo um outro tipo de relação com eles. E isso pode ser transformador.

Caso precise, estou à disposição.

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