O Depakote engorda porque aumenta o apetite ou tem algum outro fator?

8 respostas
O Depakote engorda porque aumenta o apetite ou tem algum outro fator?
Uma reação adversa comum ao uso do Depakote é o aumento do apetite e, consequentemente, aumento do peso.

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O divalproato de sódio age sobre o peso de duas maneiras: diminui a taxa metábolica basal e aumenta o apetite, principalmente para carboidratos e doces.
Dr. Rafael Perin
Psiquiatra
Ribeirão Preto
Primeiramente, ele nao engorda todas as pessoas, somente uma minoria. Acaba engordando por mudar o metabolismo e o apetite. Por ser um ótimo medicamento para diversas patologias, vale apena experimenta lo
Não existe relação de causa e efeito, porque nem todo mundo ganha peso utilizando a droga. Só uma minoria.
Boa tarde! Entendo sua preocupação, porque a questão do peso é muito comum com o Depakote (ácido valpróico). Ele pode causar ganho de peso principalmente por aumentar o apetite, mas também por alterar o metabolismo e a forma como o corpo armazena gordura em algumas pessoas. Nem todo mundo vai ganhar peso, mas deve ser acompanhado.

Se quiser, podemos agendar uma consulta para revisar seu tratamento, avaliar os efeitos colaterais e pensar em estratégias para minimizar alterações de peso.
Dra. Michelle Ramos
Neurologista
Belo Horizonte
Depakote e ganho de peso: por que acontece Não é só fome maior.

O Depakote pode:
*Aumentar o apetite e reduzir a saciedade.
*Induzir resistência à insulina e alterar hormônios como leptina/adiponectina → mais armazenamento de gordura.
*Causar retenção de líquidos leve e sonolência/cansaço, reduzindo gasto energético.
Dra. Mariana M. Sant'Ana
Neurologista, Especialista em dor
Cuiabá
Excelente pergunta — e é muito importante compreender o motivo fisiológico por trás dessa possível alteração de peso, já que o Depakote (valproato de sódio) é amplamente utilizado tanto em neurologia (para epilepsia e enxaqueca) quanto em psiquiatria (como estabilizador do humor).

O ganho de peso associado ao Depakote não ocorre apenas por aumento do apetite, embora esse seja um dos fatores. Ele é resultado de uma combinação de mudanças metabólicas, hormonais e neuroquímicas que o medicamento pode provocar em algumas pessoas.

Os principais mecanismos são:

1⃣ Aumento do apetite e alteração da saciedade

O valproato atua em neurotransmissores como o GABA e a serotonina, que também participam da regulação da fome.

Em algumas pessoas, isso leva a maior desejo por alimentos calóricos, especialmente carboidratos.

2⃣ Redução da taxa metabólica basal

O metabolismo pode ficar mais lento, o que significa que o corpo gasta menos energia em repouso.

Assim, mesmo mantendo o mesmo padrão alimentar, pode ocorrer ganho de peso gradual.

3⃣ Alterações hormonais e resistência à insulina

O uso prolongado pode interferir em hormônios reguladores do metabolismo, favorecendo leve resistência à insulina, o que facilita o acúmulo de gordura corporal.

Esse efeito é mais observado em mulheres, especialmente quando há predisposição a alterações hormonais.

4⃣ Retenção leve de líquidos e alterações hepáticas metabólicas

Em alguns casos, há discreta retenção hídrica e modificação na metabolização de gorduras pelo fígado.

O importante é que nem todos os pacientes apresentam ganho de peso, e quando ocorre, ele pode ser prevenido ou controlado com:

Acompanhamento nutricional;

Prática regular de atividade física;

Avaliação laboratorial periódica (função hepática, glicemia, perfil lipídico);

E eventual ajuste de dose ou troca de medicação, caso o ganho seja expressivo.

Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. É essencial discutir qualquer alteração de peso com o médico que prescreveu o tratamento, para definir a melhor estratégia sem comprometer o controle das crises.

Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, em consultas presenciais em Cuiabá e São Paulo ou atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, enxaqueca e acompanhamento medicamentoso seguro, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.

Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
O Depakote (valproato de sódio) pode causar ganho de peso por uma combinação de mecanismos metabólicos, hormonais e neurológicos, e não apenas pelo aumento do apetite. Esse efeito é relativamente comum, especialmente em tratamentos de longo prazo, e varia conforme a dose, o tempo de uso e a predisposição individual. Diferente de outros medicamentos que estimulam diretamente a fome, o Depakote altera o metabolismo energético e a forma como o corpo armazena gordura. Ele atua aumentando a disponibilidade de GABA (ácido gama-aminobutírico), um neurotransmissor inibitório que reduz a excitabilidade neuronal e ajuda a estabilizar o humor e as crises convulsivas. No entanto, essa modulação também diminui o gasto energético basal, ou seja, o corpo passa a gastar menos calorias em repouso. Além disso, o valproato interfere na sensibilidade à insulina e na leptina, hormônio responsável pela regulação da saciedade, o que pode levar a maior acúmulo de gordura abdominal e resistência metabólica. Outro fator é que o Depakote pode causar retenção de líquidos e alterar o metabolismo de mitocôndrias, reduzindo ligeiramente a eficiência na queima de energia. O ganho de peso costuma ocorrer nos primeiros meses de uso, sendo mais acentuado em mulheres e em pessoas com histórico de sobrepeso ou sedentarismo. Embora o apetite possa aumentar em alguns casos, o principal responsável é o ajuste metabólico provocado pelo medicamento. Para reduzir esse efeito, recomenda-se: manter uma alimentação balanceada e fracionada, priorizando proteínas magras, fibras e vegetais; praticar atividade física regular, especialmente exercícios aeróbicos e de força; evitar alimentos ultraprocessados e açúcares simples; e monitorar o peso e exames laboratoriais (como glicemia, TSH e perfil lipídico) durante o tratamento. Em casos de ganho de peso significativo, o neurologista pode avaliar a possibilidade de ajuste de dose ou, se clinicamente viável, substituição gradual por outro estabilizador do humor (como lamotrigina ou topiramato, que tendem a não causar aumento de peso). Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, epilepsia, transtornos do humor e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira - Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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