O hiperfoco está presente em outras condições além do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
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O hiperfoco está presente em outras condições além do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
Oi, tudo bem? Excelente pergunta — e muito pertinente. Sim, o hiperfoco não é algo exclusivo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ele também aparece em outras condições, como no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), em alguns quadros ansiosos e até em pessoas sem diagnóstico clínico algum. A diferença está na forma como esse estado se manifesta e na função que ele exerce para cada indivíduo.
No TEA, o hiperfoco costuma vir como uma forma de conforto e previsibilidade — uma maneira do cérebro organizar o mundo e reduzir a sobrecarga sensorial ou emocional. Já no TDAH, ele pode surgir como uma espécie de “contrapeso” à dificuldade de manter atenção em tarefas menos estimulantes: quando algo desperta interesse real, o cérebro se engaja de forma intensa, quase como se dissesse “agora sim, encontrei um estímulo à altura”.
A neurociência tem mostrado que, nesses momentos, há uma ativação muito particular do sistema dopaminérgico — aquele ligado à motivação e à recompensa. É como se a mente entrasse em um estado de “fluxo”, onde o tempo passa diferente e a concentração se torna quase total. O desafio está em reconhecer quando isso é saudável e quando começa a gerar prejuízos — por exemplo, afastando a pessoa de outras áreas da vida, das relações ou do autocuidado.
Uma boa reflexão é: quando o hiperfoco aparece, ele está a serviço de quê? De um interesse genuíno que traz crescimento e prazer, ou de uma tentativa de escapar de desconfortos internos? Essa diferença muda tudo na forma de lidar com ele em terapia. Caso queira, posso te ajudar a compreender melhor como canalizar essa energia de maneira equilibrada e funcional.
No TEA, o hiperfoco costuma vir como uma forma de conforto e previsibilidade — uma maneira do cérebro organizar o mundo e reduzir a sobrecarga sensorial ou emocional. Já no TDAH, ele pode surgir como uma espécie de “contrapeso” à dificuldade de manter atenção em tarefas menos estimulantes: quando algo desperta interesse real, o cérebro se engaja de forma intensa, quase como se dissesse “agora sim, encontrei um estímulo à altura”.
A neurociência tem mostrado que, nesses momentos, há uma ativação muito particular do sistema dopaminérgico — aquele ligado à motivação e à recompensa. É como se a mente entrasse em um estado de “fluxo”, onde o tempo passa diferente e a concentração se torna quase total. O desafio está em reconhecer quando isso é saudável e quando começa a gerar prejuízos — por exemplo, afastando a pessoa de outras áreas da vida, das relações ou do autocuidado.
Uma boa reflexão é: quando o hiperfoco aparece, ele está a serviço de quê? De um interesse genuíno que traz crescimento e prazer, ou de uma tentativa de escapar de desconfortos internos? Essa diferença muda tudo na forma de lidar com ele em terapia. Caso queira, posso te ajudar a compreender melhor como canalizar essa energia de maneira equilibrada e funcional.
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Sim, o hiperfoco não é exclusivo do Transtorno do Espectro Autista e pode aparecer em outras condições, como no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), em pessoas altamente motivadas ou em contextos de grande interesse pessoal. Nesses casos, também se observa atenção intensa e prolongada a uma atividade ou tema específico, embora o padrão possa diferir do TEA: no autismo, o hiperfoco costuma estar mais ligado a interesses restritos e à previsibilidade, enquanto em outras condições ele pode surgir de forma mais situacional ou motivacional. Compreender essa diferença é importante para avaliação clínica e estratégias de suporte individualizadas.
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