O hiperfoco no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é o mesmo que no Transtorno Obsessivo-Co
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O hiperfoco no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é o mesmo que no Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ?
Oi, tudo bem? Essa é uma ótima pergunta — e muito importante para evitar confusões que costumam acontecer até entre profissionais menos experientes. Embora o termo “hiperfoco” possa aparecer em ambos os contextos, o que o motiva no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) e no Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é completamente diferente.
No TPB, o hiperfoco costuma nascer de uma tentativa de lidar com o medo de abandono, com o vazio ou com emoções intensas demais. É como se o cérebro dissesse: “se eu me concentrar totalmente nessa pessoa ou nessa situação, talvez eu me sinta seguro(a) por um tempo”. Ele tem uma função emocional: busca aliviar a dor afetiva e dar uma sensação de controle diante da instabilidade. Já no TOC, as obsessões surgem de pensamentos intrusivos, involuntários e repetitivos, geralmente acompanhados de ansiedade ou culpa. A pessoa sente que precisa neutralizar esses pensamentos por meio de rituais ou comportamentos compulsivos — não por desejo, mas por necessidade.
Ou seja, enquanto o hiperfoco no TPB tem uma função de apego emocional, no TOC a obsessão é mais cognitiva, marcada pela tentativa de evitar algum perigo ou culpa imaginada. Você já reparou se, nos momentos de hiperfoco, existe uma necessidade de controlar o outro ou apenas o desejo de manter o vínculo? Essa diferença é fundamental para entender o que está acontecendo.
Na prática clínica, entender essa distinção ajuda a escolher o tipo de intervenção mais eficaz. O tratamento para o TPB trabalha a regulação emocional e o vínculo seguro; já o TOC exige exposição e prevenção de resposta, por exemplo. Dois caminhos diferentes para fenômenos que, na superfície, parecem iguais.
Cada um deles mostra como o cérebro tenta proteger — ainda que de formas muito distintas. Quando conseguimos compreender essa intenção, começamos a ter mais poder sobre ela. Caso precise, estou à disposição.
No TPB, o hiperfoco costuma nascer de uma tentativa de lidar com o medo de abandono, com o vazio ou com emoções intensas demais. É como se o cérebro dissesse: “se eu me concentrar totalmente nessa pessoa ou nessa situação, talvez eu me sinta seguro(a) por um tempo”. Ele tem uma função emocional: busca aliviar a dor afetiva e dar uma sensação de controle diante da instabilidade. Já no TOC, as obsessões surgem de pensamentos intrusivos, involuntários e repetitivos, geralmente acompanhados de ansiedade ou culpa. A pessoa sente que precisa neutralizar esses pensamentos por meio de rituais ou comportamentos compulsivos — não por desejo, mas por necessidade.
Ou seja, enquanto o hiperfoco no TPB tem uma função de apego emocional, no TOC a obsessão é mais cognitiva, marcada pela tentativa de evitar algum perigo ou culpa imaginada. Você já reparou se, nos momentos de hiperfoco, existe uma necessidade de controlar o outro ou apenas o desejo de manter o vínculo? Essa diferença é fundamental para entender o que está acontecendo.
Na prática clínica, entender essa distinção ajuda a escolher o tipo de intervenção mais eficaz. O tratamento para o TPB trabalha a regulação emocional e o vínculo seguro; já o TOC exige exposição e prevenção de resposta, por exemplo. Dois caminhos diferentes para fenômenos que, na superfície, parecem iguais.
Cada um deles mostra como o cérebro tenta proteger — ainda que de formas muito distintas. Quando conseguimos compreender essa intenção, começamos a ter mais poder sobre ela. Caso precise, estou à disposição.
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