O paciente tem diagnóstico de transtorno bipolar, porém o tratamento realizado é para depressão, com
3
respostas
O paciente tem diagnóstico de transtorno bipolar, porém o tratamento realizado é para depressão, com lítio, quetiapina e desvenlafaxina. O paciente nunca obteve uma qualidade de vida satisfatória, sempre com sintomas de depressão. Com a mudança para tratamento de transtorno bipolar, é possível uma melhora significativa na qualidade de vida? Quais os medicamentos mais indicados para pacientes com transtorno bipolar e predominância de fase depressiva?
Não entendi muito bem o que você quer dizer, no início da pergunta, pois diz que ele tem diagnóstico de transtorno bipolar (TAB), "porém o tratamento realizado é para depressão" e, em seguida, diz que é com lítio, quetiapina e desvenlafaxina, que são medicações para transtorno bipolar e não para depressão não bipolar. Frequentemente pessoas com depressão, a maioria sem tratamento adequado mas, algumas mesmo com tratamento adequado, podem ter dificuldades em ficar totalmente controladas. Existem muitos tratamentos para o TAB e a depressão, de modo que é possível dizer que sempre há esperanças, pois a imensa maioria dos pacientes acaba respondendo a algum destes tratamentos, seja com controle total ou com melhora intensa dos sintomas. Em relação à mudança de diagnóstico (é isto que você quis dizer?), a melhora ocorrerá se o diagnóstico novo estiver correto e com as ressalvas de que jamais há garantias absolutas, em Medicina. Os medicamentos mais indicados no tratamento do TAB são oes estabilizadores de humor, sendo o lítio e a quetiapina excelentes estabilizadores. Mesmo no caso de predominância de fase depressiva os estabilizadores de humor são imprescindíveis e, muitas vezes, são suficientes para prevenir recaídas na depressão, mesmo sem uso de antidepressivos. O acréscimo de antidepressivos, como é o caso da desvenlafaxina, vai depender de cada caso individual.
Tire todas as dúvidas durante a consulta online
Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.
Mostrar especialistas Como funciona?
Complementando a colocação do colega, e também com certa dúvida em relação a pergunta, entendo que o seu quadro não atingiu a melhora máxima possível e você ainda tem sintomas ditos residuais. O seu atual tratamento está coerente para seu diagnóstico, com base no CANMAT, que é um dos principais protocolos mundiais sobre o assunto. Acontece que medidas adjuvantes podem ser tomadas com intuito de você obter uma remissão completa, do que acredito serem sintomas depressivos residuais que você apresenta.
O tratamento com estimulação magnética transcraniana, conhecido como EMT ou TMS(inglês) é uma opção, atividade física, psicoterapia, terapia ocupacional etc. Alguns psiquiatras podem solicitar teste farmacogenético em algumas situações de refratariedade, com intuito de compreender melhor as especificidades de metabolização medicamentosa de cada paciente, para alguns pacientes o metilfolato tem se mostrado uma boa opção para pacientes com depressão resistente.
Cabe ressaltar que o psiquiatra necessita indicar tal medicação.
Acho válida uma conversa com seu médico para obter mais detalhes sobre as estratégias de tratamento do seu quadro atual.
O tratamento com estimulação magnética transcraniana, conhecido como EMT ou TMS(inglês) é uma opção, atividade física, psicoterapia, terapia ocupacional etc. Alguns psiquiatras podem solicitar teste farmacogenético em algumas situações de refratariedade, com intuito de compreender melhor as especificidades de metabolização medicamentosa de cada paciente, para alguns pacientes o metilfolato tem se mostrado uma boa opção para pacientes com depressão resistente.
Cabe ressaltar que o psiquiatra necessita indicar tal medicação.
Acho válida uma conversa com seu médico para obter mais detalhes sobre as estratégias de tratamento do seu quadro atual.
Adicionalmente aos outros comentários, é importante verificarmos a dose de cada medicamento que está sendo tomado. Além do tratamento medicamentoso, é fundamental olharmos e cuidarmos dos pilares da qualidade de vida (sono, exercício físico, relacionamentos saudáveis, alimentação, meditação) e contexto atual da vida.
Especialistas
Perguntas relacionadas
- Gostaria de saber mais sobre a bipolaridade E como que é uma pessoa que sofre de bipolaridade e estresse excessiva eu acho que o meu esposo tem esse problema de estresse generalizado porque ele ficou dois meses sem tomar paroxetina e mudou de personalidade de uma hora para outra um dia ele tá bem no…
- Criança 3 anos ,médica passou aripripazol 0,25 é normal ter agitação?Qual o tempo para se adaptar a medicação?
- É verdade que quem é diagnosticado com transtorno bipolar ou transtorno Esquizoafetivo não pode tomar antidepressivos?
- Bipolaridade com ausência de fase "maniaca" pode ocorrer? Se sim, como fazer o diagnostico diferencial?
- Olá! Qual a diferença entre os diagnósticos de transtorno bipolar tipo 2 e depressão bipolar?
- O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) afeta sua capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo?
- Meu marido está fazendo tratamento com lítio e razapina,mais agora e ficou mais calado que nunca está bem apático estou preocupada,ela não fala comigo. É normal?
- Olá. Desde a minha infância tinha a forte convicção que minha mãe sofre de algum transtorno de humor ou de personalidade. Sou casada com um bipolar tipo 1 e a semelhança comportamental é assustadora. Porém no caso da minha mãe a ciclagem do humor sempre foi muito rápida, chegando até mesmo a ser diária.…
- Olá. Tomo topiramato 50mg para compulsão alimentar e meu psiquiatra passou lamotrigina para regulação emocional por causa do TDAH. Há problema tomar os dois juntos? Obrigada.
- Um diagnóstico de Transtorno do espectro autista (TEA) pode ser, na verdade, Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) ?
Você quer enviar sua pergunta?
Nossos especialistas responderam a 970 perguntas sobre Transtorno bipolar
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.