O perfeccionismo pode causar ansiedade social em mulheres autistas ?
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O perfeccionismo pode causar ansiedade social em mulheres autistas ?
Sim. É um ciclo que pode se repetir durante anos, até ser reconhecido e trabalhado em PSICOTERAPIA. Agende sua avaliação para trabalharmos melhor todo esse contexto!
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Oi, tudo bem? Que bom que trouxe essa pergunta — ela mostra um olhar atento para algo que costuma passar despercebido. Sim, o perfeccionismo pode, sim, contribuir para a ansiedade social em mulheres autistas, e de forma bastante significativa. Isso acontece porque o perfeccionismo, nesse contexto, não é apenas sobre fazer algo bem, mas sobre fazer o suficiente para não errar diante dos outros. É uma tentativa constante de prever e controlar como será percebida, o que pode ser exaustivo.
Muitas mulheres autistas passam boa parte da vida tentando decifrar códigos sociais e evitar situações em que possam parecer “estranhas” ou “fora do tom”. A mente cria um padrão altíssimo de desempenho social — e, quando não consegue atingi-lo, aciona o sistema de alerta emocional. O cérebro interpreta isso como ameaça, ativando respostas físicas de ansiedade: taquicardia, tensão muscular, dificuldade de manter o olhar ou de falar espontaneamente. Com o tempo, o medo de falhar socialmente vira o próprio gatilho da ansiedade.
Você já se pegou revisando mentalmente tudo o que disse depois de uma conversa? Ou ensaiando o que vai falar antes de encontrar alguém, para evitar mal-entendidos? E quando percebe que não correspondeu ao que esperava de si mesma, o quanto se cobra por isso?
Essas são pistas importantes do quanto o perfeccionismo, em vez de proteger, pode acabar aprisionando. Em terapia, o objetivo não é “apagar” essa parte, mas compreender a função dela — perceber que o desejo de acertar nasceu de uma busca legítima por pertencimento e segurança. Quando isso é acolhido com compaixão e trabalhado com cuidado, o corpo e a mente começam, pouco a pouco, a entender que não precisam mais viver em estado de alerta o tempo todo. Caso queira compreender melhor como aliviar esse peso e se relacionar de forma mais leve consigo mesma, estou à disposição para conversarmos sobre isso.
Muitas mulheres autistas passam boa parte da vida tentando decifrar códigos sociais e evitar situações em que possam parecer “estranhas” ou “fora do tom”. A mente cria um padrão altíssimo de desempenho social — e, quando não consegue atingi-lo, aciona o sistema de alerta emocional. O cérebro interpreta isso como ameaça, ativando respostas físicas de ansiedade: taquicardia, tensão muscular, dificuldade de manter o olhar ou de falar espontaneamente. Com o tempo, o medo de falhar socialmente vira o próprio gatilho da ansiedade.
Você já se pegou revisando mentalmente tudo o que disse depois de uma conversa? Ou ensaiando o que vai falar antes de encontrar alguém, para evitar mal-entendidos? E quando percebe que não correspondeu ao que esperava de si mesma, o quanto se cobra por isso?
Essas são pistas importantes do quanto o perfeccionismo, em vez de proteger, pode acabar aprisionando. Em terapia, o objetivo não é “apagar” essa parte, mas compreender a função dela — perceber que o desejo de acertar nasceu de uma busca legítima por pertencimento e segurança. Quando isso é acolhido com compaixão e trabalhado com cuidado, o corpo e a mente começam, pouco a pouco, a entender que não precisam mais viver em estado de alerta o tempo todo. Caso queira compreender melhor como aliviar esse peso e se relacionar de forma mais leve consigo mesma, estou à disposição para conversarmos sobre isso.
Em mulheres autistas, o perfeccionismo muitas vezes surge como uma estratégia de sobrevivência chamada camuflagem social (ou masking).
Para evitar julgamentos ou falhas na interação, a mulher tenta performar um comportamento 'socialmente perfeito'. Esse nível altíssimo de exigência gera uma vigilância constante sobre as próprias falas e gestos, o que é o combustível direto para a ansiedade social. O medo de que a 'máscara' caia ou de cometer um erro social imperdoável torna o convívio exaustivo.
Na terapia, trabalhamos para reduzir essa carga de autocrítica, ajudando a paciente a diferenciar o que é desejo de conexão do que é apenas pressão por desempenho. Se você se identifica com isso, buscar suporte especializado é o primeiro passo para uma vida com menos peso e mais autenticidade."
Para evitar julgamentos ou falhas na interação, a mulher tenta performar um comportamento 'socialmente perfeito'. Esse nível altíssimo de exigência gera uma vigilância constante sobre as próprias falas e gestos, o que é o combustível direto para a ansiedade social. O medo de que a 'máscara' caia ou de cometer um erro social imperdoável torna o convívio exaustivo.
Na terapia, trabalhamos para reduzir essa carga de autocrítica, ajudando a paciente a diferenciar o que é desejo de conexão do que é apenas pressão por desempenho. Se você se identifica com isso, buscar suporte especializado é o primeiro passo para uma vida com menos peso e mais autenticidade."
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