O que é script de linguagem e como aparece no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
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O que é script de linguagem e como aparece no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
Oi, tudo bem? O termo script de linguagem se refere a frases ou expressões repetidas que a pessoa utiliza como se fossem “roteiros prontos” de comunicação. No Transtorno do Espectro Autista (TEA), isso é algo bastante comum — e não deve ser visto apenas como uma repetição sem sentido, mas como uma forma de o cérebro tentar se comunicar dentro de um padrão previsível e seguro.
Esses scripts podem vir de filmes, desenhos, músicas ou até de conversas anteriores. Por exemplo, a criança pode repetir uma fala de um personagem para expressar algo próprio, mesmo que as palavras não pareçam ter relação direta com o momento. É como se o cérebro dissesse: “Essa frase me ajuda a dizer o que sinto, mesmo que não seja exatamente com as minhas palavras.” A neurociência mostra que, no TEA, há diferenças nas conexões cerebrais envolvidas na linguagem social e na interpretação contextual, o que faz com que o uso desses roteiros seja uma estratégia de compensação.
Com o tempo e com estímulos adequados, o script pode se transformar em linguagem mais espontânea. Na terapia, o profissional ajuda a decodificar o sentido dessas repetições — o que a criança está tentando comunicar por trás delas — e a ampliar o repertório linguístico de forma natural. Esse processo envolve acolher o script como um ponto de partida, e não cortá-lo ou corrigi-lo de imediato.
Talvez valha pensar: o que essa frase repetida significa para a criança? Ela surge em momentos de alegria, ansiedade ou tentativa de interação? E o que aconteceria se, em vez de tentar eliminar a repetição, nós escutássemos o que ela está dizendo de verdade, ainda que por meio de palavras emprestadas? Com sensibilidade e vínculo, o script se torna uma ponte — e não uma barreira — para o desenvolvimento da comunicação. Caso precise, estou à disposição.
Esses scripts podem vir de filmes, desenhos, músicas ou até de conversas anteriores. Por exemplo, a criança pode repetir uma fala de um personagem para expressar algo próprio, mesmo que as palavras não pareçam ter relação direta com o momento. É como se o cérebro dissesse: “Essa frase me ajuda a dizer o que sinto, mesmo que não seja exatamente com as minhas palavras.” A neurociência mostra que, no TEA, há diferenças nas conexões cerebrais envolvidas na linguagem social e na interpretação contextual, o que faz com que o uso desses roteiros seja uma estratégia de compensação.
Com o tempo e com estímulos adequados, o script pode se transformar em linguagem mais espontânea. Na terapia, o profissional ajuda a decodificar o sentido dessas repetições — o que a criança está tentando comunicar por trás delas — e a ampliar o repertório linguístico de forma natural. Esse processo envolve acolher o script como um ponto de partida, e não cortá-lo ou corrigi-lo de imediato.
Talvez valha pensar: o que essa frase repetida significa para a criança? Ela surge em momentos de alegria, ansiedade ou tentativa de interação? E o que aconteceria se, em vez de tentar eliminar a repetição, nós escutássemos o que ela está dizendo de verdade, ainda que por meio de palavras emprestadas? Com sensibilidade e vínculo, o script se torna uma ponte — e não uma barreira — para o desenvolvimento da comunicação. Caso precise, estou à disposição.
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Mostrar especialistas Como funciona?
O script de linguagem é um padrão verbal repetitivo ou estereotipado que a pessoa usa de forma automática, muitas vezes sem considerar o contexto da conversa ou a resposta do outro. No Transtorno do Espectro Autista, isso pode se manifestar como repetição de falas de programas de TV, frases decoradas ou perguntas frequentes, funcionando como uma forma de comunicação segura ou de lidar com a ansiedade. Esses scripts podem ajudar a organizar pensamentos e interações, mas também podem limitar a espontaneidade e a adaptação à comunicação social, sendo importante observar o equilíbrio entre a função de apoio que eles oferecem e a necessidade de desenvolver formas mais flexíveis de expressão.
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