O que fazer se o hiperfoco estiver causando problemas para uma pessoa com Transtorno do Espectro Aut
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O que fazer se o hiperfoco estiver causando problemas para uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
Se o hiperfoco no TEA estiver causando problemas, é importante não eliminá-lo, mas gerenciá-lo. Isso inclui estabelecer limites de tempo, usar o interesse como ponte para interações sociais, ampliar gradualmente o foco para novos contextos e apoiar a autorregulação emocional. Assim, o hiperfoco se torna um recurso para aprendizado e vínculo, sem comprometer a rotina ou o bem-estar.
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Oi, tudo bem? Essa é uma questão delicada e muito comum, porque o hiperfoco pode ser uma força enorme na vida de alguém autista, mas também pode gerar sofrimento quando começa a ocupar espaço demais. Quando isso acontece, geralmente não é por teimosia ou “falta de equilíbrio”, e sim porque aquele interesse funciona como uma espécie de porto seguro para o cérebro, oferecendo previsibilidade num mundo cheio de sinais confusos.
Quando o hiperfoco começa a atrapalhar, vale olhar menos para o “interesse em si” e mais para o que ele está tentando organizar por dentro. Às vezes, o que parece excesso é, na verdade, uma tentativa de regular ansiedade, estresse sensorial ou até frustrações sociais. Você já reparou se o hiperfoco aumenta em dias mais difíceis? Ou se surge de forma mais intensa quando a pessoa se sente insegura ou sobrecarregada? E como ela descreve a sensação de estar tão mergulhada naquele tema?
Também ajuda observar se existe um sofrimento associado. O hiperfoco só se torna um problema quando começa a destruir rotina, sono, relações ou obrigações, e não simplesmente quando é profundo. Em alguns casos, pequenas mudanças externas ajudam bastante, como ajustar o ambiente para reduzir estímulos, criar pausas previsíveis ou organizar a rotina de um jeito que o interesse tenha espaço sem engolir tudo. Mas essas mudanças precisam ser construídas com a pessoa, nunca impostas de fora para dentro. Como ela reage quando alguém tenta conversar sobre equilíbrio? Ela entende o impacto ou sente isso como crítica?
E tem um ponto importante: se o hiperfoco está funcionando como regulador emocional, retirá-lo sem alternativa pode ser como desligar o único estabilizador que ela tem naquele momento. Por isso o ideal é entender “que necessidade ele está servindo” e trabalhar essa raiz com cuidado. Em situações mais intensas, um acompanhamento especializado pode ajudar a diferenciar o que é parte do funcionamento autista e o que é sinal de sofrimento emocional maior.
Se quiser, posso te ajudar a pensar em como abrir esse diálogo de um jeito que não gere resistência e, ao mesmo tempo, ajude a pessoa a encontrar mais equilíbrio. Caso precise, estou à disposição.
Quando o hiperfoco começa a atrapalhar, vale olhar menos para o “interesse em si” e mais para o que ele está tentando organizar por dentro. Às vezes, o que parece excesso é, na verdade, uma tentativa de regular ansiedade, estresse sensorial ou até frustrações sociais. Você já reparou se o hiperfoco aumenta em dias mais difíceis? Ou se surge de forma mais intensa quando a pessoa se sente insegura ou sobrecarregada? E como ela descreve a sensação de estar tão mergulhada naquele tema?
Também ajuda observar se existe um sofrimento associado. O hiperfoco só se torna um problema quando começa a destruir rotina, sono, relações ou obrigações, e não simplesmente quando é profundo. Em alguns casos, pequenas mudanças externas ajudam bastante, como ajustar o ambiente para reduzir estímulos, criar pausas previsíveis ou organizar a rotina de um jeito que o interesse tenha espaço sem engolir tudo. Mas essas mudanças precisam ser construídas com a pessoa, nunca impostas de fora para dentro. Como ela reage quando alguém tenta conversar sobre equilíbrio? Ela entende o impacto ou sente isso como crítica?
E tem um ponto importante: se o hiperfoco está funcionando como regulador emocional, retirá-lo sem alternativa pode ser como desligar o único estabilizador que ela tem naquele momento. Por isso o ideal é entender “que necessidade ele está servindo” e trabalhar essa raiz com cuidado. Em situações mais intensas, um acompanhamento especializado pode ajudar a diferenciar o que é parte do funcionamento autista e o que é sinal de sofrimento emocional maior.
Se quiser, posso te ajudar a pensar em como abrir esse diálogo de um jeito que não gere resistência e, ao mesmo tempo, ajude a pessoa a encontrar mais equilíbrio. Caso precise, estou à disposição.
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