O que são as estereotipias presentes nos critérios de diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista
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O que são as estereotipias presentes nos critérios de diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
As estereotipias, no contexto do Transtorno do Espectro Autista, referem-se a comportamentos repetitivos, ritualizados ou padrões motores e vocais que se mantêm de forma rígida e frequente. Podem se manifestar como movimentos corporais repetitivos, como balançar as mãos ou o corpo, girar objetos, repetir palavras ou frases (“ecolalia”) ou insistir em seguir rotinas de maneira inflexível. Essas manifestações não são apenas hábitos, mas refletem a forma como a pessoa com TEA regula estímulos sensoriais, organiza o ambiente e busca previsibilidade, sendo um critério central para o diagnóstico quando presentes de modo persistente e significativo.
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Olá, tudo bem? Que bom que você trouxe essa pergunta, porque falar de estereotipias exige cuidado para não transformar algo tão complexo em um rótulo simplista. As estereotipias fazem parte dos critérios diagnósticos do TEA, mas elas não são “manias” nem “comportamentos sem sentido”, como muita gente imagina. Elas são formas do corpo e do cérebro se organizarem diante de estímulos, emoções e necessidades internas.
Quando falamos de estereotipias, estamos nos referindo a movimentos repetitivos, padrões motores ou comportamentos que se repetem com uma função muito específica para a pessoa. Podem ser movimentos das mãos, balanços, repetição de sons ou frases, padrões de olhar ou ações repetitivas com objetos. Embora, do lado de fora, pareça algo automático, para quem está no espectro esses comportamentos podem oferecer regulação, previsibilidade ou uma sensação de equilíbrio sensorial. É como se o corpo dissesse “preciso disso para me reorganizar agora”. Como você percebe esses movimentos na pessoa em questão? Eles aparecem mais em momentos de ansiedade, alegria, tédio ou sobrecarga?
É importante lembrar que estereotipias não são sempre indício de algo negativo. Para algumas pessoas autistas, elas são uma forma legítima de expressão emocional e de autocontrole. O que pode ser observado com carinho é quando esses comportamentos começam a causar desconforto, risco ou interferência significativa nas atividades do dia a dia. Talvez ajude notar em quais momentos a estereotipia aumenta. O ambiente está mais ruidoso? Há demandas sociais mais intensas? O que muda quando o ambiente fica mais previsível?
Compreender a função por trás do comportamento costuma ser muito mais útil do que tentar eliminá-lo. Na terapia, o foco é entender o que aquela estereotipia comunica sobre o estado interno da pessoa e como podemos ajudar o corpo e o cérebro a encontrarem outras formas de regulação, quando isso fizer sentido e respeitando sempre a identidade e o ritmo da pessoa. Se quiser explorar melhor esse tema para um caso específico, posso ajudar com calma. Caso precise, estou à disposição.
Quando falamos de estereotipias, estamos nos referindo a movimentos repetitivos, padrões motores ou comportamentos que se repetem com uma função muito específica para a pessoa. Podem ser movimentos das mãos, balanços, repetição de sons ou frases, padrões de olhar ou ações repetitivas com objetos. Embora, do lado de fora, pareça algo automático, para quem está no espectro esses comportamentos podem oferecer regulação, previsibilidade ou uma sensação de equilíbrio sensorial. É como se o corpo dissesse “preciso disso para me reorganizar agora”. Como você percebe esses movimentos na pessoa em questão? Eles aparecem mais em momentos de ansiedade, alegria, tédio ou sobrecarga?
É importante lembrar que estereotipias não são sempre indício de algo negativo. Para algumas pessoas autistas, elas são uma forma legítima de expressão emocional e de autocontrole. O que pode ser observado com carinho é quando esses comportamentos começam a causar desconforto, risco ou interferência significativa nas atividades do dia a dia. Talvez ajude notar em quais momentos a estereotipia aumenta. O ambiente está mais ruidoso? Há demandas sociais mais intensas? O que muda quando o ambiente fica mais previsível?
Compreender a função por trás do comportamento costuma ser muito mais útil do que tentar eliminá-lo. Na terapia, o foco é entender o que aquela estereotipia comunica sobre o estado interno da pessoa e como podemos ajudar o corpo e o cérebro a encontrarem outras formas de regulação, quando isso fizer sentido e respeitando sempre a identidade e o ritmo da pessoa. Se quiser explorar melhor esse tema para um caso específico, posso ajudar com calma. Caso precise, estou à disposição.
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