Olá Por favor . Gostaria de saber se uma pessoa com hidrocefalia adquirida. Pode evoluir por um

Boa noite.
A hidrocefalia adquirida pode, a depender das causas e circunstâncias relacionadas a cada caso, também cursar com um distúrbio cognitivo e ter como uma das manifestações o déficit de memória. Temos como exemplo a hidrocefalia de pressão normal, que pode evoluir para demência, dentre outras manifestações clínicas.
Mas esse mecanismo não tem nada a ver com Alzheimer, que é outra doença, com mecanismo diferente de acometimento. Resumindo: Alzheimer é um tipo de demência. Mas nem toda demência é Alzheimer.
Além disso, nem todo esquecimento é demência. Precisa investigar outras causas e avaliar caso a caso.
Grande abraço.

Bom dia . A hidrocefalia de pressão ( está relacionado ao aumento anormal de fluxo da cavidade craniana) normalmente afeta a parte motora, a pessoa tem maior dificuldade para andar e realizar movimentos que necessite de maior destreza e afeta também o equilíbrio e o cognitivo, podendo evoluir para uma demência , entre tanto sendo diagnosticado por ser corrigido por meio de cirurgia , já o Alzheimer ele já está relacionado a morte e degeneração de células não tendo cura , além de ser uma doença progressiva .

O esquecimento pode ser um sintoma associado a hidrocefalia ou algum outro problema orgânico como hipotireoidismo,deficit de vitaminas,etc.O alzheimer é uma demência que não está associada diretamente com a hidrocefalia mas pode estar presente sim porém tem que ser feito um diagnóstico cuidadoso por um médico especialista.

A hidrocefalia adquirida pode sim causar sintomas parecidos com os do Alzheimer, como esquecimentos, lentidão de pensamento, dificuldade para andar e alterações no humor. Isso é mais comum em uma condição chamada hidrocefalia de pressão normal, que pode surgir principalmente em pessoas acima dos 60 anos.

Mas é importante dizer que hidrocefalia e Alzheimer são doenças diferentes, com causas e tratamentos distintos. Em alguns casos, pode haver associação entre as duas — especialmente se a hidrocefalia não for tratada adequadamente por muito tempo.

Por isso, quando há queixas de memória em alguém com histórico de hidrocefalia, é fundamental investigar bem: com exames de imagem (como a ressonância) e testes cognitivos.

A hidrocefalia adquirida e a doença de Alzheimer são condições diferentes, mas ambas podem causar comprometimento da memória e das funções cognitivas. Algumas formas de hidrocefalia, especialmente a hidrocefalia de pressão normal, causam sintomas como esquecimento, lentidão de raciocínio, dificuldade para caminhar e até incontinência urinária — sintomas que podem se parecer com os da demência.

Por isso, é muito importante que seu esposo seja avaliado por um neurologista, que possa revisar os exames de imagem, fazer testes cognitivos e verificar se o quadro é compatível com Alzheimer, hidrocefalia ou alguma outra causa. Existem casos de hidrocefalia que melhoram com tratamento, inclusive cirúrgico (como derivação ventricular), quando bem indicados. Mas tudo depende de uma avaliação cuidadosa e individual. Cada pessoa é única, e a internet não consegue captar toda a complexidade de um caso. A consulta presencial é fundamental para direcionar o tratamento certo.

memória podem ter várias causas, e nem todo esquecimento em pessoas com hidrocefalia adquirida significa que há Doença de Alzheimer.

A hidrocefalia adquirida ocorre quando há acúmulo de líquido cefalorraquidiano (líquor) nos ventrículos cerebrais, geralmente após um trauma craniano, infecção, hemorragia ou outro evento que altera a circulação normal desse líquido. Esse acúmulo pode comprimir estruturas cerebrais e causar sintomas que se parecem com os do Alzheimer, como:

Esquecimento e lentidão de raciocínio;

Dificuldade de concentração e desatenção;

Desequilíbrio ou instabilidade ao andar;

E, em alguns casos, incontinência urinária.

Esse quadro é conhecido como hidrocefalia de pressão normal (HPN), e muitas vezes é reversível com tratamento adequado — diferentemente do Alzheimer, que é uma doença neurodegenerativa progressiva e ainda sem cura.

Por isso, é essencial diferenciar se a perda de memória vem da hidrocefalia ou de uma demência associada, e isso só pode ser feito através de uma avaliação neurológica completa, que inclui:
1⃣ Ressonância magnética de crânio, para verificar o tamanho dos ventrículos e se há compressão cerebral;
2⃣ Avaliação neuropsicológica, que analisa a natureza do esquecimento (atenção, memória, linguagem, raciocínio etc.);
3⃣ Exames laboratoriais, para excluir causas reversíveis de déficit cognitivo (como vitamina B12 baixa, hipotireoidismo, distúrbios metabólicos);
4⃣ E, quando necessário, punção lombar de teste (tap test), que ajuda a prever se o paciente pode melhorar com drenagem de líquor ou derivação (válvula).

Em resumo:

A hidrocefalia adquirida pode causar sintomas parecidos com o Alzheimer, mas não se transforma em Alzheimer.

No entanto, é possível que as duas condições coexistam, principalmente em pessoas idosas.

O diagnóstico correto é fundamental, pois a hidrocefalia pode ter tratamento com melhora cognitiva significativa, caso seja detectada precocemente.

Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. Recomendo que seu esposo seja avaliado por um neurologista especializado em cognição e demências, para identificar a causa do esquecimento e definir o tratamento mais adequado.

Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais em Cuiabá e São Paulo e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, demências e reabilitação cognitiva, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.

Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835

A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa causada por acúmulo de proteínas em uma conformação "anormal" no cérebro. Logo, a doença não pode se causada por hidrocefalia. Entretanto, a hidrocefalia pode levar à declínio cognitivo.

Olá! A hidrocefalia adquirida pode, sim, causar sintomas muito parecidos com os da doença de Alzheimer, mas trata-se de condições diferentes, com mecanismos e evolução distintos. A hidrocefalia adquirida ocorre quando há acúmulo anormal de líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos cerebrais, geralmente após traumatismo craniano, infecção, hemorragia, tumor ou processo inflamatório. Esse acúmulo provoca aumento da pressão intracraniana e compressão de áreas do cérebro responsáveis pela memória, equilíbrio e controle urinário. Quando esse quadro surge na vida adulta, chamamos de hidrocefalia de pressão normal (HPN), uma forma crônica e progressiva que se manifesta com uma tríade clássica de sintomas: 1. Alteração da marcha (andar mais lento, arrastado, com desequilíbrio); 2. Dificuldade de memória e raciocínio (semelhante à demência do Alzheimer); 3. Incontinência urinária (perda involuntária de urina ou urgência miccional). Embora os sintomas cognitivos sejam parecidos, a hidrocefalia de pressão normal é potencialmente reversível, especialmente quando diagnosticada precocemente. Em muitos casos, a instalação de uma derivação ventricular (válvula para drenar o líquido) ou o controle da causa base (como infecção ou trauma) melhora significativamente a memória e as funções executivas. Já o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva, causada por acúmulo de proteínas anormais (beta-amiloide e tau) no cérebro, levando à perda de neurônios e de conexões sinápticas — portanto, tem um caráter irreversível e degenerativo. Para diferenciar as duas condições, o ideal é procurar um neurologista que solicite ressonância magnética de crânio, exame que mostra se há dilatação dos ventrículos (sugestiva de hidrocefalia) ou atrofia cortical e hipocampal (típica do Alzheimer). Em alguns casos, o neurologista também pode indicar o teste de punção lombar com drenagem de líquor, usado para avaliar se há melhora cognitiva e motora após a retirada de parte do líquido — um indicativo de que o quadro é reversível. Portanto, seu esposo pode não estar desenvolvendo Alzheimer, mas sim apresentando sintomas cognitivos decorrentes da hidrocefalia, que exigem acompanhamento e controle contínuo. O mais importante é não adiar a avaliação, pois o tratamento precoce faz grande diferença na recuperação funcional e na qualidade de vida. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, distúrbios cognitivos, demências e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira - Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728