Para Síndrome de Asperger é aconselhável psicoterapia de grupo? Como funciona, quantos pacientes participam

concordo com o Ricardo B. Marques, mas quero acrescentar que a terapia Psicanalítica em caso da síndrome se estender a fase adulta, é igualmente eficaz, mas não foi especificado na pergunta da cliente se a pessoa em questão é adulta ou não; mesmo assim saliento que no tratamento de Asperger, a Psicanálise tem um papel fundamental, pois combate todos os medos da infância, diminuindo os sintomas que agravam o quadro da doença.

Vale dizer que os critérios de diagnóstico do DSM (Manual de Diagnóstico de Doenças) para a Síndrome de Asperger (SA) são criticados por serem vagos e subjetivos, daí sua validade é incerta e há muitos casos de diagnósticos errados. Por isso a SA foi removida do DSM, sendo incorporada pelo Transtorno do Espectro Autista. Hoje a tendência é considerar que a SA e o próprio autismo sejam falhas em diferentes níveis do funcionamento executivo (algum tipo de limitação de certas funções executivas - FE, localizadas no córtex pré-frontal). Nesse caso, a melhor terapia será aquela que trabalhe bem as FE, assim como as habilidades sociais. No caso das FE é importante encontrar uma escola que trabalhe com Neuroeducação, assim como adotar estratégias familiares que estimulem tais funções. Um trabalho com um neuropsicopedagogo pode ajudar bastante. Em termos de habilidades sociais uma boa terapia de grupo ajuda bastante, especialmente se combinar Psicodrama com Terapia Cognitiva (TCC).

A terapia melhor indicada para os transtornos do espectro autista é a comportamental, com psicólogos que tenham especialização em treinamento de habilidades nesta área . O trabalho tanto individualmente e ora em grupo e muitas vezes eles mesmos os acompanham socialmente, momo observadores e ou treinadores, seja nas escolas ou atividades sociais para melhor adequar o trabalho,conforme a necessidade de tal, focando sempre suas forças, capacidades e talentos

Não vejo uma resposta pronta a esse respeito. Creio que vai depender do paciente e sua relação com esse suposto grupo.
Não descarto a possibilidade de novas experiências para que se veja a melhora do sujeito.


Att
Sayonara Machado.

Concordo com a Maris, porem o inicialmente o tratamento de SA assenta essencialmente em processos psicoterapêuticos individualizados. Que normalmente requer intervenção a diferentes níveis, envolvendo necessariamente apoio psicológico e educacional que são prestados por médicos psiquiatras, psicólogos, pedopsiquiatras, neuropsicologos e psicopedagogos. Este apoio incide nas dificuldades especificas da criança que de forma geral podem ser nas áreas de competência sociais, linguagem, interesses e rotinas, motricidade, competências cognitivas e sensibilidade sensorial. A partir dai é possível sim adequarem bem aos grupos. Com uma intervenção precoce adequada é possível tornar a vida dessas crianças quase que normal.

Na abordagem psicodramática, os trabalhos em grupo são muito comuns. Existem grupos heterogêneos e homogêneos (ou seja, com uma demanda pre-estabelecida e um publico alvo definido, ou grupo aberto, sem restrições). Vale a pesquisa para grupos específicos de TEA. Eu recomendo a tentativa, e se o proprio paciente aceitar bem o trabalho em grupo, não vejo porque recusar o processo.

Vejo que inicialmente o tratamento de SA seja realizados essencialmente em processos psicoterapêuticos individualizados. Que normalmente requer intervenção a diferentes níveis, envolvendo necessariamente apoio psicológico e educacional que são prestados por médicos psiquiatras, psicólogos, neuropsicologos e psicopedagogos. Este apoio incide nas dificuldades especificas da criança que de forma geral podem ser nas áreas de competência sociais, linguagem, interesses e rotinas, motricidade, competências cognitivas e sensibilidade sensorial. A partir dai é possível sim adequarem bem aos grupos.

Em muitos casos a Terapia de Grupo é muito indicado, porém havendo possibilidade de realizar um processo terapêutico individualizado inicialmente é extremamente importante. O paciente terá oportunidade de se envolver num trabalho terapêutico e ser melhor trabalhado e certamente poderá ser até mais receptivo no processo em grupo.