Por conta de situações de violência psicológica e física na minha época de escola, hoje percebo que

25 respostas
Por conta de situações de violência psicológica e física na minha época de escola, hoje percebo que não sinto muita coisa, medo, tristeza ou até felicidade. Isso teria como resolver?
Situações de violência psicológica e física deixam muitas sequelas na saúde mental do sujeito. Com certeza a terapia seria uma grande aliada para esse caso

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 Henrique José Almeida
Psicólogo
Belo Horizonte
O que você descreve pode ser um mecanismo de defesa emocional, algo que a mente desenvolve para se proteger de dores intensas do passado. Muitas vezes, experiências traumáticas fazem com que a pessoa "desligue" as emoções para evitar reviver o sofrimento. No entanto, essa proteção pode acabar impedindo que você sinta emoções positivas também.

A boa notícia é que isso pode ser trabalhado. O primeiro passo é reconhecer que essa "falta de sentimento" tem uma raiz e que não é algo permanente. Com apoio psicológico, você pode explorar essas vivências de maneira segura, ressignificar o que aconteceu e aprender a se reconectar com suas emoções. Fico a disposição.
 Rodrigo Amorim de Souza
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Há uma distinção em sentir e expressar o que se sente; pelo que você descreve, é possível depreender em seu discurso, que você não consegue expressar tais sentimentos justamente por temer sofrer essa violência novamente. A psicoterapia pode lhe ser fundamental, para encontrar respostas adequadas a essa questão, respeitando suas características pessoais, para lidar com seus conflitos sociais e cotidianos. Na dupla terapêutica, esta situação pode ser rememorada e elaborada através do vínculo paciente-terapeuta, em que o profissional possa lhe oferecer intervenções que preservem o seu desejo frente as demandas impostas pelos outros.
Olá! Primeiramente, sinto muito pelas situações de violência que você vivenciou. Imagino que você carregue marcas muito dolorosas da sua história de vida e que essas marcas te impeçam de viver o presente com plenitude.
A psique humana desenvolve mecanismos de defesa muito potentes para nos proteger de emoções potencialmente desestruturantes. Um desses mecanismos é a desafetação, ou seja, um distanciamento emocional (des) dos afetos. Esse mecanismo faz com que os afetos e as emoções "escoem" por dentro do indivíduo, sem que ele os sinta.
A felicidade acaba entrando no mesmo "balaio" que as emoções negativas, pois o mecanismo de defesa acomete o indivíduo como um todo. É como se você ficasse "nula" para qualquer tipo de emoção.
A psicoterapia de orientação psicanalítica pode te ajudar a se aproximar desses afetos aos poucos, no ritmo que você der conta, para que você possa viver as experiências da vida de maneira mais gratificante, e para que você também possa experienciar as emoções negativas sem que elas sejam destrutivas.
Espero ter ajudado!
 Izabel Bueno de Souza
Psicólogo
São Caetano do Sul
Boa tarde. Sim, isso pode ser trabalhado em processo terapêutico e resolvido. O que acontece com você de não sentir emoções pode ser um mecanismo de defesa desenvolvido ao longo do tempo para lidar com a dor do passado. Quando passamos por situações traumáticas, especialmente na infância ou adolescência, nosso cérebro pode tentar nos "proteger" desligando certas emoções, o que pode levar a essa sensação de desconexão emocional. Seria muito importante você procurar ajuda profissional de um psicólogo.
Olá! Sinto muito que você tenha passado por essas vivências. Situações de violência psicológica e física podem gerar bloqueios emocionais, que são uma forma de proteção. É possível cuidar dessas questões e sentir as emoções de maneira plena. Um psicólogo pode te ajudar nesse processo, através da terapia, é possível acolher suas vivências dolorosas, ressignificá-las e desenvolver estratégias de enfrentamento emocionais. Lidar com essas questões pode ser difícil, mas você não precisa passar por isso sozinho(a). Procure ajuda, caso deseje, estou à disposição. Abraços!
Sim, isso pode ser trabalhado e transformado. O que você descreve parece um mecanismo de defesa que sua mente criou para lidar com a dor da violência psicológica e física que sofreu. Muitas vezes, quando passamos por traumas intensos, podemos nos “desligar” emocionalmente como uma forma de autoproteção. Isso pode ter sido útil no passado, mas agora pode estar limitando sua capacidade de sentir plenamente a vida.

Na psicanálise, esse processo pode ser explorado para entender melhor como essas experiências moldaram sua forma de sentir (ou não sentir) e, a partir disso, encontrar caminhos para resgatar a conexão emocional. Isso geralmente envolve revisitar essas vivências de maneira segura, reconhecendo e elaborando o que aconteceu, para que suas emoções possam voltar a fluir sem serem bloqueadas pelo medo da dor.

Já pensou em trabalhar isso em análise? Pode ser um processo profundo, mas com grandes ganhos para sua vida emocional.
Situações de muita intensidade emocional pode nos levar a ficarmos com nossos sentimentos como se tivessem "escondidos", para evitar o nossos sofrimento. A psicoterapia pode ajudar a trabalhar essas situações e melhorar a qualidade de vida.
Olá! Antes de tudo, quero dizer que sua percepção sobre suas emoções é muito válida e merece atenção. O que você descreve pode estar relacionado a mecanismos de defesa emocionais desenvolvidos para lidar com situações difíceis no passado. Em alguns casos, isso pode evoluir para um estado de dessensibilização emocional, como uma forma de proteção contra o sofrimento.

A boa notícia é que existem abordagens terapêuticas eficazes para ajudar você a se reconectar com suas emoções e a redescobrir a alegria, o prazer e até mesmo a segurança emocional no dia a dia.

Na terapia, trabalhamos juntos para entender como essas experiências impactaram você e, mais importante, como podemos reconstruir sua relação com suas emoções de forma saudável e equilibrada. Técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental e outras estratégias baseadas em evidências podem ser muito eficazes nesse processo.

Se quiser dar o primeiro passo para recuperar sua sensibilidade emocional e viver uma vida mais plena, estou à disposição para te ajudar.

Fico à disposição para qualquer dúvida.
 Lucas Gomes Pereira
Psicólogo
São Miguel do Oeste
Pelo que você descreve, parece que sua experiência de violência escolar deixou marcas profundas, afetando sua forma de sentir e se conectar com suas emoções. Isso não é incomum em situações de trauma, pois, para lidar com a dor, muitas pessoas desenvolvem mecanismos de defesa que podem levar a um certo “entorpecimento” emocional. A falta de acesso às emoções pode ser uma resposta aprendida para se proteger, mas, com o tempo, pode se tornar uma barreira para viver plenamente.

O caminho para resgatar essa sensibilidade não é apenas “tentar sentir de novo”, mas criar um espaço seguro para que essas emoções possam emergir. Processos terapêuticos, especialmente aqueles que valorizam a experiência subjetiva e a reconstrução do sentido, podem ajudar a observar essa desconexão sem julgamento e, aos poucos, permitir que emoções voltem a ser vividas com autenticidade.

Além disso, conectar-se com experiências que estimulem sua sensibilidade como: arte, escrita, relações significativas e práticas de atenção plena, pode ser um caminho para redescobrir o que foi silenciado. Não se trata de forçar um sentimento, mas de abrir espaço para que ele se manifeste no seu próprio tempo.
 Eloisa Oliveira
Psicólogo, Psicanalista
Londrina
A dificuldade em experienciar emoções pode estar associada a um mecanismo de defesa psíquico, no qual o aparelho psíquico reprime sentimentos dolorosos para evitar o sofrimento. A vivência de violência psicológica e física no ambiente escolar pode ter gerado marcas inconscientes que influenciam a sua percepção de si e do mundo. No entanto, por meio do trabalho analítico na psicanálise, é possível compreender como essas experiências estão interferindo e impedindo que você tenha sensibilidade emocional, possibilitando sua elaboração e ressignificação de maneira que você possa seguir sua vida sem que essas experiências continuem te afetando.
Dra. Izabel Leite
Psicólogo
Cuiabá
Sim, é possivel te ajudar através da terapia cognitivo comportamental a ressignificar tais situações sofridas.
 Mariana Ribeiro Fernandes
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá! É compreensível que, após experiências de violência psicológica e física, suas emoções pareçam distantes ou até anestesiadas. Isso pode ser um mecanismo de proteção, mas saiba que é possível resgatar a conexão com seus sentimentos e construir uma relação mais saudável com suas emoções, alcançando uma melhora em seu bem-estar. A terapia com um psicólogo pode ajudar muito nesse processo; atendo demandas similares. Se quiser conversar mais sobre isso, estou à disposição! Fique bem!
 Maisa Guimarães Andrade
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
Querido(a) anônimo(a), o que você traz é algo muito significativo e merece ser acolhido com muito cuidado. Situações de violência, especialmente na infância e adolescência, podem deixar marcas profundas, não só na forma como nos relacionamos com os outros, mas também na maneira como sentimos e nos percebemos no mundo. Muitas vezes, diante de uma dor muito intensa, nossa psique cria defesas para nos proteger, e uma dessas defesas pode ser justamente esse estado de “anestesia emocional”, no qual as emoções parecem distantes ou até inexistentes.

Na psicanálise, entendemos que quando algo nos machuca profundamente, e não encontramos formas seguras de elaborar esse sofrimento, a mente pode bloquear ou reprimir esses sentimentos para que possamos continuar. Mas isso não significa que eles tenham desaparecido – apenas foram empurrados para um lugar onde não conseguimos acessá-los facilmente. Esse mecanismo pode ser uma forma de autoproteção, mas, com o tempo, pode gerar a sensação de desconexão que você descreve, como se as emoções estivessem apagadas ou fora do seu alcance.

O processo analítico pode ajudar a criar um espaço seguro para que, aos poucos, essas vivências possam ser ressignificadas. Não se trata de forçar sentimentos, mas de permitir que, no seu tempo, você possa se reconectar consigo mesmo e entender como essas experiências moldaram sua forma de sentir (ou de não sentir). Às vezes, o medo de reviver a dor pode ser tão grande que acabamos evitando qualquer tipo de emoção, inclusive as boas. Mas é possível reconstruir essa relação com os sentimentos, aprender a reconhecê-los e integrá-los de uma forma que não seja esmagadora.

O fato de você já ter consciência desse impacto em sua vida é um primeiro passo muito importante. A terapia pode ser um caminho para recuperar a capacidade de sentir com mais liberdade, sem que as experiências do passado sigam aprisionando você no presente. Você não precisa passar por isso sozinho, e há possibilidades de reencontrar sua própria voz emocional, de forma segura e respeitosa com seu tempo e sua história.
Espero ter te ajudado. Fico à disposição para qualquer dúvida.
Grande abraço!
 Rosana Britzki De Sordi
Psicólogo
São Bernardo do Campo
É importante avaliar seu caso com atenção, muitos traumas são tratados, nem sempre esquecidos, mas podemos ressignificá-los. Na Terapia seus sentimentos e traumas serão acolhidos e trabalhados de forma que você vai se sentir muito melhor.
Dr. Eduardo Villarom Helene
Psicólogo
São Paulo
Olá,
A violência psicológica e física na escola pode levar à dificuldade de sentir emoções. Para lidar com isso, busque ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra para processar traumas, reconectar-se com emoções e desenvolver mecanismos de enfrentamento. Grupos de apoio e atividades prazerosas também podem auxiliar no processo de cura.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

O que você trouxe toca em algo muito profundo e humano: a forma como nosso corpo e nossa mente se adaptam para sobreviver a situações que, um dia, foram simplesmente intensas demais para suportar. Quando experiências de violência, especialmente na infância ou adolescência, atravessam nosso caminho, é comum que o cérebro crie mecanismos para reduzir o impacto emocional — e, com o tempo, isso pode acabar se tornando um modo de funcionamento. Não sentir “muita coisa” pode ter sido, num determinado momento, a única forma possível de seguir em frente.

Sim, tem como cuidar disso — mas mais do que simplesmente "resolver", o que a terapia busca é criar, com gentileza e segurança, uma reconexão gradual com o que foi anestesiado. Porque a ausência de medo ou tristeza, que muitas vezes parece um alívio, vem junto da ausência de alegria, de entusiasmo, de conexão. É como se você estivesse com o volume emocional todo no mínimo, por precaução. E faz sentido: quem já passou por dor demais, naturalmente aprende a não confiar tanto nas próprias emoções.

A neurociência nos mostra que o cérebro moldado pelo trauma pode entrar em um modo de desligamento emocional como forma de proteção. Áreas como a amígdala e o córtex pré-frontal, responsáveis por regular emoções e interpretar ameaças, aprendem a filtrar estímulos com base no que viveram. Mas esse mesmo cérebro tem algo incrível chamado neuroplasticidade — a capacidade de se reorganizar e reaprender. Com o suporte certo, ele pode se reabrir à experiência emocional de forma segura, restaurando a capacidade de sentir com mais presença e menos medo.

Talvez algumas perguntas possam te ajudar a se ouvir com mais cuidado: quando foi a última vez que você sentiu algo com intensidade, mesmo que por um instante? O que te impede hoje de confiar nas suas próprias emoções? Existe alguma parte sua que sente saudade de sentir? E, se sim, o que essa parte gostaria de experimentar de novo?

Esse processo pode ser delicado, mas também transformador. E mesmo que a emoção ainda pareça distante, o fato de você ter feito essa pergunta mostra que há uma parte aí dentro que deseja viver com mais inteireza.

Caso precise, estou à disposição.
Olá!! Posso dizer que o que você está descrevendo pode estar relacionado a efeitos duradouros de experiências traumáticas, como violência psicológica e física. Muitas vezes, esses traumas podem levar à desensibilização emocional, ou seja, uma sensação de "bloqueio" ou dificuldade em sentir emoções intensas, como medo, tristeza ou até felicidade. Isso é como um mecanismo de defesa, em que você "se desliga" das emoções, pode ser uma forma de proteção que o cérebro desenvolve para lidar com o sofrimento.

E com certeza, o tratamento psicológico será muito eficaz!
Você pode optar por encontrar profissionais com abordagens diferentes; como
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC pode ajudar a identificar e reestruturar pensamentos e crenças que foram formadas durante o trauma, além de promover formas mais saudáveis de lidar com as emoções.

Gestalt-Terapia: A Gestalt foca em ajudar você a se reconectar com o momento presente, suas emoções e suas sensações físicas, promovendo uma compreensão mais profunda de si mesma e de como essas experiências passadas ainda influenciam seu comportamento e sentimentos.

Terapia de Trauma: Algumas abordagens específicas para traumas, como a Terapia EMDR (Dessensibilização e Reprocessamento por Movimento Ocular), podem ser eficazes para ajudar a processar e superar os efeitos de traumas passados.

O importante é reconhecer que o que você sente (ou a falta disso) é uma resposta natural a experiências dolorosas, e é completamente possível trabalhar isso em terapia. A psicoterapia vai ajudá-la a reconstruir a conexão com suas emoções de uma maneira mais saudável, permitindo que você sinta e lide com elas de forma mais equilibrada e consciente. Se você sentir que esse é um processo que gostaria de iniciar, estou aqui para apoiar você a se reconectar com seu eu emocional.

Desejo força e coragem para você. Para que você encontre novas maneiras de sentir!
Dra. Bruna Albernaz
Psicólogo
Cuiabá
Oie!!
Sinto muito por você ter passado por essas experiencias. Vivências de violência psicológica e física, principalmente na infância e/ou adolescência, podem deixar marcas emocionais profundas e, sim, uma das consequências pode ser a dificuldade de se conectar com as próprias emoções, tais como essas descritas por você. Isso pode ser uma forma do corpo e da mente tentarem se proteger do sofrimento.
Porém, a boa notícia é que isso pode ser tratado, sim. Com a psicoterapia é possível resgatar, aos poucos, essa conexão com os sentimentos, entender o que aconteceu e construir novas formas de lidar com o mundo interno e com as relações. Você não precisa continuar passando por isso sozinho(a). Buscar ajuda será um passo muito importante :)
Estou à disposição!
 Indayá Jardim de Almeida
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá! Sim, existem vários métodos eficazes para tratamento desse sintoma, por isso, aconselho que faça entrevistas para que possa perceber com qual método irá se identificar. A psicanálise, por exemplo, busca acolher as questões do sujeito como um todo, partindo da primazia que existe um inconsciente ( parte do psiquismo que não está acessível à consciência) a ser investigado, possibilitando assim, encontrar as raízes de modos de funcionamento e sofrimentos e consequentemente propiciando sua elaboração. Espero ter ajudado, estou á disposição!
 Amanda Carvalho
Psicólogo
Ribeirão Preto
Sim, é possível! As pessoas aprendem a sentir emoções a partir de como são tratadas por outras pessoas. Situações de violência, principalmente quando ocorrem logo na infância, criam a sensação de que não há nada que se possa fazer para se proteger, algo que chamamos de Desamparo Aprendido. Isso gera um quadro de embotamento emocional, tal como você descreveu. Com a terapia, você vai entender melhor como isso foi construído ao longo da sua vida e, aos poucos, poderá desenvolver maior interesse pelo mundo ao seu redor. É um processo que envolve autoconhecimento, resgate de valores pessoais, vivência emocional na própria relação terapêutica e reorganização das suas redes de apoio. Há esperança, não desista e procure um profissional capacitado!
É compreensível que, depois de passar por situações de violência psicológica e física, algo dentro de você pareça ter se fechado para certos sentimentos. Pode ser que essa seja uma forma de proteção, algo que foi se construindo ao longo do tempo para evitar mais dor. Você percebe essa falta de sentimento como algo que pesa para você? Como tem sido viver dessa maneira?

Talvez seja importante explorar como essa experiência escolar moldou a forma como você se relaciona com suas emoções hoje. Há momentos em que essa "falta de sentir" se rompe, mesmo que por instantes? Existe algo ou alguém que desperta em você alguma emoção, mesmo que de maneira sutil? O caminho para resgatar essa vivência emocional pode passar por reconhecer aos poucos o que ainda se manifesta, mesmo que de forma discreta, e permitir-se reconstruir essa relação com os sentimentos no seu próprio ritmo.
 Luíza Pedroso Cunha
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
O que você associa a essa ausência de sentimentos pode ser uma forma de proteção que se estruturou diante do que foi vivido. A violência sofrida pode ter feito com que as emoções se recolhessem para evitar novos sofrimentos. A terapia pode ajudar a elaborar essas experiências, permitindo que o que foi silenciado aos poucos ganhe voz e movimento. Não se trata de forçar sentimentos, mas de criar um espaço seguro para que eles possam emergir quando estiverem prontos. A travessia é lenta, mas possível.
Sim, é possível trabalhar essas questões e resgatar sua conexão com suas emoções. Experiências de violência psicológica e física podem levar a mecanismos de defesa que resultam nesse distanciamento emocional, mas a psicoterapia pode te ajudar a compreender esse processo e a reconstruir uma relação mais saudável com seus sentimentos. Um acompanhamento com um psicólogo pode ser um passo importante para isso.
 Nilzelly Martins
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá! Espero que esta mensagem te encontre bem.

Fico feliz em ver sua pergunta aqui, pois sei que, muitas vezes, dar o primeiro passo pode ser difícil. Mas o fato de você estar buscando compreender o que sente já é muito significativo.

Pelo que você descreveu, a dificuldade em sentir emoções pode estar relacionada ao que você viveu na escola, com episódios de violência psicológica e física. Nossa mente tem formas de nos proteger do sofrimento, e uma delas é “desconectar” as emoções, bloqueando não apenas sentimentos negativos, como medo e tristeza, mas também a capacidade de sentir alegria e prazer. Isso pode gerar uma sensação de vazio ou distanciamento das próprias experiências e relações.

A boa notícia é que isso pode, sim, ser trabalhado. A terapia, especialmente na abordagem psicanalítica, pode te ajudar a compreender esses bloqueios, dar espaço para suas emoções e, aos poucos, permitir que você se reconecte consigo mesmo. O processo envolve falar sobre o que aconteceu, entender os sentimentos que ficaram guardados e, com o tempo, construir novas formas de vivenciá-los.

Esse caminho pode levar tempo, mas não significa que você ficará preso a essa desconexão para sempre. Aos poucos, é possível resgatar a sensibilidade emocional de maneira segura e saudável, sem que as dores do passado definam quem você é.

Se quiser conversar mais sobre isso, estou à disposição!

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