Por que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são mais vulneráveis a acidentes de tran
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Por que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são mais vulneráveis a acidentes de transito ?
Pessoas com TEA podem ser mais vulneráveis a acidentes de trânsito devido a diferenças na percepção sensorial, atenção e processamento de informações, além de dificuldades em prever comportamentos de outros motoristas e reagir rapidamente a situações inesperadas. Essas características podem aumentar o risco em ambientes dinâmicos e imprevisíveis.
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Oi, tudo bem? Essa é uma pergunta muito importante, porque ajuda a olhar para além dos rótulos e entender o que realmente acontece no cotidiano de quem está no espectro. Quando falamos sobre maior vulnerabilidade a acidentes de trânsito, não estamos dizendo que a pessoa autista “não sabe dirigir” ou “não tem capacidade” — isso seria um equívoco. O que a literatura descreve é que alguns perfis dentro do TEA podem apresentar desafios específicos em atenção dividida, velocidade de processamento e leitura rápida de situações sociais que envolvem movimento, sons e múltiplos estímulos ao mesmo tempo.
Em uma rua movimentada, muita coisa acontece simultaneamente. O cérebro neurotípico costuma alternar o foco com rapidez, enquanto algumas pessoas autistas tendem a se concentrar com mais intensidade em um estímulo por vez. Isso pode criar um pequeno atraso na percepção de riscos externos, não por descuido, mas porque o sistema cognitivo funciona de modo mais profundo e menos imediato. Às vezes o corpo reage como se precisasse de um segundo extra para organizar todas as informações antes de agir, e em trânsito esse segundo faz diferença. Como você percebe suas reações quando precisa responder rapidamente a estímulos? Em quais situações sente que o ambiente fica “rápido demais” para o seu ritmo interno?
Outro ponto é que ambientes caóticos podem ativar um nível maior de estresse sensorial, o que interfere na clareza da tomada de decisão. Ruídos altos, buzinas, luzes, pessoas atravessando fora da faixa e mudanças bruscas no fluxo podem gerar sobrecarga, e isso reduz a capacidade de resposta automática. Talvez seja interessante observar como seu corpo reage em contextos com estímulos múltiplos. O que mais costuma te desorganizar nesses momentos? E onde você sente que seu funcionamento fica mais fluido e seguro?
Tudo isso pode ser trabalhado de forma cuidadosa, considerando o estilo cognitivo de cada pessoa e as habilidades que já estão presentes. Se fizer sentido explorar essas questões de forma mais personalizada, a terapia pode ajudar a entender melhor seu ritmo, suas forças e seus pontos de atenção no trânsito e fora dele. Caso precise, estou à disposição.
Em uma rua movimentada, muita coisa acontece simultaneamente. O cérebro neurotípico costuma alternar o foco com rapidez, enquanto algumas pessoas autistas tendem a se concentrar com mais intensidade em um estímulo por vez. Isso pode criar um pequeno atraso na percepção de riscos externos, não por descuido, mas porque o sistema cognitivo funciona de modo mais profundo e menos imediato. Às vezes o corpo reage como se precisasse de um segundo extra para organizar todas as informações antes de agir, e em trânsito esse segundo faz diferença. Como você percebe suas reações quando precisa responder rapidamente a estímulos? Em quais situações sente que o ambiente fica “rápido demais” para o seu ritmo interno?
Outro ponto é que ambientes caóticos podem ativar um nível maior de estresse sensorial, o que interfere na clareza da tomada de decisão. Ruídos altos, buzinas, luzes, pessoas atravessando fora da faixa e mudanças bruscas no fluxo podem gerar sobrecarga, e isso reduz a capacidade de resposta automática. Talvez seja interessante observar como seu corpo reage em contextos com estímulos múltiplos. O que mais costuma te desorganizar nesses momentos? E onde você sente que seu funcionamento fica mais fluido e seguro?
Tudo isso pode ser trabalhado de forma cuidadosa, considerando o estilo cognitivo de cada pessoa e as habilidades que já estão presentes. Se fizer sentido explorar essas questões de forma mais personalizada, a terapia pode ajudar a entender melhor seu ritmo, suas forças e seus pontos de atenção no trânsito e fora dele. Caso precise, estou à disposição.
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