Por que crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são mais vulneráveis a acidentes doméstico
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Por que crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são mais vulneráveis a acidentes domésticos?
Crianças com TEA são mais vulneráveis a acidentes domésticos devido a hipo ou hipersensibilidade sensorial, impulsividade, dificuldade em perceber riscos e atenção seletiva a interesses específicos, o que pode levar a comportamentos sem consciência do perigo.
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Olá, tudo bem? A sua pergunta é muito pertinente, porque ajuda a olhar para o cotidiano das crianças no espectro com mais cuidado e menos estigma. Quando falamos de maior vulnerabilidade a acidentes domésticos, não estamos dizendo que a criança “não entende perigo” ou que “é descuidada”, mas sim que seu modo de perceber o ambiente pode funcionar de maneira diferente da expectativa dos adultos ao redor.
Algumas crianças com TEA têm um foco atencional mais intenso em determinados estímulos e, ao mesmo tempo, podem ter dificuldade em perceber pistas sutis do ambiente que indicam risco, como sons pequenos, mudanças de tom de voz ou variações rápidas no contexto. É como se o cérebro estivesse profundamente envolvido em uma experiência específica e demorasse um pouco mais para captar outras informações ao redor. Isso se torna ainda mais delicado quando existe hipersensibilidade ou hipossensibilidade sensorial, porque o corpo pode reagir de forma inesperada a texturas, cheiros ou barulhos que a maioria das pessoas nem nota. Como você percebe o comportamento da criança quando está muito concentrada em algo? Em quais situações parece que ela não percebe o que está acontecendo ao redor?
Outro ponto importante é que algumas crianças no espectro têm uma curiosidade intensa e exploratória, o que por si só não é um problema, mas quando combinado com dificuldades em avaliar perigos imediatos pode aumentar o risco. Há crianças que buscam movimentos repetitivos, alturas ou objetos específicos sem perceber completamente as consequências. Talvez seja útil observar como ela reage em ambientes novos e como lida quando há muitos estímulos juntos. O que costuma deixá-la mais desorganizada sensorialmente? E quando ela está mais regulada, como se comporta?
Essas questões costumam melhorar bastante quando o ambiente é adaptado ao jeito de funcionar da criança, e quando cuidadores entendem seu ritmo, suas necessidades sensoriais e seu padrão de atenção. É nesse ponto que intervenções bem planejadas fazem diferença, ajudando a ampliar habilidades e reduzir riscos sem apagar a singularidade da criança. Se quiser pensar juntas e explorar estratégias que ajudem no desenvolvimento de forma segura e personalizada, posso te ajudar a aprofundar isso com calma. Caso precise, estou à disposição.
Algumas crianças com TEA têm um foco atencional mais intenso em determinados estímulos e, ao mesmo tempo, podem ter dificuldade em perceber pistas sutis do ambiente que indicam risco, como sons pequenos, mudanças de tom de voz ou variações rápidas no contexto. É como se o cérebro estivesse profundamente envolvido em uma experiência específica e demorasse um pouco mais para captar outras informações ao redor. Isso se torna ainda mais delicado quando existe hipersensibilidade ou hipossensibilidade sensorial, porque o corpo pode reagir de forma inesperada a texturas, cheiros ou barulhos que a maioria das pessoas nem nota. Como você percebe o comportamento da criança quando está muito concentrada em algo? Em quais situações parece que ela não percebe o que está acontecendo ao redor?
Outro ponto importante é que algumas crianças no espectro têm uma curiosidade intensa e exploratória, o que por si só não é um problema, mas quando combinado com dificuldades em avaliar perigos imediatos pode aumentar o risco. Há crianças que buscam movimentos repetitivos, alturas ou objetos específicos sem perceber completamente as consequências. Talvez seja útil observar como ela reage em ambientes novos e como lida quando há muitos estímulos juntos. O que costuma deixá-la mais desorganizada sensorialmente? E quando ela está mais regulada, como se comporta?
Essas questões costumam melhorar bastante quando o ambiente é adaptado ao jeito de funcionar da criança, e quando cuidadores entendem seu ritmo, suas necessidades sensoriais e seu padrão de atenção. É nesse ponto que intervenções bem planejadas fazem diferença, ajudando a ampliar habilidades e reduzir riscos sem apagar a singularidade da criança. Se quiser pensar juntas e explorar estratégias que ajudem no desenvolvimento de forma segura e personalizada, posso te ajudar a aprofundar isso com calma. Caso precise, estou à disposição.
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