Quais os impactos do hiperfoco no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?

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Quais os impactos do hiperfoco no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
No TEA, o hiperfoco pode trazer benefícios como aprofundamento de habilidades e segurança, mas também prejuízos como isolamento, rigidez, dificuldade em alternar tarefas e frustração diante de interrupções.

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem? Que bom que você trouxe essa pergunta. Ela costuma aparecer quando alguém começa a perceber que o hiperfoco, tão comum no TEA, pode ser ao mesmo tempo uma força e um desafio — quase como se a mente dissesse: “deixa que eu mergulho fundo aqui, o resto espera”, mesmo quando o resto não deveria esperar tanto assim.

O hiperfoco, em si, não é algo negativo. Em muitos momentos ele funciona como uma espécie de “lente de aumento” que permite aprofundamento, precisão e criatividade acima da média. No entanto, quando esse mergulho se torna longo demais, algumas áreas da vida podem ficar desorganizadas ao redor. É comum que a pessoa tenha dificuldade em alternar a atenção entre tarefas, perceber sinais corporais de cansaço ou mesmo regular emoções quando precisa interromper o foco. Como o cérebro no TEA tende a privilegiar padrões previsíveis, a quebra do hiperfoco pode soar quase como uma ameaça interna, ativando desconforto e irritabilidade.

Fico pensando como isso aparece no seu dia a dia. Em que momentos você percebe que o hiperfoco te ajuda de verdade? E quando ele começa a dar a sensação de que “te sequestra” um pouco das outras coisas? Alguém ao seu redor já comentou sobre como você fica quando está muito imerso em algo? Às vezes essas respostas revelam onde a fronteira entre benefício e prejuízo começa a ficar confusa.

Se o hiperfoco estiver trazendo prejuízo significativo — atrasos, desgaste emocional, conflitos, dificuldade em retomar tarefas importantes — vale olhar isso com mais calma. A terapia pode te ajudar a construir um mapa interno do que te mantém nesse ciclo, fortalecer estratégias para alternar estados de atenção e regular o desconforto das transições. Se você já estiver em acompanhamento psicológico, pode ser interessante levar essa questão para o profissional que te acompanha, porque ele terá mais elementos da sua rotina para te ajudar de forma personalizada.

Quando sentir que é o momento certo, podemos conversar sobre isso com mais profundidade. Caso precise, estou à disposição.

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