Quais são as características centrais do transtorno de personalidade borderline (TPB)?

Bom dia! O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), segundo o DSM-5, é caracterizado por um padrão persistente de instabilidade emocional, relacionamentos intensos e instáveis, e impulsividade. Entre os principais sinais estão o medo intenso de abandono, sentimentos crônicos de vazio, instabilidade da identidade, dificuldade em controlar raiva e comportamentos autodestrutivos, como automutilação ou pensamentos suicidas. Pessoas com TPB também podem apresentar sintomas transitórios de dissociação ou desconfiança sob estresse.

Do ponto de vista transdiagnóstico, muitos desses processos — instabilidade emocional, dificuldade em tolerar frustração, impulsividade e problemas nas relações interpessoais — aparecem em outros transtornos, como ansiedade, depressão e transtornos obsessivo-compulsivos. Isso significa que o tratamento foca nos processos centrais que mantêm o sofrimento, e não apenas nos rótulos diagnósticos.

O TPB é desafiador, mas psicoterapias baseadas em evidências, como a Terapia Comportamental Dialética (DBT), TCC, ajudam a regular emoções, melhorar relações e reduzir comportamentos prejudiciais, promovendo mais qualidade de vida.

O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é um padrão generalizado de instabilidade em quatro áreas centrais: emoções, relacionamentos, autoimagem e impulsividade. A instabilidade emocional é marcada por oscilações de humor intensas e rápidas (que duram horas ou dias) e reatividade afetiva desproporcional a gatilhos. Nos relacionamentos, o TPB se manifesta em laços intensos e caóticos, caracterizados pelo padrão de idealização e desvalorização, impulsionado por um medo crônico de abandono. A imagem de si mesmo é distorcida e frágil, levando a uma sensação crônica de vazio e a mudanças abruptas em objetivos, valores e identidade. Por fim, a impulsividade é uma característica central que leva a comportamentos de risco (gastos excessivos, abuso de substâncias, etc.) e, frequentemente, a comportamentos autolesivos e ameaças/tentativas de suicídio como forma de lidar com a dor emocional intensa.