Quais são as diferenças de gênero no diagnóstico e sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA)
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Quais são as diferenças de gênero no diagnóstico e sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
Olá, tudo bem?
Essa é uma pergunta muito importante, e que tem ganhado cada vez mais atenção na clínica e na pesquisa. Durante muito tempo, o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi baseado principalmente em estudos com meninos, o que acabou criando um viés — e fazendo com que muitas meninas passassem despercebidas por apresentarem manifestações diferentes, mais sutis e socialmente adaptadas.
Enquanto meninos tendem a expressar os sintomas de forma mais visível, com comportamentos repetitivos e interesses restritos mais evidentes, muitas meninas aprendem desde cedo a “camuflar” ou mascarar seus traços autistas. Elas observam e imitam padrões sociais para se encaixar, mesmo que isso custe uma grande carga emocional. Por fora, parecem estar se ajustando bem; por dentro, o esforço para manter essa adaptação pode gerar exaustão, ansiedade ou sensação constante de inadequação.
Além disso, o hiperfoco feminino muitas vezes aparece em temas considerados socialmente aceitáveis — como livros, pessoas, animais ou cuidados — o que faz com que passe despercebido como sintoma. Já nos meninos, os interesses costumam ser mais específicos e socialmente marcados, como tecnologia, transportes ou jogos, o que facilita a identificação pelos profissionais.
Talvez seja interessante se perguntar: de que forma o gênero tem influenciado a forma como os comportamentos são interpretados na sua história ou na de quem você observa? O quanto o esforço de “parecer igual aos outros” tem afetado o bem-estar emocional? E como seria poder ser autêntico sem precisar esconder ou explicar tanto o que se sente?
A compreensão dessas diferenças tem ajudado muitas pessoas — especialmente mulheres — a finalmente se reconhecerem e receberem o suporte adequado. A terapia pode ser um espaço valioso para entender essas nuances e reconstruir a relação com a própria identidade de maneira mais leve e verdadeira.
Caso precise, estou à disposição.
Essa é uma pergunta muito importante, e que tem ganhado cada vez mais atenção na clínica e na pesquisa. Durante muito tempo, o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi baseado principalmente em estudos com meninos, o que acabou criando um viés — e fazendo com que muitas meninas passassem despercebidas por apresentarem manifestações diferentes, mais sutis e socialmente adaptadas.
Enquanto meninos tendem a expressar os sintomas de forma mais visível, com comportamentos repetitivos e interesses restritos mais evidentes, muitas meninas aprendem desde cedo a “camuflar” ou mascarar seus traços autistas. Elas observam e imitam padrões sociais para se encaixar, mesmo que isso custe uma grande carga emocional. Por fora, parecem estar se ajustando bem; por dentro, o esforço para manter essa adaptação pode gerar exaustão, ansiedade ou sensação constante de inadequação.
Além disso, o hiperfoco feminino muitas vezes aparece em temas considerados socialmente aceitáveis — como livros, pessoas, animais ou cuidados — o que faz com que passe despercebido como sintoma. Já nos meninos, os interesses costumam ser mais específicos e socialmente marcados, como tecnologia, transportes ou jogos, o que facilita a identificação pelos profissionais.
Talvez seja interessante se perguntar: de que forma o gênero tem influenciado a forma como os comportamentos são interpretados na sua história ou na de quem você observa? O quanto o esforço de “parecer igual aos outros” tem afetado o bem-estar emocional? E como seria poder ser autêntico sem precisar esconder ou explicar tanto o que se sente?
A compreensão dessas diferenças tem ajudado muitas pessoas — especialmente mulheres — a finalmente se reconhecerem e receberem o suporte adequado. A terapia pode ser um espaço valioso para entender essas nuances e reconstruir a relação com a própria identidade de maneira mais leve e verdadeira.
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As diferenças de gênero no Transtorno do Espectro Autista influenciam tanto a forma como os sintomas se manifestam quanto a frequência de diagnóstico. Em meninas e mulheres, o autismo muitas vezes se apresenta de forma mais sutil, com habilidades sociais aparentes, maior esforço de camuflagem ou imitação de comportamentos de colegas, o que pode dificultar o reconhecimento clínico. Seus interesses restritos podem se alinhar mais facilmente a atividades socialmente aceitas, tornando os padrões menos evidentes. Já meninos e homens tendem a apresentar comportamentos mais explícitos, como hiperatividade, estereotipias visíveis e interesses muito intensos em áreas específicas, facilitando a identificação do TEA. Essas diferenças contribuem para o subdiagnóstico em mulheres e reforçam a necessidade de avaliação cuidadosa e sensível ao contexto e às estratégias de adaptação individual.
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