Quais são as habilidades cognitivas prejudicadas no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
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Quais são as habilidades cognitivas prejudicadas no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ?
Oi, tudo bem? Que bom que trouxe essa pergunta — ela é importante, porque ajuda a compreender que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) não se resume apenas a comportamentos, mas envolve também diferenças profundas no modo como o cérebro percebe, processa e reage ao mundo.
No TEA, não se trata exatamente de “prejuízo” no sentido clássico, mas de um funcionamento atípico das habilidades cognitivas — o cérebro processa as informações de forma diferente, o que pode gerar desafios em algumas áreas e talentos em outras. Entre as funções que podem ser afetadas, observamos alterações na atenção compartilhada, na flexibilidade cognitiva (a capacidade de mudar o foco ou adaptar-se a mudanças), e nas funções executivas, que envolvem planejamento, organização e controle de impulsos. Em alguns casos, também podem ocorrer dificuldades em teoria da mente, que é a habilidade de compreender o que o outro pensa ou sente — algo fundamental para a empatia e as interações sociais.
A neurociência tem mostrado que essas diferenças estão ligadas a variações na conectividade cerebral — algumas áreas do cérebro se comunicam de maneira intensa, enquanto outras estabelecem conexões mais lentas. Isso explica por que pessoas com TEA podem ter uma percepção sensorial aguçada e, ao mesmo tempo, dificuldade para lidar com estímulos múltiplos. É como se o cérebro funcionasse em “modo de alta resolução”, mas com menos filtros para organizar as informações.
Uma reflexão que pode ser interessante é: de que forma essas diferenças cognitivas influenciam a forma como cada pessoa com TEA aprende, se relaciona e encontra prazer nas atividades? E como o ambiente — com suas exigências e estímulos — pode ser adaptado para favorecer esse funcionamento singular?
Compreender o TEA exige olhar além do déficit e perceber o potencial, a forma única de pensar e a riqueza de perspectivas que essas diferenças trazem. Quando a terapia e o ambiente caminham nessa direção, a evolução tende a ser muito mais significativa.
Caso precise, estou à disposição.
No TEA, não se trata exatamente de “prejuízo” no sentido clássico, mas de um funcionamento atípico das habilidades cognitivas — o cérebro processa as informações de forma diferente, o que pode gerar desafios em algumas áreas e talentos em outras. Entre as funções que podem ser afetadas, observamos alterações na atenção compartilhada, na flexibilidade cognitiva (a capacidade de mudar o foco ou adaptar-se a mudanças), e nas funções executivas, que envolvem planejamento, organização e controle de impulsos. Em alguns casos, também podem ocorrer dificuldades em teoria da mente, que é a habilidade de compreender o que o outro pensa ou sente — algo fundamental para a empatia e as interações sociais.
A neurociência tem mostrado que essas diferenças estão ligadas a variações na conectividade cerebral — algumas áreas do cérebro se comunicam de maneira intensa, enquanto outras estabelecem conexões mais lentas. Isso explica por que pessoas com TEA podem ter uma percepção sensorial aguçada e, ao mesmo tempo, dificuldade para lidar com estímulos múltiplos. É como se o cérebro funcionasse em “modo de alta resolução”, mas com menos filtros para organizar as informações.
Uma reflexão que pode ser interessante é: de que forma essas diferenças cognitivas influenciam a forma como cada pessoa com TEA aprende, se relaciona e encontra prazer nas atividades? E como o ambiente — com suas exigências e estímulos — pode ser adaptado para favorecer esse funcionamento singular?
Compreender o TEA exige olhar além do déficit e perceber o potencial, a forma única de pensar e a riqueza de perspectivas que essas diferenças trazem. Quando a terapia e o ambiente caminham nessa direção, a evolução tende a ser muito mais significativa.
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Nem todas as pessoas com TEA terão prejuízos em todas essas áreas. Algumas, inclusive, podem apresentar habilidades preservadas ou até acima da média, como:
Memória mecânica muito forte
Detalhamento visual avançado
Pensamento lógico ou musical altamente desenvolvido (especialmente em autistas de alto funcionamento ou síndrome de savant)
Memória mecânica muito forte
Detalhamento visual avançado
Pensamento lógico ou musical altamente desenvolvido (especialmente em autistas de alto funcionamento ou síndrome de savant)
As áreas que são mais prejudicada no transtorno do espectro autista TEA em relação ao esperado para idade e desenvolvimento, vai variar conforme o nivel de suporte do individuo, no geral ha maior comprometimento nas habilidades sociais, ou seja dificuldade na linguagem verbal e não verbal, envolvendo expressão de emoções, iniciar conversas, interpretar ironias, piadas ou palavras de sentido duplo(metáforas). habilidades sociais que incluem a dificuldade de fazer novas amizades, tendencias a isolamento, pouca empatia, além de dificuldade de compreensão das regras sociais. De modo geral as habilidades comportamentais e adaptativas giram em torno da rigidez de pensamento que varia de pessoa para pessoa.
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