Quais são os mecanismos psicológicos que levam uma pessoa a se engajar na multitarefa, mesmo sabendo
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Quais são os mecanismos psicológicos que levam uma pessoa a se engajar na multitarefa, mesmo sabendo de seus riscos?
Mecanismos incluem sensação de urgência ou pressão social, busca por produtividade ou controle, reforço imediato de completar pequenas tarefas, dificuldade em priorizar, ansiedade em perder oportunidades e percepção de eficiência ilusória, mesmo que a performance real seja prejudicada.
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Oi, que boa pergunta — e bem perspicaz. Ela toca naquele ponto onde razão e emoção não se alinham: saber o que faz mal, mas continuar fazendo. E, no caso da multitarefa, há razões bem humanas por trás disso.
Um dos principais mecanismos é o reforço dopaminérgico. Cada vez que concluímos uma pequena tarefa, o cérebro libera dopamina, o neurotransmissor da motivação e da recompensa. Quando alternamos entre várias atividades, recebemos pequenas doses desse “prazer de conquista” várias vezes. É como se o cérebro dissesse: “continue, você está rendendo!”. O problema é que esse ciclo vicia o sistema de recompensa e cria uma ilusão de produtividade, mesmo quando a mente está esgotada.
Outro mecanismo importante é o evitamento emocional. Muitas pessoas usam a multitarefa para não entrar em contato com o desconforto — silêncio, tédio, ansiedade, medo de falhar. Ao se manter ocupada, a mente evita sentir. Assim, a correria se transforma numa forma elegante de fuga emocional. É por isso que, para alguns, o simples ato de parar pode gerar angústia: o corpo desacelera, mas a mente sente o vazio.
Há também o papel do condicionamento social. Vivemos numa cultura que associa valor pessoal à produtividade. Ser multitarefa virou sinônimo de competência, e isso alimenta o perfeccionismo e a autocrítica. Mesmo sabendo dos riscos, o medo de parecer improdutivo ou de “ficar para trás” mantém o comportamento.
Você sente que a multitarefa te faz sentir mais no controle ou mais exausto no fim do dia? E quando tenta fazer uma coisa por vez, vem uma sensação de calma ou de culpa? Essas respostas ajudam a identificar se o seu cérebro está buscando prazer, fuga ou pertencimento.
Em terapia, é possível trabalhar essa relação com o tempo e com o próprio ritmo, transformando o fazer em algo mais consciente — e não em uma corrida sem linha de chegada. Caso precise, estou à disposição.
Um dos principais mecanismos é o reforço dopaminérgico. Cada vez que concluímos uma pequena tarefa, o cérebro libera dopamina, o neurotransmissor da motivação e da recompensa. Quando alternamos entre várias atividades, recebemos pequenas doses desse “prazer de conquista” várias vezes. É como se o cérebro dissesse: “continue, você está rendendo!”. O problema é que esse ciclo vicia o sistema de recompensa e cria uma ilusão de produtividade, mesmo quando a mente está esgotada.
Outro mecanismo importante é o evitamento emocional. Muitas pessoas usam a multitarefa para não entrar em contato com o desconforto — silêncio, tédio, ansiedade, medo de falhar. Ao se manter ocupada, a mente evita sentir. Assim, a correria se transforma numa forma elegante de fuga emocional. É por isso que, para alguns, o simples ato de parar pode gerar angústia: o corpo desacelera, mas a mente sente o vazio.
Há também o papel do condicionamento social. Vivemos numa cultura que associa valor pessoal à produtividade. Ser multitarefa virou sinônimo de competência, e isso alimenta o perfeccionismo e a autocrítica. Mesmo sabendo dos riscos, o medo de parecer improdutivo ou de “ficar para trás” mantém o comportamento.
Você sente que a multitarefa te faz sentir mais no controle ou mais exausto no fim do dia? E quando tenta fazer uma coisa por vez, vem uma sensação de calma ou de culpa? Essas respostas ajudam a identificar se o seu cérebro está buscando prazer, fuga ou pertencimento.
Em terapia, é possível trabalhar essa relação com o tempo e com o próprio ritmo, transformando o fazer em algo mais consciente — e não em uma corrida sem linha de chegada. Caso precise, estou à disposição.
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