Qual a diferença entre deficiência intelectual e cognitiva?

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Qual a diferença entre deficiência intelectual e cognitiva?
"Qual a diferença entre deficiência intelectual e deficiência cognitiva?"

Embora pareçam sinônimos, esses termos têm significados diferentes.

Deficiência intelectual é um diagnóstico clínico.
Ela envolve limitações significativas no funcionamento intelectual (como raciocínio, resolução de problemas, aprendizagem) e no comportamento adaptativo (como habilidades sociais, comunicação e autonomia). Essa condição precisa ter início antes dos 18 anos. É um transtorno do neurodesenvolvimento reconhecido por manuais como o DSM-5 e CID-11.

Já déficit ou dificuldade cognitiva é um termo mais amplo e não necessariamente indica uma deficiência.
Refere-se a dificuldades em uma ou mais funções cognitivas, como memória, atenção, linguagem, percepção ou planejamento. Essas dificuldades podem ser temporárias, leves ou específicas — e podem surgir por diferentes causas (TDAH, dislexia, lesão cerebral, entre outros).

Em resumo:

Deficiência intelectual é um quadro global e duradouro, que impacta várias áreas da vida.

Déficits cognitivos podem ser pontuais, variados e até reversíveis, dependendo da causa e da intervenção.

Por isso, é tão importante realizar uma avaliação neuropsicológica adequada, que vai ajudar a entender o perfil de funcionamento da criança, adolescente ou adulto, e diferenciar essas condições com clareza e responsabilidade.

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- Entendo a suas perguntas, mas cabe ressaltar que a Organização Mundial da Saúde tem um documento completo sobre essa questão onde estabelece os Transtornos mentais, comportamentais ou do neurodesenvolvimento e divide eles em algumas categorias: 6A00 Transtornos do desenvolvimento intelectual; 6A01 Transtornos do desenvolvimento da fala ou da linguagem; 6A02 Transtorno do espectro autista; 6A03 Transtorno do desenvolvimento da aprendizagem; 6A04 Transtorno do desenvolvimento da coordenação motora; 6A05 Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade; 6A06 Transtorno de movimento estereotipado; 8A05.0 Tiques primários ou transtornos do tique; 6E60 Síndrome do neurodesenvolvimento secundária; 6A0Y Outros transtornos do neurodesenvolvimento especificados; 6A0Z Transtornos do neurodesenvolvimento não especificados. – A diferença basicamente é o quadro sintomático encontrado em cada paciente. O nome do documento é CID-11 para Estatísticas de Mortalidade e de Morbidade de Janeiro de 2025.
- Caso queira nos mandar mais detalhes e perguntas, ficarei feliz em responder.
Abraços
A deficiência intelectual é um diagnóstico médico-psiquiátrico. Ela se caracteriza por:

Limitações significativas no funcionamento intelectual (QI geralmente abaixo de 70)
Comprometimentos no comportamento adaptativo, ou seja, dificuldades em lidar com as demandas do dia a dia, como comunicação, autocuidado, habilidades sociais e autonomia
Início antes dos 18 anos de idade
Ou seja, a deficiência intelectual afeta globalmente o aprendizado, o raciocínio, a resolução de problemas e a capacidade de adaptar-se às situações de vida.

Exemplos
Síndrome de Down
Síndrome do X Frágil
Transtorno do desenvolvimento intelectual sem causa conhecida
Deficiência Cognitiva
Já a deficiência cognitiva é um termo mais amplo e menos específico. Refere-se a qualquer comprometimento em funções cognitivas, que são processos mentais como:

Memória
Atenção
Percepção
Linguagem
Funções executivas (planejamento, organização, impulsividade)
A deficiência cognitiva pode ser:

Temporária ou permanente
Localizada (afetando apenas certas funções, como memória, motivação ou linguagem)
Decorrente de várias causas (AVC, traumatismo craniano, demências, transtornos psiquiátricos, efeitos colaterais de medicamentos etc.)
Exemplos
Déficit de atenção (TDAH) — uma deficiência cognitiva, mas não intelectual
Demência (pode comprometer gravemente cognição sem ser deficiência intelectual clássica, pois surge na vida adulta)
Afasias (perda de linguagem por lesão cerebral)
Déficits de memória após traumatismo cranioencefálico
Ola boa noite, principal diferença entre deficiência intelectual (DI) e deficiência cognitiva reside no fato de que a deficiência intelectual é um transtorno do desenvolvimento que afeta o funcionamento cognitivo e adaptativo de forma global, enquanto a deficiência cognitiva pode se manifestar como dificuldades em áreas específicas do processamento de informações, como memória, atenção ou raciocínio, e não necessariamente implica em um comprometimento generalizado do funcionamento intelectual
É um prazer te ajudar. Vamos explorar a diferença entre deficiência intelectual e deficiência cognitiva. Embora os termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, existem nuances importantes que os distinguem.

Imagine o cérebro como um complexo sistema com diversas partes interconectadas, responsáveis por diferentes funções, como memória, raciocínio, linguagem e habilidades motoras. A deficiência *cognitiva* se refere a um comprometimento em uma ou mais dessas funções cerebrais. Pode manifestar-se de diversas formas e graus de severidade, afetando áreas específicas do funcionamento cognitivo. Por exemplo, uma pessoa pode ter dificuldades com a memória de curto prazo, mas manter outras funções cognitivas intactas. Outra pode apresentar dificuldades em processar informações visuais, enquanto a linguagem e o raciocínio lógico estão preservados. As causas da deficiência cognitiva são variadas, podendo incluir lesões cerebrais, doenças neurológicas, ou mesmo o envelhecimento. O foco principal aqui é a *disfunção cognitiva específica*, sem necessariamente implicar em limitações adaptativas globais.

A deficiência *intelectual*, por outro lado, é um conceito mais abrangente. Ela envolve um comprometimento significativo no funcionamento intelectual geral, medido por testes de QI (Quoeficiente de inteligência) *e* também demonstra limitações significativas em pelo menos duas áreas de habilidades adaptativas, como comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização de recursos comunitários, auto-direção, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho. Essas limitações devem estar presentes durante o período de desenvolvimento. Ou seja, a deficiência intelectual não se resume apenas a um baixo QI; ela considera também as dificuldades que a pessoa enfrenta para se adaptar e funcionar independentemente no seu dia a dia. A severidade da deficiência intelectual é classificada em níveis, de leve a profundo, considerando tanto o QI quanto o nível de suporte necessário.

Para ilustrar, imagine duas pessoas. Uma apresenta dificuldades específicas na memória verbal, mas consegue realizar suas tarefas diárias, manter relacionamentos sociais e trabalhar com sucesso. Essa pessoa provavelmente apresenta uma deficiência cognitiva, mas não necessariamente uma deficiência intelectual. Já outra pessoa apresenta um baixo QI e dificuldades significativas em diversas áreas da vida, como comunicação, cuidado pessoal e habilidades sociais, necessitando de suporte constante para realizar tarefas básicas. Esta pessoa provavelmente apresenta uma deficiência intelectual.

É importante lembrar que a avaliação de ambas as condições requer uma avaliação multidisciplinar, considerando testes psicológicos, observação do comportamento e avaliação das habilidades adaptativas da pessoa. A abordagem terapêutica também varia conforme a natureza e a severidade das dificuldades apresentadas, podendo incluir estratégias de reabilitação cognitiva, terapia ocupacional, suporte psicossocial e intervenções educacionais.

Espero que esta explicação seja útil. Lembre-se que cada caso é único e requer uma avaliação individualizada. Se você tiver mais alguma pergunta, não hesite em perguntar.

Espero que essas respostas possam ser úteis para você.

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Deficiência Intelectual é um termo mais específico e oficial, usado nos manuais diagnósticos como o DSM-5. Refere-se a limitações significativas tanto no funcionamento intelectual (como raciocínio, resolução de problemas, aprendizagem) quanto no comportamento adaptativo (habilidades práticas, sociais e conceituais do dia a dia). Ela se manifesta durante o período de desenvolvimento, antes dos 18 anos.
Deficiência Cognitiva é um termo mais amplo e abrangente, que engloba qualquer alteração nas funções cognitivas - como memória, atenção, linguagem, funções executivas, percepção. Pode incluir a deficiência intelectual, mas também outras condições como dificuldades de aprendizagem, transtornos do espectro autista, ou até mesmo alterações cognitivas decorrentes de traumatismo craniano ou demências.
Na prática clínica, uso a abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental para ajudar tanto a pessoa quanto a família a compreender que essas são características neurológicas que fazem parte de quem a pessoa é. O foco não está no "déficit", mas em identificar as forças e habilidades existentes, desenvolvendo estratégias adaptativas e promovendo autonomia dentro das possibilidades de cada um.
É fundamental lembrar que cada pessoa é única, com suas próprias capacidades, sonhos e potenciais. O diagnóstico serve como uma ferramenta para compreender melhor as necessidades e oferecer o suporte adequado, nunca como um rótulo limitante.
 Vanessa Oliveira Martins
Psicólogo, Psicanalista
Londrina
Deficiência intelectual é um diagnóstico clínico definido por limitações significativas no funcionamento intelectual (como raciocínio, julgamento e resolução de problemas) e no comportamento adaptativo (como cuidar de si, comunicação e habilidades sociais), com início antes dos 18 anos. Envolve um funcionamento global abaixo da média e exige apoio contínuo.
Deficiência cognitiva é um termo mais amplo e genérico, que se refere a dificuldades em áreas específicas do funcionamento mental, como memória, atenção, linguagem ou raciocínio. Pode ser leve, temporária ou decorrente de outras condições (como lesões cerebrais, demência ou TDAH), sem necessariamente configurar uma deficiência intelectual.
lá, vamos lá! Quando vc diz da sua angústia de ver o tempo passar, seu animalzinho envelhecer, enfim esse sentimento de não saber p por quê desses sentimentos e assim a vida passando. A vida é uma viagem, um rio, um passeio, mas é sobretudo um tempo... um tempo em que vc está assistindo e que deve saber que pode acabar. Para que angústia seja digamos minimizada, tratada, só existe uma solução, ou pelo menos a possibilidade de uma solução, o remédio que se chama a palavra, ser escutado, mas com quem te escuta. A angústia que vc sente tal como todo esse sentimento que temos, é o único sentimento que não mente sobre vc. É o afeto que realmente pode dizer sobre vc. E vejo, que por algum sentido, algum motivo àquilo que vc tem medo. mas vc nega de poder tratá-la. O que teria acontecido na sua história de vida? Estou a disposição..
Deficiência intelectual é um diagnóstico com critérios específicos, envolvendo limitações intelectuais e adaptativas. Deficiência cognitiva é um termo mais geral para qualquer dificuldade nas funções mentais
Olá, como vai? Essa é uma dúvida bastante comum, e importante de ser esclarecida. A deficiência intelectual é um diagnóstico clínico caracterizado por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, o que afeta a capacidade da pessoa de lidar com as demandas do cotidiano em áreas como comunicação, habilidades sociais e práticas. Ela tem início durante o período do desenvolvimento e costuma ser identificada por meio de testes padronizados que avaliam o quociente intelectual (QI) e a funcionalidade da pessoa em contextos reais. Já o termo “deficiência cognitiva” é mais amplo e menos preciso — ele costuma ser usado para descrever dificuldades nas funções cognitivas, como atenção, memória, linguagem, raciocínio ou planejamento, que podem estar presentes em diferentes condições clínicas, neurológicas ou psicológicas, e nem sempre configuram uma deficiência intelectual. Pela psicanálise, compreendemos que esses quadros não devem ser reduzidos apenas a uma descrição funcional ou estatística do sujeito, pois envolvem também a forma como ele se constituiu no laço com o outro, suas experiências afetivas e o modo como responde simbolicamente às marcas que o atravessam. Muitas vezes, o que aparece como déficit pode estar ligado a impasses subjetivos, a histórias de desamparo ou a dificuldades na mediação da linguagem com o desejo do outro. Já as neurociências nos ajudam a mapear quais áreas cerebrais podem estar envolvidas nas dificuldades cognitivas, e como intervenções precoces e contínuas podem favorecer a plasticidade neural. Em resumo, a deficiência intelectual é um diagnóstico mais delimitado e formalizado, enquanto a deficiência cognitiva é uma expressão mais genérica, usada para indicar dificuldades nas funções mentais. Fico à disposição.
De forma simples:

Deficiência intelectual é quando a pessoa tem limitações no funcionamento intelectual e na adaptação ao dia a dia desde a infância. Isso afeta o raciocínio, a aprendizagem e habilidades práticas, como se comunicar, cuidar de si mesma ou se relacionar.

Boa noite! Déficit cognitivo (ou dificuldade cognitiva) é um termo mais amplo e pode significar dificuldades em funções como atenção, memória, linguagem ou resolução de problemas, mas nem sempre envolve uma deficiência intelectual. Pode surgir em qualquer fase da vida, por diversos motivos (como TDAH, demência, AVC, traumas, etc.).
Deficiência Intelectual é o termo específico que está classificado no DSM 5 TR, como um Transtorno que causa limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo (atividades práticas). Deficiência Cognitiva é um termo mais amplo, usado para designar qualquer dificuldade nos processos mentais como memória, atenção e resolução de problemas. Não é um Transtorno específico, geralmente são consequências de outros transtornos ou até lesões cerebrais.
 Izabel Bueno de Souza
Psicólogo
São Caetano do Sul
Deficiência intelectual
É um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por limitações significativas no funcionamento intelectual (QI abaixo de 70) e déficits no comportamento adaptativo (habilidades conceituais, sociais e práticas), com início antes dos 18 anos.
Deficiência cognitiva
Mais amplo e inespecífico, que se refere a qualquer prejuízo em funções cognitivas específicas, como memória, atenção, linguagem, funções executivas, sem necessariamente envolver todo o funcionamento intelectual.
A deficiência intelectual é um diagnóstico clínico caracterizado por limitações significativas no funcionamento intelectual (como raciocínio, resolução de problemas) e nas habilidades adaptativas (como cuidar de si, comunicar-se e lidar com situações do cotidiano), com início antes dos 18 anos.

Já a deficiência cognitiva é um termo mais amplo e genérico, que se refere a qualquer prejuízo nas funções cognitivas, como atenção, memória, linguagem ou percepção. Ela pode ocorrer em diferentes contextos (traumas, doenças neurológicas, transtornos do neurodesenvolvimento) e nem sempre envolve prejuízo adaptativo global, como na deficiência intelectual.
Deficiência intelectual é quando a pessoa tem limitações no raciocínio, aprendizado e na vida diária desde a infância.
Deficiência cognitiva é um termo mais amplo e pode incluir qualquer dificuldade nas funções mentais, como atenção, memória ou linguagem — e pode surgir em qualquer idade.

A deficiência intelectual é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta o funcionamento global da pessoa, desde o raciocínio, a comunicação, até habilidades sociais e de autonomia. Ela geralmente se manifesta na infância e é permanente. Pessoas com deficiência intelectual aprendem em um ritmo diferente, mas com apoio adequado, podem desenvolver muitas habilidades e viver com qualidade.

Já a deficiência cognitiva é um termo mais amplo que se refere a dificuldades em funções específicas do cérebro, como memória, atenção, linguagem ou resolução de problemas. Essas dificuldades podem surgir em qualquer fase da vida e nem sempre são permanentes. Por exemplo, um adulto que sofreu um trauma craniano pode apresentar uma deficiência cognitiva, mas não necessariamente terá uma deficiência intelectual.

Ambas merecem respeito, compreensão e acolhimento. Cada pessoa tem sua forma única de existir no mundo e quando enxergamos além do diagnóstico, abrimos espaço para a inclusão de verdade.

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