Qual é a relação entre Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), Vazio e Medo Existencial ?
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Qual é a relação entre Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), Vazio e Medo Existencial ?
Boa tarde,
No Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), é muito comum que as pessoas relatem uma sensação constante de vazio interno, acompanhada de um medo intenso de abandono e, em alguns casos, de um medo existencial profundo. Essa experiência de vazio não se trata apenas de “falta do que fazer”, mas de uma sensação persistente de que nada é suficiente, como se a vida perdesse cor ou propósito. Estudos mostram que esse vazio pode estar relacionado a dificuldades na regulação emocional, baixa tolerância à solidão e instabilidade na percepção de si mesmo.
Esse sentimento, quando associado ao medo existencial, pode gerar uma angústia ainda maior, pois a pessoa não só se sente desconectada de si e dos outros, mas também questiona o sentido da própria existência. Nesses momentos, a busca por algo ou alguém que preencha esse espaço pode se tornar urgente, o que ajuda a entender a intensidade dos relacionamentos e das oscilações emocionais no TPB.
A psicoterapia tem mostrado grande eficácia para auxiliar nesse processo, especialmente abordagens como a TCC - DBT, que ajudam a pessoa a desenvolver maior consciência de suas emoções, a construir um senso mais estável de identidade e a encontrar formas saudáveis de lidar com o vazio. Parte importante do tratamento é aprender a se conectar com valores pessoais e atividades significativas, diminuindo a dependência de fatores externos para dar sentido à vida.
Espero ter ajudado, um grande abraço.
No Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), é muito comum que as pessoas relatem uma sensação constante de vazio interno, acompanhada de um medo intenso de abandono e, em alguns casos, de um medo existencial profundo. Essa experiência de vazio não se trata apenas de “falta do que fazer”, mas de uma sensação persistente de que nada é suficiente, como se a vida perdesse cor ou propósito. Estudos mostram que esse vazio pode estar relacionado a dificuldades na regulação emocional, baixa tolerância à solidão e instabilidade na percepção de si mesmo.
Esse sentimento, quando associado ao medo existencial, pode gerar uma angústia ainda maior, pois a pessoa não só se sente desconectada de si e dos outros, mas também questiona o sentido da própria existência. Nesses momentos, a busca por algo ou alguém que preencha esse espaço pode se tornar urgente, o que ajuda a entender a intensidade dos relacionamentos e das oscilações emocionais no TPB.
A psicoterapia tem mostrado grande eficácia para auxiliar nesse processo, especialmente abordagens como a TCC - DBT, que ajudam a pessoa a desenvolver maior consciência de suas emoções, a construir um senso mais estável de identidade e a encontrar formas saudáveis de lidar com o vazio. Parte importante do tratamento é aprender a se conectar com valores pessoais e atividades significativas, diminuindo a dependência de fatores externos para dar sentido à vida.
Espero ter ajudado, um grande abraço.
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Oi, tudo bem? A sua pergunta toca em três experiências que, no TPB, costumam se entrelaçar de um jeito muito profundo: o medo existencial, o vazio e a própria instabilidade emocional típica do transtorno. Eles não aparecem separados; muitas vezes, um alimenta o outro. No TPB, o vazio não é simplesmente “falta do que fazer” ou “tédio”, mas uma sensação de descontinuidade interna, como se algo essencial estivesse faltando. Quando esse vazio aparece com força, o medo existencial surge quase como um reflexo: a sensação de perder a si mesmo, de não saber quem se é, de sentir que qualquer vínculo pode definir — ou desfazer — a própria identidade.
Para muitas pessoas com TPB, a ligação entre esses elementos é quase visceral. O cérebro interpreta pequenas variações no vínculo como risco de abandono, e essa percepção aciona um medo que não tem tanto a ver com o futuro, mas com a sensação de existir emocionalmente. Quando o vínculo parece instável, o vazio cresce. Quando o vazio cresce, as emoções se tornam mais intensas. E quando as emoções se intensificam, o medo existencial de se perder aumenta ainda mais. Talvez você consiga perceber isso em si mesmo. Em que momentos o vazio aparece. O que dispara aquela sensação de que algo interno “descola”. Como você percebe o medo quando sente que uma relação importante balança.
Esse ciclo não significa fraqueza, e sim uma sensibilidade profunda às experiências emocionais. Em terapia, entendemos esse padrão como um sistema afetivo que aprendeu a viver em estado de alerta, tentando garantir segurança onde, no passado, ela não foi tão firme. Quando começamos a investigar o que esse vazio tenta comunicar e como esse medo aparece no corpo, a pessoa passa a construir um pouco mais de continuidade interna, mesmo quando o mundo externo oscila. O que você sente que falta quando o vazio chega. Que parte sua parece pedir cuidado quando o medo aparece. O que você deseja sustentar em suas relações mesmo quando está inseguro.
Ao longo do processo, essa compreensão costuma aliviar bastante a intensidade emocional, porque a pessoa descobrem que pode existir mesmo sem depender totalmente da estabilidade do outro. E essa descoberta é transformadora. Se você quiser aprofundar isso com calma e cuidado, posso te acompanhar. Caso precise, estou à disposição.
Para muitas pessoas com TPB, a ligação entre esses elementos é quase visceral. O cérebro interpreta pequenas variações no vínculo como risco de abandono, e essa percepção aciona um medo que não tem tanto a ver com o futuro, mas com a sensação de existir emocionalmente. Quando o vínculo parece instável, o vazio cresce. Quando o vazio cresce, as emoções se tornam mais intensas. E quando as emoções se intensificam, o medo existencial de se perder aumenta ainda mais. Talvez você consiga perceber isso em si mesmo. Em que momentos o vazio aparece. O que dispara aquela sensação de que algo interno “descola”. Como você percebe o medo quando sente que uma relação importante balança.
Esse ciclo não significa fraqueza, e sim uma sensibilidade profunda às experiências emocionais. Em terapia, entendemos esse padrão como um sistema afetivo que aprendeu a viver em estado de alerta, tentando garantir segurança onde, no passado, ela não foi tão firme. Quando começamos a investigar o que esse vazio tenta comunicar e como esse medo aparece no corpo, a pessoa passa a construir um pouco mais de continuidade interna, mesmo quando o mundo externo oscila. O que você sente que falta quando o vazio chega. Que parte sua parece pedir cuidado quando o medo aparece. O que você deseja sustentar em suas relações mesmo quando está inseguro.
Ao longo do processo, essa compreensão costuma aliviar bastante a intensidade emocional, porque a pessoa descobrem que pode existir mesmo sem depender totalmente da estabilidade do outro. E essa descoberta é transformadora. Se você quiser aprofundar isso com calma e cuidado, posso te acompanhar. Caso precise, estou à disposição.
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