Relato de Relacionamento Abusivo Namoro há 7 meses uma mulher de 43 anos. Eu tenho 26. No início, e

21 respostas
Relato de Relacionamento Abusivo
Namoro há 7 meses uma mulher de 43 anos. Eu tenho 26. No início, ela me pareceu tudo o que alguém poderia desejar: inteligente, linda, engraçada e cativante. Me senti profundamente envolvido. Mas, com o tempo, o que parecia um grande encontro se transformou em um ciclo doloroso de controle, medo e desgaste emocional.

Desde o começo, notei sinais de ciúmes e desconfiança em excesso. Tentei relevar, buscando compreender suas inseguranças e reconhecendo também minhas imperfeições. Mas situações simples viraram gatilhos para brigas intensas. Bastava eu não atender o telefone porque adormeci, que já era suficiente para gritos, xingamentos e descontrole. Para evitar novos atritos, cheguei ao ponto de fazer uma cópia da chave da minha casa para que ela pudesse entrar e "comprovar" que eu estava mesmo dormindo.

Com o passar dos meses, fui me afastando de pessoas próximas. Amigos e amigas de anos se tornaram “ameaças” na visão dela. Um dos episódios mais difíceis envolveu uma amiga com quem continuei conversando, mesmo após ela ter pedido que eu cortasse o contato. Admito que errei por não ter sido mais firme, mas sempre deixei claro que era apenas amizade. A situação escalou até o ambiente profissional — ambos atuamos na área política — e ela passou a acreditar que essa amiga, junto com outro amigo meu, estavam conspirando para tirá-la do cargo que ocupa. Mesmo após eu interceder e resolver a questão com minha chefe, ela me acusou de traição, me agrediu fisicamente e quebrou meu celular. Antes disso, já havia gritado comigo em público, em frente à minha casa, me ofendendo.

Um dos aspectos mais cruéis dessa relação foi o uso do preconceito como arma. Um dos meus melhores amigos é bissexual, e por conta disso ela passou a me acusar de ser gay, em tom ofensivo e homofóbico. Me chamava de “viado”, dizia que minha mãe queria nos separar por questões religiosas, e que meus amigos estavam “me levando pro outro lado”. Tudo isso sem qualquer fundamento. Eu, que sou heterossexual, vi minha sexualidade ser usada como forma de humilhação. Se eu não quisesse ir à casa dela em determinado dia, ela afirmava que eu estava escondendo algo ou saindo com outra pessoa. Nada disso era verdade.

Tentei terminar o relacionamento várias vezes, por me sentir emocionalmente esgotado, com ansiedade constante e medo diário. Mas toda tentativa de rompimento foi recebida com ameaças. Ela dizia que iria até o meu trabalho, faculdade ou casa da minha mãe para brigar, Me acusava de agir “por baixo dos panos”, dizia que minha mãe manipulava minha cabeça, que meu amigo era, na verdade, meu amante. Eu negava, com respeito e clareza, mas ela insistia. Me chamava de covarde, distorcia tudo o que eu dizia e fazia para manter o controle sobre mim.

As acusações vinham acompanhadas de gritos, humilhações verbais e vigilância constante. Passei a compartilhar minha localização em tempo real, saía mais cedo das aulas, me afastei de pessoas queridas. Tudo para tentar evitar conflitos e manter uma falsa paz. Mas toda tentativa de diálogo terminava da mesma forma: em gritos, culpa e chantagens.

O que escrevo aqui não representa nem metade do que vivi. Muitas vezes, me sentia preso a essa relação apenas pelo sexo. E quando percebi isso e me afastei, ela usou isso contra mim: dizia que isso era a prova de que eu “não tinha tesão porque era viado”, que “homem de verdade não se importa com palavras, só com prazer”. Mas as coisas que ela dizia me destruíam por dentro. Eu era diminuído o tempo todo — nas minhas opiniões, nos meus sentimentos, no meu trabalho. Até quando comentei uma visão sobre um filme, ela disse que minha opinião era errada porque eu “não prestava”.

Eu produzia vídeos sobre política, e ela dizia que não podia curtir nada meu porque poderia prejudicá-la profissionalmente. Me desvalorizava, me fazia sentir como se eu fosse um bosta. Na última briga, ela disse que, se eu não respondesse, viria até minha casa e “minha mãe ia ver só”. Tive uma crise de ansiedade. Ela percebeu que eu estava mal, mas em vez de acolher, disse que eu estava assim por causa dos meus amigos, e não por causa das coisas horríveis que ela me dizia. Falou coisas terríveis — e logo depois me pediu para apagar toda a nossa conversa. Alegou que era porque falávamos de sexo, mas no fundo eu sei que ela teve medo de que alguém visse as mensagens se algo grave acontecesse comigo.

Toda vez que tento terminar, as ameaças voltam: de ir na minha casa, no meu trabalho, na minha faculdade, de espalhar mentiras. Eu me sinto em uma prisão invisível. Estou abalado, com vergonha, com medo, ja marquei psiquatra, mas nao sei como terminar.
O que você está vivendo é muito sério e doloroso, e o fato de já ter procurado um psiquiatra é um passo muito importante, pois mostra o quanto você está buscando cuidar da sua saúde mental. Além desse acompanhamento, a psicoterapia pode te ajudar a se fortalecer emocionalmente, compreender com mais clareza o que está vivendo e se organizar para encerrar essa relação de forma segura. Também é essencial estar atento ao ambiente em que você está inserido. Relações marcadas por medo, desgaste constante e desvalorização não devem ser normalizadas. Cuidar de si é também buscar estar em espaços e com pessoas que respeitem seus sentimentos, suas escolhas e seu bem-estar. Com apoio, é possível reconstruir sua autonomia, retomar vínculos saudáveis e seguir com mais segurança. Na terapia, você pode construir um caminho de cuidado consigo mesmo, recuperando sua autoestima, sua confiança e sua liberdade. Você merece estar em relações que respeitem quem você é, sem ameaças, humilhações ou qualquer forma de violência. É possível sair disso, e há suporte disponível para te acompanhar nesse processo.

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Dra. Carolaine Siqueira
Psicólogo
São José do Rio Preto
Olá!

Você está vivendo uma situação de desgaste profundo, e tudo o que você sente é absolutamente compreensível. A ansiedade constante, a sensação de estar vigiado, o medo de falar, o isolamento são sinais claros de que esse relacionamento afetou profundamente sua saúde emocional.

O abuso psicológico vai minando a autoconfiança, distorcendo a realidade e fazendo com que você passe a duvidar até mesmo do que sente ou pensa. Isso te esgota. E o que é mais cruel: quanto mais você tenta se adaptar, mais você se perde de si mesmo.

O que está acontecendo com você não é “frescura”, nem exagero. É um processo real de desgaste emocional, no qual você foi, aos poucos, se anulando para tentar manter uma paz que nunca vem. A chantagem emocional, o controle, as humilhações e o medo fazem parte de um ciclo que se repete. E romper esse ciclo, emocionalmente, exige apoio.

Na terapia, você vai poder entender melhor como tudo isso se formou, fortalecer seus limites internos, recuperar a sua voz e construir, com segurança, a coragem para se afastar de algo que te adoece. Vai ser um espaço para você se reconectar com quem você é sem medo, sem culpa, sem humilhação.

Você merece uma vida emocional leve, com respeito, com afeto real. E não precisa passar por isso sozinho.
Se sentir que faz sentido, agende uma sessão comigo. Vai ser um espaço seguro para cuidar de você de verdade.
 Michelle Novello
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Olá, agradeço por compartilhar sua vivência com tanta honestidade. Relatos como o seu refletem experiências emocionais muito intensas e, muitas vezes, difíceis de nomear. Independentemente das intenções ou comportamentos de cada pessoa envolvida, o mais importante agora é cuidar do impacto que essa relação tem causado em você — especialmente diante do sofrimento, da ansiedade e da sensação de esgotamento descritas.

Buscar apoio psiquiátrico e psicológico é uma atitude muito importante e necessária. A psicoterapia pode ajudá-lo a compreender melhor o que está vivendo, fortalecer seus limites emocionais e encontrar caminhos mais saudáveis para lidar com tudo isso. Quando há medo, vergonha ou insegurança para sair de uma relação, ter suporte especializado pode fazer toda a diferença.
Você viveu uma experiência extremamente traumática e está claro o quanto isso afetou profundamente sua saúde emocional. O que você descreve tem todas as características de um relacionamento abusivo — e isso não é sobre fraqueza sua, mas sobre um ciclo de violência que vai minando a sua percepção e sua força. Estar abalado, com medo e confuso é esperado. Mas você não precisa passar por isso sozinho. Que bom que já buscou um psiquiatra — e esse é também o momento de ter um espaço de escuta terapêutica contínua, onde possamos, juntos, construir formas de romper com esse ciclo e resgatar sua integridade emocional. Você merece viver relações que não adoeçam. Estou disponível para marcarmos um primeiro encontro para conversar com calma sobre tudo isso!
Pela sua descrição, seria interessante sua namorada fazer psicoterapia, pois esse comportamento sugere algumas dificuldades emocionais, por outro lado, seria bom você também fazer, com um psicologo com quem se sinta bem e tenha confiança, para fortalecer a sua autoestima.

 Maisa Guimarães Andrade
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá.
Antes de tudo, quero te dizer, com o coração muito aberto: eu sinto muito que você esteja passando por tudo isso. Seu relato é extremamente corajoso, e é um ato de cuidado consigo mesmo buscar ajuda nesse momento. Você não está exagerando, nem está sozinho. O que você descreve é, sim, um relacionamento abusivo, e o sofrimento que você está vivenciando é legítimo, profundo, e precisa ser escutado com toda a seriedade e acolhimento.

Na psicanálise, nós nos dedicamos a escutar não só os fatos, mas as marcas que eles deixam na alma. O que você está vivendo tem deixado marcas de dor, de medo, de confusão, e também de silêncio. E é justamente nesse espaço da escuta profunda que a psicanálise pode te ajudar a encontrar um caminho de elaboração, fortalecimento emocional e reconstrução da sua identidade — uma identidade que, como você mesmo relata, foi sendo apagada, diminuída, distorcida por meio do controle, das ameaças e da violência emocional.

Relacionamentos assim são como armadilhas psíquicas. No início, existe um encantamento, um vínculo intenso, um desejo de ser aceito, reconhecido, amado. Mas com o tempo, esse afeto vai sendo substituído por insegurança, controle, isolamento e violência. O mais cruel disso tudo é que a própria vítima começa a duvidar de si mesma: “será que exagerei?”, “será que a culpa é minha?”, “e se eu tentar mais uma vez?”. Esse é um efeito psíquico muito comum e muito perverso da relação abusiva — ela faz com que você se desconecte de quem você é, e passe a existir apenas a partir da ótica e das demandas do outro.

Na psicanálise, buscamos compreender as estruturas internas que nos levam a permanecer nesses ciclos. E, mais importante ainda, buscamos resgatar o seu desejo, a sua voz, a sua autonomia. Através da fala, do tempo e do vínculo terapêutico, vamos, pouco a pouco, desfazendo esses nós internos. E não para te dar respostas prontas, mas para te ajudar a construir o seu próprio caminho de libertação e reconstrução.

A dor que você descreve é muito real: ansiedade, vergonha, medo, confusão, esvaziamento da autoestima, sensação de prisão. E tudo isso precisa ser acolhido, sem julgamento. Você está fazendo um movimento muito importante ao buscar o psiquiatra, e também ao desejar iniciar um processo terapêutico. Isso mostra que, apesar de todo o sofrimento, ainda existe em você uma parte viva, que resiste, que pede socorro, que quer sair desse ciclo.

É muito difícil sair de uma relação abusiva sem apoio. Por isso, eu te encorajo a se cercar de pessoas confiáveis — amigos, familiares, profissionais — e buscar, dentro do possível, um plano de proteção emocional e física para esse momento. Não é covardia querer proteger a si mesmo. Pelo contrário: é um ato de coragem imensa dizer “isso não é amor, isso está me fazendo mal”.

Na terapia psicanalítica, você encontrará um espaço seguro para elaborar tudo isso. Para chorar, para nomear o que talvez ainda seja confuso, para falar das partes da história que ainda doem ou que você nunca contou a ninguém. E, com o tempo, para se reapropriar de si mesmo — do seu desejo, da sua liberdade, do seu valor como sujeito.

Você merece viver relações onde o afeto não venha junto com o medo. Onde o amor não precise custar a sua saúde mental.

Se sentir que posso te acompanhar nessa travessia, estou aqui.
E mais uma vez, parabéns pela coragem de falar. Isso, por si só, já é o começo da saída.
 Germaniely Lima
Psicólogo, Psicanalista
Florianópolis
Olá, lamento muito que esteja vivendo algo tão dolorido e aniquilador . Não é fácil finalizar um relacionamento, principalmente quando se é abusivo. Oriento buscar ajuda terapêutica para elaborar todo esse sofrimento e também fazer um Boletim de ocorrência por conta da violência psicológica e as constantes ameaças !
Sinto muito por você estar vivendo algo tão difícil.
Relacionamentos abusivos não têm a ver apenas com agressões físicas — mas também com ameaças, controle, medo e manipulação emocional, como você descreveu.

Esse tipo de vínculo adoece porque cria exatamente isso: uma prisão invisível, onde a pessoa perde o direito de ir e vir, de dizer “não” ou até de se afastar com segurança.

É muito importante que você não enfrente isso sozinho. Buscar ajuda psiquiátrica é um passo importante — e o acompanhamento psicológico pode te oferecer um espaço seguro para lidar com o medo, a culpa e reconstruir sua autonomia emocional.

Em alguns casos, também pode ser necessário acionar apoio jurídico ou institucional para garantir sua proteção. Isso não é exagero — é cuidado.

Você não está exagerando, nem está sozinho. Quando quiser, estou à disposição para te escutar com seriedade e acolhimento.
 Fábio Oliveira
Psicólogo
Pindamonhangaba
O que você descreveu é muito sério e mostra que você está vivendo uma relação marcada por abusos emocionais, físicos e psicológicos. Não é exagero chamar assim há comportamentos repetidos de controle, humilhação, isolamento, ameaças e agressões, que vão além dos conflitos naturais de um relacionamento. É muito compreensível que você esteja se sentindo exausto, com vergonha, medo e ansiedade. E é importante que você saiba: nada disso é culpa sua.
Relações abusivas costumam seguir um padrão um ciclo que começa com tensão, explode em agressividade e depois se transforma em um momento de aparente calma, como se estivesse tudo resolvido. Esse ciclo se repete, e, aos poucos, vai minando a autoestima da pessoa, gerando confusão mental e emocional, o que torna cada vez mais difícil sair. Seu relato mostra sinais claros desse padrão: você foi se afastando de pessoas queridas, perdeu sua liberdade, passou a viver com medo de fazer algo “errado” que gerasse um novo conflito, e até sua sexualidade foi usada como forma de humilhação. Nenhum relacionamento saudável envolve esse tipo de violência.
Você também mencionou que tentou terminar, mas foi ameaçado o que demonstra o quanto essa pessoa tenta manter controle por meio do medo. Essa é uma dinâmica típica do abuso: chantagens emocionais, manipulação, ameaças de exposição ou de causar escândalos. Por isso, romper esse vínculo exige planejamento, apoio emocional e, em alguns casos, suporte jurídico ou institucional.
Você fez algo muito importante ao buscar ajuda psiquiátrica esse é um passo essencial. Se ainda não estiver em psicoterapia, recomendo fortemente que procure esse suporte, de preferência com um profissional que tenha experiência em situações de relacionamentos abusivos. A terapia pode te ajudar a recuperar sua força emocional, entender mais profundamente esse ciclo e construir, com segurança, os passos para sair dele.
É importante também que você saiba que existem serviços públicos que podem te orientar e proteger. O número 180, por exemplo, é a Central de Atendimento à Mulher, mas também acolhe casos de homens que sofrem violência em relacionamentos com mulheres. Além disso, o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) pode te orientar juridicamente, caso você decida tomar alguma medida de proteção.
Sobre como terminar esse relacionamento, é fundamental que você não faça isso de forma impulsiva ou sozinho, já que há risco de represálias. A melhor saída é com apoio e com um plano que leve em conta sua segurança emocional, física e social. Aos poucos, com suporte profissional e das pessoas que se importam com você, é possível sair desse ciclo e recuperar sua vida, sua liberdade, sua autoestima e seu bem-estar.
Você merece estar em um relacionamento onde se sinta respeitado, valorizado e seguro. Ninguém deve se sentir prisioneiro por medo de ameaças, humilhações ou violência. Você está dando um passo muito importante agora: buscando ajuda. E isso, por si só, já mostra sua força e coragem.
Olá! Imagino o quanto esteja sofrendo... minha sugestão é procurar um psicólogo para ajudar a fortalecer sua autoestima, de forma que você reconheça suas qualidades, seus pontos fortes, além de ajudar a ser mais assertivo, para se posicionar quando estiver preparado para o término. Procure ajuda, afinal, você não precisa sofrer sozinho.
Boa noite,
O que você está vivendo é um relacionamento abusivo e extremamente perigoso — não só emocionalmente, mas também fisicamente e psicologicamente. Sua dor é legítima, e seu medo também. Ninguém merece passar por esse tipo de violência, chantagem e destruição emocional.

Primeiro: Você não está sozinho.
O que você descreve não é um exagero, nem drama. É abuso, e envolve:
Controle extremo e vigilância
Isolamento social
Agressões físicas e verbais
Humilhações públicas e privadas
Manipulação sexual
Chantagens emocionais
Isso tudo é violência psicológica, moral, e, em alguns pontos, até física, e configura um quadro que pode (e deve) ser denunciado legalmente.
O que você pode fazer agora:
1. Você já deu um passo importantíssimo: buscar ajuda.
Você marcou um psiquiatra — ótimo. Se possível, também busque um(a) psicólogo(a) para te apoiar no emocional e na construção de um plano de saída seguro.
2. Evite terminar sozinho e sem proteção.
Como ela já demonstrou comportamentos explosivos e ameaçadores, o ideal é que o término não aconteça de forma impulsiva ou isolada. Algumas opções:
Escreva uma mensagem curta e clara, informando que não deseja mais contato. Se possível, envie num momento em que esteja seguro, de preferência fora de casa e com apoio de alguém por perto.
Após isso, bloqueie todos os meios de contato — telefone, redes sociais, e-mail.
Avise amigos próximos e familiares de confiança sobre o término, para que possam estar alertas caso ela tente te procurar ou criar conflitos.

3. Documente tudo.
Guarde prints de conversas, registros de agressões (inclusive as verbais), testemunhas de brigas públicas, etc. Se houver novas ameaças, registre boletim de ocorrência. Tudo isso pode ser usado em caso de necessidade de uma medida protetiva.
4. Considere solicitar uma medida protetiva.
Ela já te agrediu fisicamente, destruiu seu celular, ameaçou te perseguir em vários espaços — isso justifica uma medida protetiva judicial, mesmo sendo homem. A Lei Maria da Penha é aplicável para homens em relacionamentos abusivos com mulheres também, especialmente se houver violência física e psicológica.
Sobre a culpa e a vergonha
Você não é fraco por ter vivido isso. Pessoas abusivas sabem manipular, sabem se mostrar encantadoras no início e usar sexo, amor ou medo como formas de controle. Isso não diz nada sobre quem você é como pessoa, só reforça o quanto é forte por reconhecer tudo isso e estar buscando sair.
Abraços
Sinto muito por tudo que você está passando — seu relato revela uma situação extremamente dolorosa e preocupante, marcada por abuso psicológico, controle excessivo, humilhações e ameaças que, aos poucos, foram minando sua autoestima, sua liberdade e sua saúde emocional; ninguém merece viver sob esse tipo de opressão, e reconhecer que está em uma relação abusiva já é um passo muito corajoso. Buscar ajuda psicológica nesse momento é fundamental — um psicólogo pode te auxiliar a identificar com clareza os padrões abusivos dessa relação, fortalecer sua autoestima abalada e desenvolver um plano de ação seguro para o desligamento emocional e prático desse vínculo; em casos como o seu, o acompanhamento terapêutico ajuda a elaborar o trauma relacional vivido, reconstruir sua rede de apoio (que foi enfraquecida pelo isolamento) e lidar com sentimentos complexos como culpa, medo, vergonha ou ambivalência; além disso, o psicólogo pode te orientar quanto a estratégias específicas de enfrentamento, estabelecer limites de proteção e até encaminhar para serviços de apoio jurídico ou assistencial, se necessário — você não precisa carregar esse peso sozinho: a terapia é um espaço ético, sigiloso e acolhedor onde a sua dor será compreendida com respeito e cuidado profissional.
 Rozana do Vale
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá,
Vejo um combo aqui necessário de intervenção terapêutica urgente. Busque, com calma vai encontrar respostas e um caminho mais claro.
 Paulo Cesar Francetto
Psicólogo, Psicanalista
Santo André
Realmente você vive um relacionamento extremamente abusivo e todo este assédio moral só pode ser explicado se assim me permite dizer por uma necessidade e dependência sua dela. Essa dependência deve ser analisada junto com um psicanalista e pode trazer detalhes sobre sua infância que seu inconsciente está repetindo e repetirá até encontrar a cura. Ou seja, nada impede que você se separe desta pessoa e encontre outra nos mesmos padrões, até que se cure. Você pode notar o que digo pelas vezes que ela praticamente obrigou você a se separar de pessoas que lhe faziam bem e a ela soavam como ameaças. Como te humilhava a fim de você ter a ideia de que só ela poderia lhe dar valor , ninguém mais daria. De duvidar de sua sexualidade, algo que ela gostaria de te convencer de que não seria suficiente para outras mulheres. Ou seja, humilhar, desacreditar, baixar sua autoestima. Elementos de um relacionamento tóxico e abusivo. Ela por sua vez necessita de tratamentos também porque no mínimo sofre de transtorno de personalidade paranoide(estou chutando). O que posso dizer a você é procure ajuda psicanalítica, para ajudá-lo a se separar não só dela, mas do que o prende a ela. E descobrir o que gera em você essa necessidade e finalmente não repetir este tipo de relacionamento no futuro.
Seu relato expõe uma dinâmica relacional marcada pela violência que vai além dos episódios específicos - há um padrão de repetição que merece ser olhado com cuidado. O que inicialmente se apresentou como paixão transformou-se numa espécie de prisão psíquica, onde sua liberdade de pensar e agir foi progressivamente confiscada. Como profissional, observo que você já reconhece os mecanismos desse aprisionamento: a vigilância constante, a distorção da realidade, a humilhação como forma de controle. São estratégias que não falam sobre você, mas sobre o funcionamento do outro - um funcionamento que precisa da sua anulação para existir.

O fato de você ter mantido essa relação por meses, mesmo sofrendo, não é sinal de fraqueza, mas indica como esses vínculos abusivos se sustentam justamente na ambivalência entre dor e esperança. Há uma armadilha aqui: quanto mais você tenta provar sua lealdade ou corrigir 'erros' imaginários, mais o ciclo se perpetua. A violência, nesses casos, não é um descontrole momentâneo - é um método. E métodos exigem estratégias específicas para serem rompidos.

Sua decisão de buscar ajuda psiquiátrica é importante, mas insuficiente se isolada. Você precisa criar, urgentemente, uma rede de proteção concreta (registro de ameaças, apoio jurídico) que permita o trabalho psicológico de reconstrução. Não se engane: terminar esse relacionamento será provavelmente o início de um processo complexo, não seu fim. O apego traumático que se estabelece nessas dinâmicas muitas vezes fala mais alto do que a razão. Por isso, além do medicamento, você precisará de um espaço analítico para compreender por que tolerou o intolerável - não para julgar-se, mas para libertar-se definitivamente.

Não há atalhos nesse caminho, mas há saída. O primeiro passo você já deu ao escrever esse relato. O próximo exige coragem para transformar a consciência em ação - e nisso você não precisa estar sozinho. Se permita buscar ajuda especializada, tanto no campo jurídico quanto no terapêutico.
Espero ter ajudado

Um abraço!
O relacionamento que você descreveu apresenta vários sinais de abuso emocional, psicológico e até físico: controle, chantagem, isolamento, humilhações, agressões verbais e físicas, invasão de privacidade e tentativas constantes de distorcer sua realidade. Identificar isso é um passo fundamental. É importante voce reconhecer que está vivendo uma situação abusiva. É comum, em relações abusivas, desenvolver pensamentos como:
-“Talvez eu tenha exagerado…”
- “Se eu for mais compreensivo, ela vai mudar.”
- “Eu que sou fraco por não conseguir sair.”
Esses são pensamentos automáticos negativos que reforçam o ciclo da dependência emocional. Esse ciclo é mantido por reforços intermitentes — momentos bons entre os ruins — que confundem a vítima e a fazem duvidar de sua própria percepção.
Você tentou diversas formas de evitar o conflito (entregar localização, ceder, isolar-se), mas nenhuma resultou em alívio duradouro, pelo contrário, aumentaram sua ansiedade e perda de autonomia. O que você realmente precisa agora são estratégias eficazes e seguras para sair da situação, com suporte e planejamento.
-Compartilhe o que está acontecendo com alguém de confiança (amigo, familiar).
- Documente as ameaças e agressões (prints, áudios, mensagens).
- Considere procurar apoio jurídico ou uma delegacia de violência doméstica.
- Evite conversas presenciais ao terminar. Busque fazê-lo com alguém por perto ou até mesmo por escrito, se for mais seguro.
Você não está sozinho. Muitos homens também vivem relacionamentos abusivos, mas sentem vergonha de buscar ajuda. Saiba que é corajoso e necessário dar esse passo.
Marcar psiquiatra foi um passo valioso. Considere também iniciar psicoterapia para reconstruir sua auto estima, identificar gatilhos emocionais, desenvolvimento de habilidades de enfrentamento e fortalecimento da autonomia.
 Alessandro Felippe
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Os comportamentos que você descreve são padrões clássicos em relacionamentos abusivos: o controle excessivo, os ciúmes infundados, as humilhações públicas e privadas, o isolamento de amigos e familiares, as acusações falsas, a desvalorização constante e as ameaças ao tentar romper. O uso da sua sexualidade como forma de humilhação, as agressões físicas e a destruição do seu celular são atos inaceitáveis e, legalmente, configuram crimes.

É totalmente compreensível que você se sinta preso, envergonhado e com medo. A dinâmica do abuso, muitas vezes, leva a vítima a duvidar de si mesma e a acreditar que não há saída. A dependência emocional que se instala, combinada com a manipulação e as ameaças, realmente cria uma "prisão invisível", como você bem descreveu. A ansiedade e o esgotamento que você vem sentindo são consequências diretas desse ambiente tóxico.

Como psicólogo, posso afirmar que sua situação exige uma abordagem multifacetada. Um acompanhamento psicológico é essencial para validar suas emoções e experiências, ajudar você a processar o trauma, a entender que a culpa não é sua e a reconhecer a gravidade do que viveu, reconstruir a autoestima, pois o abuso mina a autoconfiança. A terapia pode auxiliar na reconstrução da sua imagem, valores e identidade. Desenvolver estratégias de enfrentamento de modo a orientar sobre como lidar com as ameaças e a ansiedade, e como se fortalecer para o processo de rompimento. Recuperar o círculo de apoio trabalhando para que você se reconecte com as pessoas que foram afastadas e reconstrua suas redes de apoio e por fim prevenir futuras relações abusivas.

Você já deu um passo importante ao marcar o psiquiatra para lidar com a ansiedade, mas o acompanhamento psicológico será complementar e fundamental para sua recuperação emocional e psicológica a longo prazo.
 Pascoal Zani
Psicólogo
Curitiba
Você é vítima de violência psicológica, por isso está dominado pelo medo e pela vergonha. É possível que amigos e familiares já tenham percebido o que você imagina estar escondendo. Então, sugiro falar com eles. Imagino que você tema retaliações se romper, mas,questione-se: algum sofrimento poderia ser maior do que esse pelo qual você já está passando? Um processo de psicoterapia poderia fortalecer você nesse processo! Mas não deixe de enfrentar seus temores!
Dra. Aline Lana
Psicólogo
Belo Horizonte
Sinto muito que você esteja passando por essa situação — o que você descreveu é um relato muito claro e grave de um relacionamento abusivo. Sua dor, confusão e medo são legítimos. E é importante reforçar: nada disso é culpa sua.
Você está em uma relação com sinais evidentes de abuso emocional, psicológico e físico, com comportamento controlador, ameaças, violência, humilhações, isolamento social e chantagens. Isso não é amor. Isso é controle e abuso.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO
Com base no seu relato, os seguintes comportamentos abusivos são visíveis:
Ciúmes excessivo e desconfiança constante


Controle sobre sua rotina, amizades e espaço pessoal


Violência física (agressões, quebra de celular)


Violência psicológica (ameaças, xingamentos, chantagens)


Isolamento social (afastamento de amigos, medo de sair)


Humilhações ligadas à sua sexualidade e masculinidade


Manipulação emocional constante (culpa, distorções, vigilância)


Ameaças de exposição pública e difamação


Esse tipo de ciclo é tóxico e perigoso, e pode escalar ainda mais se não for interrompido. O medo que você sente ao pensar em terminar é compreensível — agressores muitas vezes usam exatamente esse medo para manter o controle.
O QUE VOCÊ PODE FAZER AGORA
1Continue com o psiquiatra e, se possível, inclua um psicólogo na sua rede de apoio.
Esse tipo de trauma deixa marcas profundas. Você está certo em buscar ajuda profissional. Um psiquiatra poderá te ajudar com o controle da ansiedade, e um psicólogo pode te ajudar a elaborar os sentimentos, entender o ciclo de abuso e recuperar sua autoestima.
Não tente terminar pessoalmente. Faça isso com segurança.
Devido às ameaças e histórico de violência, evite contato direto ou pessoal para terminar. Considere:
Fazer isso por mensagem curta, direta e firme.


Bloquear imediatamente após enviar.


Guardar prints e evidências de todas as ameaças e agressões.


Exemplo de mensagem:
“Essa relação tem me feito muito mal. Não quero mais continuar. Qualquer tentativa de contato ou ameaça será registrada. Por favor, não me procure mais.”
Avise pessoas próximas e crie uma rede de apoio.
Fale com pessoas da sua confiança: amigos, colegas de trabalho, professores, familiares. Você pode ter vergonha, mas isso não é fraqueza. É coragem. Você não precisa enfrentar isso sozinho.
Considere fazer um boletim de ocorrência.
Ameaças, agressão física e perseguição são crimes. Você pode:
Ir a uma delegacia comum ou especializada (Delegacia de Atendimento à Mulher ou da Violência Doméstica, mesmo sendo homem).


Levar prints, áudios, registros de conversas.


Pedir uma medida protetiva, se sentir que sua segurança está em risco.


Mantenha rotinas protegidas.
Avise na faculdade ou no trabalho, caso ela apareça.


Evite locais previsíveis por um tempo.


Não atenda ligações desconhecidas.


Guarde conversas em nuvem, fora do celular.


ALGUMAS VERDADES IMPORTANTES
Você não está sendo fraco por ter ficado. Manipuladores são experts em usar culpa e afeto para prender as vítimas.


O sexo, a intensidade emocional ou mesmo momentos bons não anulam o abuso.


Homens também são vítimas de violência emocional e psicológica. E merecem ser acolhidos e protegidos.


Você tem o direito de se afastar, de dizer não, e de se proteger.



PRA TERMINAR
Você já deu o passo mais importante: reconheceu que está em uma relação abusiva. Isso exige coragem. Agora, com o apoio certo e um plano seguro, você pode sair disso e reconstruir sua vida com dignidade e liberdade.
Você não está sozinho. E você vai sair disso.
Estar em um relacionamento abusivo, especialmente quando há uma diferença de idade e experiência, pode ser emocionalmente muito confuso. Você pode se sentir dividido entre o afeto e a percepção de que algo não está saudável. Isso é mais comum do que parece, e não tem a ver com fraqueza, mas com laços que, muitas vezes, envolvem dependência emocional, manipulação e medo da perda.
A psicoterapia pode te ajudar a entender melhor essa dinâmica, fortalecer sua autonomia emocional e construir relações mais equilibradas e respeitosas. Você merece ser cuidado, ouvido e respeitado em qualquer idade e em qualquer relação.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

Ler seu relato traz um silêncio reflexivo. Não por falta de palavras, mas porque o que você descreveu tem um peso que não cabe apenas em explicações técnicas — é um retrato de dor crua, de confusão emocional, de um corpo e uma mente tentando sobreviver dentro de uma relação que distorceu o que deveria ser afeto em dominação. O que você viveu — e ainda está vivendo — não é sobre desentendimentos normais entre casais, e sim sobre controle, medo, invasão e violência emocional e física.

É compreensível que, diante de tanta manipulação e chantagem, o simples ato de “terminar” pareça uma missão perigosa. Quando o medo de represálias toma o lugar da liberdade de escolha, é o sistema de alerta do cérebro que dispara com força total. Do ponto de vista da neurociência, experiências prolongadas de ameaça constante ativam a amígdala cerebral de forma contínua, gerando um estado de hipervigilância, ansiedade intensa e dificuldade de raciocínio claro — como se seu cérebro tivesse sido programado para estar sempre no modo “sobrevivência”. E, nesse estado, até mesmo pensar em sair da relação se torna um desafio imenso.

Sua coragem ao escrever tudo isso já rompe parte desse ciclo. Há algo importante aí: o fato de você conseguir nomear o que está acontecendo e buscar apoio. E talvez possamos explorar algumas perguntas que podem abrir espaço para esse processo de fortalecimento interno:
O que você acredita que ainda te mantém nessa relação, mesmo reconhecendo o sofrimento que ela traz?
Quais são as consequências que você mais teme ao dar um passo de saída definitiva?
E se você pudesse proteger a sua própria história como protegeria alguém que você ama, o que você faria agora?
Como seria um ambiente onde sua voz fosse ouvida sem medo, sua opinião tivesse valor e seu afeto fosse cuidado — e não usado como arma?

Você mencionou que já buscou um psiquiatra — e isso é um passo essencial. Mas talvez seja hora de incluir também um espaço de escuta terapêutica, onde essas feridas possam ser compreendidas, elaboradas e ressignificadas com segurança. Não se trata de dar um conselho pronto sobre como terminar. Trata-se de construir, juntos, o caminho emocional e prático para que essa decisão venha de você — com apoio, com cuidado e sem culpa.

Caso precise, estou à disposição.

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