tenho miastenia. tomo 2 comprimidos e meio de miastenon e me foi receitado também cortisona. eu não
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tenho miastenia. tomo 2 comprimidos e meio de miastenon e me foi receitado também cortisona. eu não me adapto a cortisona Se eu tomar somente o miastenon já estou fazendo o tratamento?
normalmente acrescentamos o corticoide ao mestinon seja para evitar efeitos indesejáveis do mestinon com a subida da dosagem e/ou devido as crises miastênicas não estarem totalmente controladas.
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Olá. Estas duas medicações tem objetivos diferentes no tratamento da miatenia. A piridostigmina (mestinon) age como um sintomático, tratamento a fraqueza causada pela doença. Já o corticoide age diminuindo a intensidade dos sintomas e frequência das crises. São tratamentos complementares, mas alguns casos mais leves podem ser tratados apenas com a piridostigmina. Seu médico deve ter levado isso em consideração ao te prescrever.
O Mestinon (piridostigmina) é um remédio muito importante no tratamento da miastenia gravis, pois ajuda a melhorar a comunicação entre os nervos e os músculos, aliviando sintomas como fraqueza e fadiga muscular. No entanto, ele não age na causa da doença, que é o ataque do próprio sistema imunológico às conexões nervosas.
Por isso, em grande parte dos casos, o uso do Mestinon sozinho não é suficiente. A maioria dos pacientes com miastenia gravis, especialmente quando a doença afeta mais do que apenas os olhos (casos chamados de generalizados), precisa também de medicamentos que controlam o sistema imunológico, como corticóides (por exemplo, prednisona) ou outros imunossupressores (como azatioprina ou micofenolato).
Apenas em casos muito leves, sem progressão ou quando a miastenia afeta só os olhos (forma ocular), o uso isolado de Mestinon pode ser suficiente. Ainda assim, alguns especialistas recomendam começar o tratamento imunológico mais cedo para evitar que a doença avance.
Em resumo, o Mestinon ajuda a controlar os sintomas, mas na maioria dos casos precisa ser combinado com outros remédios que atuam diretamente na causa da miastenia para garantir um tratamento eficaz e duradouro.
Se você tem miastenia gravis ou está em tratamento, não faça mudanças por conta própria. Procure um neurologista com experiência no tema para avaliar a melhor conduta para o seu caso. Estou à disposição para uma avaliação completa e individualizada.
Por isso, em grande parte dos casos, o uso do Mestinon sozinho não é suficiente. A maioria dos pacientes com miastenia gravis, especialmente quando a doença afeta mais do que apenas os olhos (casos chamados de generalizados), precisa também de medicamentos que controlam o sistema imunológico, como corticóides (por exemplo, prednisona) ou outros imunossupressores (como azatioprina ou micofenolato).
Apenas em casos muito leves, sem progressão ou quando a miastenia afeta só os olhos (forma ocular), o uso isolado de Mestinon pode ser suficiente. Ainda assim, alguns especialistas recomendam começar o tratamento imunológico mais cedo para evitar que a doença avance.
Em resumo, o Mestinon ajuda a controlar os sintomas, mas na maioria dos casos precisa ser combinado com outros remédios que atuam diretamente na causa da miastenia para garantir um tratamento eficaz e duradouro.
Se você tem miastenia gravis ou está em tratamento, não faça mudanças por conta própria. Procure um neurologista com experiência no tema para avaliar a melhor conduta para o seu caso. Estou à disposição para uma avaliação completa e individualizada.
Excelente pergunta — e muito relevante, especialmente para quem convive com o diagnóstico de miastenia gravis, uma doença autoimune que afeta a comunicação entre nervos e músculos, levando a fraqueza muscular variável.
O Mestinon (piridostigmina) é uma parte essencial do tratamento, mas não atua sobre a causa autoimune da doença — ele apenas melhora a transmissão neuromuscular, aliviando temporariamente os sintomas de fraqueza. Ou seja, o medicamento melhora a força muscular, mas não controla a resposta imunológica que provoca a miastenia.
Por outro lado, os corticosteroides (como a prednisona ou metilprednisolona) são os fármacos responsáveis por reduzir a produção dos anticorpos que atacam os receptores musculares, atuando diretamente sobre a causa imunológica da doença. Por isso, eles costumam ser fundamentais para o controle a longo prazo e para evitar crises miastênicas graves.
Quando o paciente não tolera bem a cortisona, existem outras opções de tratamento imunomodulador, que o neurologista pode ajustar conforme a gravidade do quadro e as comorbidades. Entre as alternativas possíveis estão:
Azatioprina
Micofenolato mofetil
Ciclosporina
Rituximabe (em casos mais refratários)
Esses medicamentos têm efeito mais lento, mas permitem reduzir ou até suspender o corticoide com o tempo, mantendo o controle da doença de forma mais segura e duradoura.
Se você tomar apenas o Mestinon, o tratamento se torna sintomático, não impedindo que a doença progrida ou que ocorram recaídas, principalmente em situações de infecção, estresse ou privação de sono. Além disso, o uso isolado do Mestinon pode ser insuficiente para estabilizar o quadro em longo prazo.
Por isso, é fundamental:
Não suspender o corticoide ou qualquer outro imunossupressor sem orientação médica;
Conversar com seu neurologista especializado em doenças neuromusculares, explicando os efeitos colaterais que você teve com a cortisona — existem ajustes de dose, trocas de formulação ou esquemas alternativos que podem minimizar esses efeitos;
Avaliar a necessidade de associar imunomoduladores para manter o controle da doença com menor uso de corticoide;
Manter acompanhamento regular, inclusive com exames de função respiratória e força muscular, para prevenir crises miastênicas.
Em resumo: o Mestinon sozinho alivia sintomas, mas não trata a causa autoimune da miastenia gravis. O uso de corticoide ou outra medicação imunomoduladora é essencial para controlar a doença de forma eficaz e evitar complicações.
Reforço que esta explicação tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. Converse com seu neurologista antes de alterar qualquer parte do tratamento — ele poderá ajustar o esquema para melhorar sua tolerância e manter o controle seguro da doença.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Medicina do Sono e Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
O Mestinon (piridostigmina) é uma parte essencial do tratamento, mas não atua sobre a causa autoimune da doença — ele apenas melhora a transmissão neuromuscular, aliviando temporariamente os sintomas de fraqueza. Ou seja, o medicamento melhora a força muscular, mas não controla a resposta imunológica que provoca a miastenia.
Por outro lado, os corticosteroides (como a prednisona ou metilprednisolona) são os fármacos responsáveis por reduzir a produção dos anticorpos que atacam os receptores musculares, atuando diretamente sobre a causa imunológica da doença. Por isso, eles costumam ser fundamentais para o controle a longo prazo e para evitar crises miastênicas graves.
Quando o paciente não tolera bem a cortisona, existem outras opções de tratamento imunomodulador, que o neurologista pode ajustar conforme a gravidade do quadro e as comorbidades. Entre as alternativas possíveis estão:
Azatioprina
Micofenolato mofetil
Ciclosporina
Rituximabe (em casos mais refratários)
Esses medicamentos têm efeito mais lento, mas permitem reduzir ou até suspender o corticoide com o tempo, mantendo o controle da doença de forma mais segura e duradoura.
Se você tomar apenas o Mestinon, o tratamento se torna sintomático, não impedindo que a doença progrida ou que ocorram recaídas, principalmente em situações de infecção, estresse ou privação de sono. Além disso, o uso isolado do Mestinon pode ser insuficiente para estabilizar o quadro em longo prazo.
Por isso, é fundamental:
Não suspender o corticoide ou qualquer outro imunossupressor sem orientação médica;
Conversar com seu neurologista especializado em doenças neuromusculares, explicando os efeitos colaterais que você teve com a cortisona — existem ajustes de dose, trocas de formulação ou esquemas alternativos que podem minimizar esses efeitos;
Avaliar a necessidade de associar imunomoduladores para manter o controle da doença com menor uso de corticoide;
Manter acompanhamento regular, inclusive com exames de função respiratória e força muscular, para prevenir crises miastênicas.
Em resumo: o Mestinon sozinho alivia sintomas, mas não trata a causa autoimune da miastenia gravis. O uso de corticoide ou outra medicação imunomoduladora é essencial para controlar a doença de forma eficaz e evitar complicações.
Reforço que esta explicação tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. Converse com seu neurologista antes de alterar qualquer parte do tratamento — ele poderá ajustar o esquema para melhorar sua tolerância e manter o controle seguro da doença.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Medicina do Sono e Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
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