Todo transtorno com características psicóticas apresenta sinais de psicopatia?

Eu gostaria lhe propor uma resposta bastante simples, talvez útil para você.

O que se chama de psicose, olhando de perto, se mostra como uma atitude defensiva contra um sentimento de perseguição. Precisa-se interpretar as atitudes nesta direção e dá certo. Eu sei que a psiquiatria, em geral, se contenta em dizer que a psicose é o abandono, pela pessoa, da realidade. Mas isto não é suficiente. Ela se defende, pois ela tem medo exagerado, desde a infância quando sofreu de ameaças que não entendia. Esta defesa aparenta fora da nossa visão da realidade, mas é o que lhe serve, da maneira dela.

Esta defesa -- permanente -- impossibilita a proximidade emocianal com outras pessoas que nos chamamos de empatia. Ela não apreendeu e não consegue entender o que a outra pessoa sofre. Não sempre, mas frequentemente.

Esta atitude foi chamada de psicopática. Não sempre aparece fria e calculadora, embora seja esta versão que se visa quando se fala em psicopatia.

A quais sinais de psicopatia você estará se referindo?
Existem na psicopatia transtornos de conduta desde a infância observados, além de egocentrismo patológico e irresponsabilidade. Combinam-se impulsividade, inteligência e loquacidade; ausência de delírios e alucinações, dentre outros sinais.
Muito difícil estabelecer essa relação, a que você se refere, apenas com a análise superficial do quadro.
Será necessário procedimento mais acurado de diagnóstico para tal afirmação.
Abraço

É necessário uma avaliação mais criteriosa, desde comportamentos da infância até hoje para identificar o transtorno que podem variar. De qualquer forma um comportamento psicótico não é caracterizado psicopata. Pode-se descobrir em um comportamento psicótico vários transtornos, por isso é necessário uma avaliação psicológica.

Não necessariamente. O que caracteriza os transtornos que envolvem a psicose é a perda da realidade, o que pode estar presente sim nos transtornos do âmbito social, mas os comportamentos anti-sociais não necessariamente estão presentes nos transtornos psicóticos.

Não. Os sintomas psicóticos, em sua maioria, vem associado, principalmente a um quadro de Esquizofrenia, podendo estar presente no transtorno bipolar e também em casos de depressão grave. Em relação ao psicopata, em si, não é um critério diagnóstico desse transtorno de personalidade.

Alguns fenômenos elementares apontam para o diagnóstico da psicose e isso é feito em consulta. No entanto, você fala de um transtorno com "características psicóticas". Essas características foram definidas como psicóticas por um profissional? Deve-se ter muita cautela nesse diagnóstico. É fundamental o seu relato em entrevista com um psicanalista para que ele possa reconhecer, ou descartar, uma psicose ou pré psicose e dar a direção do tratamento.

Bom dia,

Nem todo, mas há casos de traços perversos em qualquer estrutura. Ainda há pouca produção sobre os perversos, por isso é preciso fazer o diagnóstico estrutural e depois o diagnóstico diferencial assim pode-se dar a direção certa para o tratamento.

Abc

Danilo Alves da Cruz

De modo geral, os transtornos considerados como psicóticos são aqueles que envolvem alterações da capacidade de julgamento entre aquilo que é "real" e o que é "imaginado".

Na esquizofrenia, por exemplo, existem os sintomas chamados "positivos" que envolvem alucinações e delírios; sintomas "negativos" que afetam as as emoções e afetos; e dificuldades de interação interpessoal.

A psicopatia, também conhecida como transtorno anti-social, afeta a capacidade das pessoas de sentirem empatia, remorso ou dor. As pessoas diagnosticadas com esse transtorno podem se comportar de maneira a prejudicar outras pessoas e causar danos sem sentirem-se culpadas. Contudo, não há prejuízo na capacidade de julgar "realidade" e/ou "fantasia".

Portanto, ambos são transtornos psicológicos que necessitam de avaliação e acompanhamento profissional, e as pessoas que convivem com os portadores dessas "condições" precisam ser orientadas quanto a melhor forma de ajudar os afetados por esses transtornos.