Um portador da Síndrome de Asperger pode apresentar variações do quadro comum, como por exemplo, con

Pessoas com quadros do espectro autista podem apresentar gravidade variada dos sintomas, porém a dificuldade de empatia é uma das características mais predominantes, sobretudo no sentido de entender e prever as reações emocionais das outras pessoas e de reagir com espontaneidade a elas. Isto de modo algum significa que o autista não tenha emoções. Quanto a olhar nos olhos de outras pessoas, dito assim de modo simples, não é necessariamente uma dificuldade: a dificuldade do autista não é de olhar nos olhos de alguém, mas sim de acompanhar o olhar como forma de reconhecer as expressões emocionais. Não existe dificuldade física de acompanhar o olhar, assim como não há dificuldade de acompanhar os movimentos de uma bola de ping-pong. Mas, dificuldades no comportamento social, em algum grau, são característica necessária no diagnóstico dos transtornos do espectro autista. Se não estiverem presentes, mesmo havendo outros sintomas, então o diagnóstico não pode ser feito. Há muitas pessoas excêntricas ou com comportamentos de colecionismo e hábitos rígidos ou repetitivos, mas nem por isto são autistas.

Concordo com o colega
Inclusive já tive 2 pacientes que passaram em Concurso Público

Bom dia!
Acredito que, ainda que se tenha a prevalência das características comuns ao quadro de autismo, cada autista é um. É possível o seu desenvolvimento a ponto de se afastar da rigidez dos comportamentos característicos, mas lembrando que o “autismo evolui no autismo” (Lacan), sem, portanto, pensar numa perspectiva de cura, mas na de evolução!
Grande abraço!

Pessoas com Síndrome de Asperger geralmente têm dificuldade para interagir com outras pessoas e muitas vezes comportam-se de forma estranha em situações sociais. Portadores desse distúrbio geralmente não fazem amigos facilmente, pois têm dificuldade para iniciar e manter uma conversa. Evidentemente, as comorbidades podem ser suprimidas pelo ambiente do indivíduo e pela interação social contínua, que tende a mudar o quadro de comportamento e facilitar na evolução comportamental, socialização e intelectual.

Concordo com os colegas, só tenho a acrescentar a importância de se fazer um diagnóstico correto para a condução eficaz do tratamento.

Sim, é possível. Uma pessoa diagnosticada com TEA apresenta, em média, 20% dos sintomas descritos no transtorno, portanto é normal não se encaixar em todas as características do diagnóstico. Apesar disso, é de fundamental importância realizar um processo diagnóstico cauteloso para que lhe seja dado o melhor direcionamento possível.