A pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) vê as pessoas como totalmente boas ou tota
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A pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) vê as pessoas como totalmente boas ou totalmente ruins?
Claro que exitem nuances em qualquer caso, por isso a escuta é fundamental - generalizar não tras ajuda para uma pessoa em Crise, no sofrimento psíquico a descrição de sintomas não resolve porque cada pessoa terá sua própria vivencia.
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Oi, tudo bem?
Essa é uma observação muito importante — e, sim, ela toca num dos aspectos centrais do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Muitas pessoas com o transtorno descrevem viver relações intensas, nas quais o outro pode ser visto, em determinados momentos, como alguém totalmente bom, idealizado, e em outros, como alguém completamente ruim, decepcionante ou ameaçador. Esse movimento não é intencional, nem manipulador — é fruto de uma oscilação emocional profunda, que acontece quando o cérebro alterna entre sentir-se seguro e sentir-se em perigo afetivo.
Na neurobiologia, isso se relaciona com o modo como o sistema de apego e o sistema de ameaça se comunicam. Quando há medo de rejeição ou abandono, o cérebro reage com uma espécie de “curto-circuito emocional”: a nuance desaparece, e o outro passa a ser visto através da lente da dor. É como se o mundo perdesse suas cores e ficasse em preto e branco. Com o tempo, e principalmente com o tratamento, a pessoa começa a perceber que é possível sentir raiva de alguém sem precisar apagar o afeto, e amar alguém sem ignorar as falhas — uma integração emocional que traz mais estabilidade e paz.
Você já notou se essa oscilação aparece mais forte em momentos de insegurança emocional? E o que acontece dentro de você quando alguém que te magoou demonstra arrependimento ou carinho depois? Essas perguntas ajudam a entender como o cérebro tenta equilibrar amor e autoproteção.
A boa notícia é que, com o trabalho terapêutico, o olhar vai se tornando mais amplo, mais realista e menos dependente dos extremos emocionais. Aos poucos, o preto e branco volta a ganhar tons de cinza — e depois, as cores retornam.
Caso precise, estou à disposição.
Essa é uma observação muito importante — e, sim, ela toca num dos aspectos centrais do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Muitas pessoas com o transtorno descrevem viver relações intensas, nas quais o outro pode ser visto, em determinados momentos, como alguém totalmente bom, idealizado, e em outros, como alguém completamente ruim, decepcionante ou ameaçador. Esse movimento não é intencional, nem manipulador — é fruto de uma oscilação emocional profunda, que acontece quando o cérebro alterna entre sentir-se seguro e sentir-se em perigo afetivo.
Na neurobiologia, isso se relaciona com o modo como o sistema de apego e o sistema de ameaça se comunicam. Quando há medo de rejeição ou abandono, o cérebro reage com uma espécie de “curto-circuito emocional”: a nuance desaparece, e o outro passa a ser visto através da lente da dor. É como se o mundo perdesse suas cores e ficasse em preto e branco. Com o tempo, e principalmente com o tratamento, a pessoa começa a perceber que é possível sentir raiva de alguém sem precisar apagar o afeto, e amar alguém sem ignorar as falhas — uma integração emocional que traz mais estabilidade e paz.
Você já notou se essa oscilação aparece mais forte em momentos de insegurança emocional? E o que acontece dentro de você quando alguém que te magoou demonstra arrependimento ou carinho depois? Essas perguntas ajudam a entender como o cérebro tenta equilibrar amor e autoproteção.
A boa notícia é que, com o trabalho terapêutico, o olhar vai se tornando mais amplo, mais realista e menos dependente dos extremos emocionais. Aos poucos, o preto e branco volta a ganhar tons de cinza — e depois, as cores retornam.
Caso precise, estou à disposição.
Olá, como vai? Muitas pessoas com TPB podem, sim, perceber os outros de forma polarizada, principalmente em momentos de instabilidade emocional, enxergando alguém como totalmente bom ou totalmente ruim. Essa divisão costuma vir acompanhada de idealizações e decepções intensas, o que gera vínculos marcados por aproximações e rupturas bruscas. Quando algo frustra ou fere, a pessoa pode sentir que o outro se transformou completamente.
Na psicanálise, isso se relaciona com um funcionamento que ainda tem dificuldade de integrar qualidades e falhas na mesma pessoa, o que chamamos de clivagem. O processo terapêutico oferece um espaço para experienciar relações mais estáveis, onde é possível conviver com imperfeições sem que o vínculo perca o valor. Espero ter ajudado, fico à disposição.
Na psicanálise, isso se relaciona com um funcionamento que ainda tem dificuldade de integrar qualidades e falhas na mesma pessoa, o que chamamos de clivagem. O processo terapêutico oferece um espaço para experienciar relações mais estáveis, onde é possível conviver com imperfeições sem que o vínculo perca o valor. Espero ter ajudado, fico à disposição.
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