Como a identificação introjetiva se relaciona com doenças crónicas mentais?

3 respostas
Como a identificação introjetiva se relaciona com doenças crónicas mentais?
Dr. José Augusto Avelar
Psicólogo, Terapeuta complementar
Sarandi
A identificação introjetiva é como se a mente fosse uma esponja que absorve, muitas vezes sem perceber, sentimentos, pensamentos e padrões de pessoas significativas ao redor (pais, parceiros, figuras de autoridade, etc.).

Imagine uma criança que cresce ouvindo constantemente frases como:

“Você nunca faz nada certo.”

“Você precisa ser forte e não mostrar fraqueza.”

Essas mensagens não ficam apenas na memória — elas podem ser introjetadas, ou seja, internalizadas como se fossem verdades absolutas. A pessoa passa a falar consigo mesma com a voz do outro.

E é aí que entra a ligação com doenças crônicas mentais:

Ciclo de autocrítica: a voz interior crítica constante aumenta o risco de depressão e transtornos de ansiedade.

Corpo e mente conectados: emoções não elaboradas podem se manifestar em dores crônicas, fibromialgia ou fadiga persistente.

Manutenção do sofrimento: crenças introjetadas (“não mereço ser feliz”, “sou fraco”) alimentam transtornos como personalidade borderline, depressão resistente ou transtornos alimentares.

Dificuldade de identidade: ao viver mais pela voz do outro do que pela sua própria, a pessoa perde contato com seus desejos e necessidades, favorecendo o aparecimento de sintomas psíquicos crônicos.

Mas a boa notícia é que, com terapia cognitivo-comportamental ou abordagens integrativas (como mindfulness, TFT, meditação e técnicas de autocompaixão), é possível “espremer essa esponja”, reconhecer o que foi introjetado e dar nova forma à narrativa interna.

Assim, a pessoa aprende a substituir a voz crítica por uma voz de acolhimento, reduzindo o sofrimento emocional e até a intensidade dos sintomas físicos associados às doenças crônicas.

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Dra. Carla Lourenci
Psicólogo, Psicanalista
Blumenau
A identificação introjetiva é um mecanismo psíquico em que o indivíduo internaliza aspectos de pessoas significativas — como pais, cuidadores ou figuras de autoridade — formando, assim, parte da sua estrutura emocional.

Quando esse processo ocorre de forma disfuncional, o sujeito pode carregar internamente vozes críticas, exigentes ou punitivas, o que favorece o surgimento e a manutenção de quadros mentais crônicos, como depressão, ansiedade intensa ou transtornos de personalidade.

Essas “introjeções negativas” tendem a gerar culpa, autodepreciação e dificuldade de se diferenciar emocionalmente do outro, mantendo o sofrimento psíquico em um ciclo repetitivo.

Na psicoterapia, especialmente na psicanálise, o objetivo é tornar conscientes essas identificações, compreender suas origens e possibilitar uma reconstrução simbólica mais saudável — promovendo autonomia, leveza e equilíbrio emocional.
Dr. Leonardo Mello
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
A identificação introjetiva se relaciona com doenças mentais crônicas ao fazer a pessoa incorporar padrões emocionais e relacionais disfuncionais que se repetem e mantêm o sofrimento ao longo do tempo.

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