Como a validação emocional é usada na prática no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
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Como a validação emocional é usada na prática no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Olá, tudo bem? Que pergunta importante. A validação emocional é um dos pilares mais poderosos no manejo do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), tanto dentro da terapia quanto nas relações interpessoais. Na prática clínica, ela funciona como uma ponte entre o caos emocional e a possibilidade de regulação — é o que permite à pessoa sentir que suas emoções fazem sentido, mesmo quando são intensas ou difíceis de compreender.
Durante o processo terapêutico, o psicólogo busca reconhecer e nomear as experiências internas do paciente, ajudando-o a entender que suas reações não são “erradas”, mas respostas compreensíveis diante do que viveu. É como se, antes de mudar o comportamento, fosse preciso dar um “abraço cognitivo” na emoção, dizendo algo como: “Faz sentido você sentir isso, considerando o que passou”. Esse tipo de validação ajuda o cérebro a reduzir a ativação de áreas ligadas à ameaça e abrir espaço para o aprendizado emocional — um ponto em que neurociência e psicologia se encontram de forma bonita e precisa.
Com o tempo, o paciente vai aprendendo a se validar também. A reconhecer seus próprios sentimentos sem se julgar, sem cair em culpa ou vergonha. Esse é um treino de autorregulação emocional e autocompaixão que transforma profundamente a relação com o mundo interno. E aí fica uma reflexão interessante: como você costuma reagir quando sente algo muito intenso — tenta entender o que sente ou rapidamente tenta “corrigir” o sentimento? O que aconteceria se, em vez de lutar contra a emoção, você tentasse compreendê-la primeiro?
A validação não é concordar com tudo, mas reconhecer o que é legítimo no que se sente. Ela abre espaço para o crescimento, e não para a permissividade. Quando bem aplicada, reduz crises, melhora vínculos e, principalmente, ajuda a pessoa com TPB a sentir que é possível existir com suas emoções — sem ser engolida por elas. Caso precise, estou à disposição.
Durante o processo terapêutico, o psicólogo busca reconhecer e nomear as experiências internas do paciente, ajudando-o a entender que suas reações não são “erradas”, mas respostas compreensíveis diante do que viveu. É como se, antes de mudar o comportamento, fosse preciso dar um “abraço cognitivo” na emoção, dizendo algo como: “Faz sentido você sentir isso, considerando o que passou”. Esse tipo de validação ajuda o cérebro a reduzir a ativação de áreas ligadas à ameaça e abrir espaço para o aprendizado emocional — um ponto em que neurociência e psicologia se encontram de forma bonita e precisa.
Com o tempo, o paciente vai aprendendo a se validar também. A reconhecer seus próprios sentimentos sem se julgar, sem cair em culpa ou vergonha. Esse é um treino de autorregulação emocional e autocompaixão que transforma profundamente a relação com o mundo interno. E aí fica uma reflexão interessante: como você costuma reagir quando sente algo muito intenso — tenta entender o que sente ou rapidamente tenta “corrigir” o sentimento? O que aconteceria se, em vez de lutar contra a emoção, você tentasse compreendê-la primeiro?
A validação não é concordar com tudo, mas reconhecer o que é legítimo no que se sente. Ela abre espaço para o crescimento, e não para a permissividade. Quando bem aplicada, reduz crises, melhora vínculos e, principalmente, ajuda a pessoa com TPB a sentir que é possível existir com suas emoções — sem ser engolida por elas. Caso precise, estou à disposição.
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Olá! Validar o que a pessoa sente é sempre importante. Isso não significa que ela será atendida ou poderá fazer o que bem entende porque se sente de determinada forma. Assim, dizer que compreendemos o sentimento de alguém não significa dizer que estamos dando abertura para essa pessoa se comportar de maneira impulsiva ou violenta, por exemplo.
Então, também com pessoas que apresentam o TPB é importante demostrar compreensão e acolhimento em relação ao que a pessoa sente, mas deixar claro que isso não significa que ela está liberada para fazer qualquer coisa com ela mesma (como se machucar) ou para testar as relações. É sempre importante demostrar que existem caminhos mais saudáveis de lidar com os sentimentos e tudo deve ser comunicado com cuidado, delicadeza e atenção.
Então, também com pessoas que apresentam o TPB é importante demostrar compreensão e acolhimento em relação ao que a pessoa sente, mas deixar claro que isso não significa que ela está liberada para fazer qualquer coisa com ela mesma (como se machucar) ou para testar as relações. É sempre importante demostrar que existem caminhos mais saudáveis de lidar com os sentimentos e tudo deve ser comunicado com cuidado, delicadeza e atenção.
Para alguém com TPB, sentir que suas emoções são validadas ajuda a reduzir a raiva, a ansiedade e o medo de abandono, e aumenta a confiança na relação terapêutica, tornando possível trabalhar mudanças comportamentais de forma mais efetiva. Entretatnto, é importante confirmar que o sentimento é legítimo, sem reforçar comportamentos prejudiciais.
O paciente com TPB via de regra vem de ambientes invalidantes que estão inclusive nas origens do transtorno. A validação funciona para quebrar esse padrão e dar ao paciente uma nova experiência, que eles estranham bastante inclusive, por não estarem acostumados.
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