Como a "visão de túnel" do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) pode ser evitada ou gerenciada?

3 respostas
Como a "visão de túnel" do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) pode ser evitada ou gerenciada?
Dr. Rafael Muniz da Silva
Psicólogo, Terapeuta complementar
Ilhéus
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A “visão de túnel” no TOC pode ser gerenciada por meio de psicoterapia, especialmente abordagens que ajudam a ampliar a percepção e flexibilizar o pensamento, como a psicanalítica ou a terapia cognitivo-comportamental. Estratégias incluem reconhecer os pensamentos obsessivos sem agir automaticamente, praticar técnicas de atenção plena (mindfulness) para perceber outros aspectos da realidade, e gradualmente enfrentar situações que provocam ansiedade sem recorrer a rituais. O apoio familiar e a manutenção de rotinas saudáveis também ajudam a reduzir a fixação mental e a ampliar o campo de atenção.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? A visão de túnel no TOC é uma experiência muito característica porque o cérebro, ao interpretar algo como ameaça, estreita o campo mental para tentar “resolver” aquilo a qualquer custo. Não é teimosia, não é exagero; é um mecanismo automático de urgência. Por isso, o manejo não começa tentando “parar o pensamento”, mas sim ajudando o seu sistema emocional a se sentir menos ameaçado naquele instante. A psicoterapia atua justamente nesse ponto: amplia o campo quando a mente começa a se fechar.

O primeiro passo para gerenciar essa visão estreita é reconhecer os sinais precoces. Quase sempre existe um microinstante em que o pensamento começa a ganhar força, mas ainda não dominou tudo. Talvez seja interessante observar como isso aparece em você. O que acontece nos segundos antes da obsessão tomar conta? Sua respiração muda? Seu corpo fica tenso? Surge aquela sensação de urgência, como se algo precisasse ser resolvido agora? Identificar esse início ajuda muito, porque é ali que a visão de túnel ainda pode ser flexibilizada.

Outro ponto importante é que a visão de túnel enfraquece quando você consegue criar pequenas janelas de distanciamento da obsessão. Às vezes isso acontece quando você nomeia o que está sentindo, quando descreve a experiência em voz baixa ou mentalmente, ou quando retorna a alguma âncora sensorial que ajude o corpo a diminuir a urgência. Na prática clínica, observamos que quanto menos seu corpo está em estado de ameaça, menos a mente se estreita. Por isso, intervenções de regulação emocional — antes da lógica, antes do esforço — costumam abrir o campo mental novamente.

A psicoterapia ajuda justamente a treinar esse reconhecimento, a diminuir a fusão entre pensamento e identidade e a criar alternativas quando o cérebro tenta conduzir tudo para o túnel. Não é sobre eliminar as obsessões, mas sobre impedir que elas definam toda a sua percepção naquele momento. E isso, com o tempo, muda profundamente a intensidade e a frequência das crises.

Se você quiser, podemos conversar sobre como essa visão de túnel aparece na sua experiência e quais sinais internos podem te ajudar a reconhecer quando ela está para começar. Caso precise, estou à disposição.

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