Existem outros traumas que, assim como o bullying, podem influenciar o desenvolvimento do transtorno
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Existem outros traumas que, assim como o bullying, podem influenciar o desenvolvimento do transtorno de personalidade borderline (TPB) ?
Bom dia.
Sim, existem outros traumas que, assim como o bullying, podem influenciar profundamente o desenvolvimento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). O borderline não nasce assim, ele é, quase sempre, o resultado de vivências emocionais precoces marcadas pela dor, pela instabilidade e pela falta de amparo.
Quando uma criança cresce em um ambiente onde o amor é imprevisível ora afeto, ora rejeição, o mundo interno se torna um lugar confuso. Se o olhar que deveria acolher também fere, o inconsciente aprende que o vínculo é perigoso, que o outro pode desaparecer a qualquer momento e que é preciso estar sempre em alerta.
Traumas como negligência emocional, abuso físico ou psicológico, abandono, perdas afetivas precoces, ou até o convívio com figuras parentais instáveis deixam marcas profundas no psiquismo. A criança, sem recursos para compreender o que vive, cria estratégias para sobreviver emocionalmente e, mais tarde, essas estratégias se transformam em oscilação de humor, medo de abandono, impulsividade, e uma sensação constante de vazio.
Do ponto de vista psicanalítico, o borderline carrega a dor de uma identidade fragmentada, construída entre o desejo de ser amado e o medo de ser aniquilado pelo amor. Por isso, sua agressividade e sua sensibilidade são, na verdade, expressões diferentes de uma mesma ferida: a do desamparo.
Mas há algo profundamente esperançoso nisso tudo: o que foi desfeito na infância pode ser reconstruído na terapia. O espaço terapêutico oferece, talvez pela primeira vez, um vínculo estável e sem ameaça um lugar onde o sujeito pode existir sem precisar se defender o tempo todo.
Se você sente que suas emoções oscilam, que o medo de perder o outro te consome ou que o passado ainda ecoa em você, eu te convido a iniciar esse processo comigo. Vamos, juntos, transformar o trauma em consciência, a dor em expressão e o medo em liberdade de ser quem você é.
Grande abraço!
Sim, existem outros traumas que, assim como o bullying, podem influenciar profundamente o desenvolvimento do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). O borderline não nasce assim, ele é, quase sempre, o resultado de vivências emocionais precoces marcadas pela dor, pela instabilidade e pela falta de amparo.
Quando uma criança cresce em um ambiente onde o amor é imprevisível ora afeto, ora rejeição, o mundo interno se torna um lugar confuso. Se o olhar que deveria acolher também fere, o inconsciente aprende que o vínculo é perigoso, que o outro pode desaparecer a qualquer momento e que é preciso estar sempre em alerta.
Traumas como negligência emocional, abuso físico ou psicológico, abandono, perdas afetivas precoces, ou até o convívio com figuras parentais instáveis deixam marcas profundas no psiquismo. A criança, sem recursos para compreender o que vive, cria estratégias para sobreviver emocionalmente e, mais tarde, essas estratégias se transformam em oscilação de humor, medo de abandono, impulsividade, e uma sensação constante de vazio.
Do ponto de vista psicanalítico, o borderline carrega a dor de uma identidade fragmentada, construída entre o desejo de ser amado e o medo de ser aniquilado pelo amor. Por isso, sua agressividade e sua sensibilidade são, na verdade, expressões diferentes de uma mesma ferida: a do desamparo.
Mas há algo profundamente esperançoso nisso tudo: o que foi desfeito na infância pode ser reconstruído na terapia. O espaço terapêutico oferece, talvez pela primeira vez, um vínculo estável e sem ameaça um lugar onde o sujeito pode existir sem precisar se defender o tempo todo.
Se você sente que suas emoções oscilam, que o medo de perder o outro te consome ou que o passado ainda ecoa em você, eu te convido a iniciar esse processo comigo. Vamos, juntos, transformar o trauma em consciência, a dor em expressão e o medo em liberdade de ser quem você é.
Grande abraço!
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Oi, tudo bem? Agradeço por trazer essa pergunta, porque ela costuma surgir quando a pessoa começa a conectar sua história com alguns padrões emocionais atuais. É importante esclarecer que nenhum trauma, isoladamente, “cria” o transtorno de personalidade borderline, mas certas vivências podem, sim, aumentar a vulnerabilidade emocional de alguém ao longo do tempo.
De forma geral, situações que envolvem instabilidade emocional, rejeições repetidas, vínculos imprevisíveis ou rupturas afetivas importantes podem deixar marcas profundas na forma como a pessoa passa a perceber segurança e proximidade. Não se trata apenas do que aconteceu, mas de como o corpo e a mente foram tentando se adaptar a tudo isso. Às vezes o sistema emocional aprende a operar como se estivesse sempre “em alerta”, mesmo quando o perigo já não existe mais. Nesse ponto vale refletir com carinho sobre quais experiências da sua vida mais mexeram com sua sensação de valor, confiança e pertencimento. Em que momentos você sente que as reações são maiores do que a situação pede? O que essas reações parecem tentar proteger?
Também é útil observar como esses episódios impactaram seus relacionamentos. Você percebe algum padrão emocional que se repete, como medo intenso de perder alguém ou dificuldade em lidar com mudanças inesperadas? Em quais situações você sente que fica emocionalmente mais “no limite”?
Essas nuances não aparecem num diagnóstico automático e sim num processo de compreensão da sua trajetória e do seu funcionamento emocional. Se sentir que isso toca em pontos importantes da sua história, a terapia pode ser um lugar seguro para explorar tudo isso com calma e respeito ao seu tempo. Caso precise, estou à disposição.
De forma geral, situações que envolvem instabilidade emocional, rejeições repetidas, vínculos imprevisíveis ou rupturas afetivas importantes podem deixar marcas profundas na forma como a pessoa passa a perceber segurança e proximidade. Não se trata apenas do que aconteceu, mas de como o corpo e a mente foram tentando se adaptar a tudo isso. Às vezes o sistema emocional aprende a operar como se estivesse sempre “em alerta”, mesmo quando o perigo já não existe mais. Nesse ponto vale refletir com carinho sobre quais experiências da sua vida mais mexeram com sua sensação de valor, confiança e pertencimento. Em que momentos você sente que as reações são maiores do que a situação pede? O que essas reações parecem tentar proteger?
Também é útil observar como esses episódios impactaram seus relacionamentos. Você percebe algum padrão emocional que se repete, como medo intenso de perder alguém ou dificuldade em lidar com mudanças inesperadas? Em quais situações você sente que fica emocionalmente mais “no limite”?
Essas nuances não aparecem num diagnóstico automático e sim num processo de compreensão da sua trajetória e do seu funcionamento emocional. Se sentir que isso toca em pontos importantes da sua história, a terapia pode ser um lugar seguro para explorar tudo isso com calma e respeito ao seu tempo. Caso precise, estou à disposição.
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