Meu filho de 4 anos toma Risperidona 1 mg antes de dormir para controle de irritabilidade e agressiv

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Meu filho de 4 anos toma Risperidona 1 mg antes de dormir para controle de irritabilidade e agressividade (TEA leve). Foi receitado pelo neuro 1 ano de tratamento. Minha pergunta, após esse ano ele vai melhorar essa condição o medicamento vai restaurar o que está causando essas crises ou é um tratamento contínuo?
Dr. Gustavo Holanda
Neurologista pediátrico
Recife
Lamento que esteja enfrentando esse desafio — lidar com crises de irritabilidade e agressividade em uma criança com diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista), por mais leve que seja, pode ser cansativo, doloroso e cheio de dúvidas. É natural que você questione o papel do medicamento e o que esperar do futuro.

A risperidona, nesse contexto, não “cura” o autismo nem reverte de forma definitiva as causas das crises de irritação e agressividade. O que ela faz é atuar nos sintomas — especialmente quando a criança demonstra comportamentos que colocam em risco sua segurança ou dificultam severamente sua convivência social e familiar. Ela age em neurotransmissores no cérebro, como dopamina e serotonina, ajudando a reduzir a impulsividade, a agitação e, muitas vezes, melhorando o sono. É como se ela “baixasse o volume” dos comportamentos mais intensos, permitindo que a criança participe melhor das terapias e interações do dia a dia.

Mas o objetivo do tratamento com risperidona nunca é apenas medicamentoso. Ele deve ser parte de um plano terapêutico mais amplo, que inclua psicoterapia, fonoaudiologia, integração sensorial, terapia ocupacional e intervenções educacionais, sempre adaptadas à realidade da criança e da família. Com o tempo, muitas crianças melhoram tanto no comportamento quanto nas habilidades de comunicação, justamente porque estão mais disponíveis para aprender e interagir.

Depois de um ano de uso, o médico geralmente reavalia se o medicamento ainda é necessário. Em alguns casos, ele pode ser reduzido ou retirado aos poucos, observando a resposta da criança. Em outros, pode ser mantido por mais tempo, sempre com acompanhamento cuidadoso. A ideia é evitar o uso prolongado desnecessário, mas também não interromper de forma precoce se os sintomas ainda forem significativos.

A boa notícia é que, à medida que a criança amadurece, recebe estímulos adequados e aprende a lidar com suas emoções e limitações, muitos desses comportamentos se tornam mais leves ou até desaparecem. A risperidona não restaura o que está "causando" as crises, mas pode ser uma ponte importante para um período de maior equilíbrio e aprendizado.

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Dr. Alexandre Nascimento Harada
Neurologista pediátrico
São Paulo
O tratamento do TEA é contínuo.
O tratamento deve ser a realização das terapias com equipe multidisciplinar, preferencialmente com base na análise do comportamento aplicada, a fim de melhorar a interação social, comunicação, impulsividade, agressividade e auto-cuidado do paciente.
A medicação auxilia no controle da agitação, agressividade e irritabilidade para o melhor proveito das terapias. A medida que o tratamento vai evoluindo e as terapias vão modulando de forma adequada o comportamento e sintomas do paciente, a medicação pode ser reduzida e até descontinuada. A terapia é contínua.

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