O que desencadeia uma crise existencial? .

Bom dia! Uma crise existencial geralmente é desencadeada por situações de transição, perdas ou mudanças significativas na vida, como término de relacionamentos, luto, adoecimento, mudanças profissionais ou até mesmo fases naturais do desenvolvimento (adolescência, meia-idade, envelhecimento). Esses momentos despertam questionamentos profundos sobre quem somos, qual o nosso propósito e qual caminho seguir.

Na perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental, entendemos que a crise surge quando os pensamentos automáticos e crenças centrais entram em conflito com a realidade vivida, gerando dúvidas sobre identidade, valores e sentido de vida. Apesar de dolorosa, a crise existencial pode ser uma oportunidade de crescimento, pois leva à reflexão, ao autoconhecimento e à reorganização das prioridades pessoais.

Do ponto de vista da psicanálise, uma crise existencial acontece quando a pessoa começa a se perguntar profundamente sobre o sentido da vida, quem ela realmente é, o que está fazendo no mundo e para onde está indo. Essas perguntas surgem, muitas vezes, em momentos de mudança ou perda: como a morte de alguém querido, o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, ou até mesmo quando se conquista algo importante e, ainda assim, sente-se um vazio.

Na psicanálise, entende-se que todo ser humano carrega conflitos internos — desejos, medos e dúvidas — que nem sempre são conscientes. Uma crise existencial pode ser o momento em que esses conflitos "vazam" para a consciência. É como se, de repente, a pessoa deixasse de seguir o “piloto automático” e começasse a enxergar que algo em sua vida não está alinhado com o que sente, deseja ou acredita.

Além disso, muitas vezes a crise é um sinal de que algo dentro da pessoa está pedindo mudança ou amadurecimento. Apesar de dolorosa, ela pode abrir espaço para um novo olhar sobre si mesmo e sobre a vida.

Uma crise existencial pode ser desencadeada por ansiedade, sensação de vazio ou falta de propósito, assim como pela tendência a se comparar constantemente com outras pessoas, o que intensifica sentimentos de inadequação e dúvida sobre o próprio caminho na vida.