O que fazer durante uma crise de raiva ou ciúme de pessoas com Transtorno de Personalidade Borderlin
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O que fazer durante uma crise de raiva ou ciúme de pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Olá, tudo bem?
As crises de raiva ou ciúme em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) costumam ser momentos de enorme intensidade emocional. Por trás dessas reações, geralmente há um medo profundo de ser abandonado ou rejeitado — e o cérebro interpreta pequenas situações como sinais reais de perda. A raiva, nesses casos, funciona quase como uma armadura: uma tentativa desesperada de afastar a dor que está prestes a ser sentida.
Para quem está ao lado, pode ser muito difícil lidar com esses episódios sem se sentir injustiçado, impotente ou confuso. Tentar argumentar racionalmente durante a crise, em geral, não ajuda muito, porque o sistema emocional da pessoa está em estado de alarme, com o corpo inundado por adrenalina e cortisol. Só depois que essa ativação diminui é que o cérebro volta a ter acesso à parte mais reflexiva e empática. É um pouco como tentar conversar com alguém que está dentro de um incêndio — antes é preciso apagar as chamas internas.
Uma reflexão que pode ajudar é: o que essa raiva está tentando proteger? O que o ciúme tenta garantir — amor, segurança ou controle? E, talvez mais difícil, qual é o custo emocional de tentar “controlar” o outro para não sentir medo? Quando a pessoa começa a observar esses movimentos com curiosidade e não com culpa, abre-se espaço para desenvolver novas formas de autorregulação emocional.
O processo terapêutico é fundamental para aprender a reconhecer os gatilhos precocemente, identificar o que o corpo sinaliza antes da explosão e treinar estratégias de regulação emocional. Com tempo e prática, é possível substituir o impulso de reagir por uma capacidade maior de compreender e escolher como responder. Caso precise, estou à disposição.
As crises de raiva ou ciúme em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) costumam ser momentos de enorme intensidade emocional. Por trás dessas reações, geralmente há um medo profundo de ser abandonado ou rejeitado — e o cérebro interpreta pequenas situações como sinais reais de perda. A raiva, nesses casos, funciona quase como uma armadura: uma tentativa desesperada de afastar a dor que está prestes a ser sentida.
Para quem está ao lado, pode ser muito difícil lidar com esses episódios sem se sentir injustiçado, impotente ou confuso. Tentar argumentar racionalmente durante a crise, em geral, não ajuda muito, porque o sistema emocional da pessoa está em estado de alarme, com o corpo inundado por adrenalina e cortisol. Só depois que essa ativação diminui é que o cérebro volta a ter acesso à parte mais reflexiva e empática. É um pouco como tentar conversar com alguém que está dentro de um incêndio — antes é preciso apagar as chamas internas.
Uma reflexão que pode ajudar é: o que essa raiva está tentando proteger? O que o ciúme tenta garantir — amor, segurança ou controle? E, talvez mais difícil, qual é o custo emocional de tentar “controlar” o outro para não sentir medo? Quando a pessoa começa a observar esses movimentos com curiosidade e não com culpa, abre-se espaço para desenvolver novas formas de autorregulação emocional.
O processo terapêutico é fundamental para aprender a reconhecer os gatilhos precocemente, identificar o que o corpo sinaliza antes da explosão e treinar estratégias de regulação emocional. Com tempo e prática, é possível substituir o impulso de reagir por uma capacidade maior de compreender e escolher como responder. Caso precise, estou à disposição.
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Durante uma crise de raiva ou ciúme em pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline, o mais importante é entender que o momento não é racional — é emocionalmente explosivo. Nessa fase, o sistema nervoso está em estado de ameaça, e a pessoa sente, de forma quase física, que algo essencial está sendo perdido: amor, segurança, pertencimento. Por isso, tentar argumentar ou “fazer entender” costuma piorar a crise.
O primeiro passo é reconhecer o que está acontecendo internamente: o corpo entra em modo de defesa, o coração acelera, a mente cria cenários catastróficos e o impulso é reagir — atacar, cobrar, chorar, testar.
O ideal é interromper o ciclo antes que ele se intensifique. Isso pode ser feito com pequenas ações de autorregulação: afastar-se por alguns minutos, respirar profundamente, aplicar compressas frias, focar no toque dos pés no chão, ou usar frases curtas e firmes como “isso vai passar” ou “eu posso me acalmar agora”. Essas estratégias ajudam o cérebro a sair do modo de sobrevivência e voltar gradualmente à estabilidade emocional.
Após a crise, vem o segundo passo: refletir sobre o gatilho real. Normalmente, a raiva e o ciúme não nascem da situação em si, mas de um medo subjacente — o de ser abandonado, trocado ou invisível. É nesse ponto que o tratamento psicológico se torna fundamental, porque ele permite reconhecer esse padrão, compreender suas origens e reconstruir um senso de segurança que não dependa da validação do outro.
Se você vive essas crises com frequência ou sente que não consegue se controlar quando é tomado por raiva ou ciúme, saiba que isso pode mudar. No meu trabalho clínico, eu ajudo pessoas com TPB a desenvolver ferramentas práticas de regulação emocional, entender seus gatilhos e criar uma relação mais estável consigo mesmas e com os outros. É um processo de reconstrução profunda — e possível.
O primeiro passo é reconhecer o que está acontecendo internamente: o corpo entra em modo de defesa, o coração acelera, a mente cria cenários catastróficos e o impulso é reagir — atacar, cobrar, chorar, testar.
O ideal é interromper o ciclo antes que ele se intensifique. Isso pode ser feito com pequenas ações de autorregulação: afastar-se por alguns minutos, respirar profundamente, aplicar compressas frias, focar no toque dos pés no chão, ou usar frases curtas e firmes como “isso vai passar” ou “eu posso me acalmar agora”. Essas estratégias ajudam o cérebro a sair do modo de sobrevivência e voltar gradualmente à estabilidade emocional.
Após a crise, vem o segundo passo: refletir sobre o gatilho real. Normalmente, a raiva e o ciúme não nascem da situação em si, mas de um medo subjacente — o de ser abandonado, trocado ou invisível. É nesse ponto que o tratamento psicológico se torna fundamental, porque ele permite reconhecer esse padrão, compreender suas origens e reconstruir um senso de segurança que não dependa da validação do outro.
Se você vive essas crises com frequência ou sente que não consegue se controlar quando é tomado por raiva ou ciúme, saiba que isso pode mudar. No meu trabalho clínico, eu ajudo pessoas com TPB a desenvolver ferramentas práticas de regulação emocional, entender seus gatilhos e criar uma relação mais estável consigo mesmas e com os outros. É um processo de reconstrução profunda — e possível.
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