O que posso fazer para lidar com o ciúme se tenho o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
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O que posso fazer para lidar com o ciúme se tenho o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
É importante estar fazendo uma boa terapia, pois o Transtorno de Personalidade Borderline tem muitas demandas, mas que podem ser tratadas de modo a melhorar muito a qualidade de vida, tanto da pessoa quanto de seus relacionamentos e para isso um psicólogo, com quem a pessoa se sinta bem e tenha confiança, pode ajudar muito.
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O ciúme, em quem vive com o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), costuma ter uma intensidade particular. Ele não nasce apenas do medo de perder alguém, mas do pavor de desaparecer se o outro se afastar. É como se, em certos momentos, o vínculo com o outro fosse a única âncora que sustenta a própria existência — e qualquer sinal de distância despertasse uma dor quase física, uma urgência emocional difícil de controlar.
Antes de tudo, quero te dizer que isso não é fraqueza, nem “drama”. É uma expressão da sua sensibilidade e da forma profunda como você sente o mundo. O ciúme, nesse contexto, não é sobre posse, mas sobre medo de abandono, de não ser suficiente, de ser esquecido.
O primeiro passo para lidar com ele é reconhecer o que está por trás. Sempre que o ciúme aparece, tente se perguntar: “O que eu estou realmente sentindo agora? É raiva? Insegurança? Medo de ser deixado?” Essa pergunta simples te ajuda a transformar o impulso em consciência.
O segundo passo é aprender a sustentar o vazio que surge quando o outro não está. O borderline, por carregar uma ferida antiga de falta de amparo, costuma sentir esse vazio como insuportável — e tenta preenchê-lo com presença, contato, garantias. Mas o processo terapêutico te ensina, pouco a pouco, a perceber que o amor não se mede pela constante proximidade, e que o espaço entre você e o outro pode ser vivido sem abandono.
Do ponto de vista psicanalítico, o ciúme é uma forma de expressão do desejo — o desejo de ser único, de ser visto, de ser amado de um jeito que repare antigas faltas. Por isso, ele não deve ser apenas controlado, mas compreendido. A terapia não busca eliminar o ciúme, e sim dar palavras à dor que o sustenta, para que ela possa se transformar em vínculo real, e não em medo.
Com o tempo, à medida que você for se conhecendo e fortalecendo o seu senso de identidade, o ciúme começa a perder a força — porque a ausência do outro já não ameaça a sua existência.
Se você sente que o ciúme tem te machucado ou prejudicado suas relações, esse é o momento ideal para começar o processo analítico. Juntos, podemos compreender as raízes desse medo, acolher essa parte de você que se desespera diante da perda e construir uma nova forma de se vincular — com mais segurança, autenticidade e amor real.
Antes de tudo, quero te dizer que isso não é fraqueza, nem “drama”. É uma expressão da sua sensibilidade e da forma profunda como você sente o mundo. O ciúme, nesse contexto, não é sobre posse, mas sobre medo de abandono, de não ser suficiente, de ser esquecido.
O primeiro passo para lidar com ele é reconhecer o que está por trás. Sempre que o ciúme aparece, tente se perguntar: “O que eu estou realmente sentindo agora? É raiva? Insegurança? Medo de ser deixado?” Essa pergunta simples te ajuda a transformar o impulso em consciência.
O segundo passo é aprender a sustentar o vazio que surge quando o outro não está. O borderline, por carregar uma ferida antiga de falta de amparo, costuma sentir esse vazio como insuportável — e tenta preenchê-lo com presença, contato, garantias. Mas o processo terapêutico te ensina, pouco a pouco, a perceber que o amor não se mede pela constante proximidade, e que o espaço entre você e o outro pode ser vivido sem abandono.
Do ponto de vista psicanalítico, o ciúme é uma forma de expressão do desejo — o desejo de ser único, de ser visto, de ser amado de um jeito que repare antigas faltas. Por isso, ele não deve ser apenas controlado, mas compreendido. A terapia não busca eliminar o ciúme, e sim dar palavras à dor que o sustenta, para que ela possa se transformar em vínculo real, e não em medo.
Com o tempo, à medida que você for se conhecendo e fortalecendo o seu senso de identidade, o ciúme começa a perder a força — porque a ausência do outro já não ameaça a sua existência.
Se você sente que o ciúme tem te machucado ou prejudicado suas relações, esse é o momento ideal para começar o processo analítico. Juntos, podemos compreender as raízes desse medo, acolher essa parte de você que se desespera diante da perda e construir uma nova forma de se vincular — com mais segurança, autenticidade e amor real.
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