O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) pode causar hiperfixação?
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O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) pode causar hiperfixação?
Sim. O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) pode gerar hiperfixações, pois os pensamentos obsessivos acabam prendendo a atenção da pessoa de forma intensa e repetitiva. Essa fixação geralmente vem acompanhada de ansiedade e necessidade de aliviar o desconforto por meio de rituais ou verificações. Diferente do hiperfoco de outros transtornos, como o TDAH, a hiperfixação no TOC costuma ser angustiante e motivada pelo medo ou pela tentativa de controlar algo que causa sofrimento.
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Sim. Clinicamente, o que chamamos de “hiperfixação” no TOC é, na verdade, um loop cognitivo obsessivo-compulsivo — uma forma de ruminação ansiosa, em que o cérebro tenta resolver algo impossível de resolver pela lógica.
Existe uma diferença entre a hiperfixação por interesse (como vemos no Transtorno do Espectro Autista e no TDAH). Nestes
o foco intenso costuma gerar prazer, curiosidade e sensação de domínio.
Exemplo: a pessoa passa horas lendo sobre astronomia, esquecendo o tempo.
Já na “hiperfixação” do TOC (obsessiva):
o foco é ansioso, desgastante e repetitivo, motivado pela necessidade de neutralizar desconforto.
Exemplo: a pessoa passa horas lendo sobre contaminação, não por prazer, mas porque precisa ter certeza de que não está em risco.
mente do paciente com TOC sofre de intolerância à incerteza.
Ou seja, ele não suporta a ideia de não ter certeza.
A tentativa de resolver o desconforto (através da ruminação, pesquisa, orações, análises, repetições) traz alívio momentâneo e o cérebro aprende que precisa continuar fazendo isso.
Essa recompensa negativa reforça o circuito: quanto mais a pessoa tenta “controlar” o pensamento, mais ele se fixa nele.
É o que chamamos de paradoxo do controle cognitivo.
Esse ciclo mantém a ansiedade elevada e gera frustração, porque o esforço de controlar ou eliminar o pensamento não funciona como desejado. Na terapia, o objetivo é justamente interromper esse loop, ensinando estratégias de exposição, aceitação e reestruturação cognitiva que permitem ao paciente conviver com o pensamento sem que ele determine seu comportamento ou sua tranquilidade emocional. Assim, é possível reduzir a hiperfixação e recuperar sensação de controle de maneira saudável.
Se sentir que é o momento, agende uma sessão comigo, vamos juntos, melhorar sua qualidade de vida.
Existe uma diferença entre a hiperfixação por interesse (como vemos no Transtorno do Espectro Autista e no TDAH). Nestes
o foco intenso costuma gerar prazer, curiosidade e sensação de domínio.
Exemplo: a pessoa passa horas lendo sobre astronomia, esquecendo o tempo.
Já na “hiperfixação” do TOC (obsessiva):
o foco é ansioso, desgastante e repetitivo, motivado pela necessidade de neutralizar desconforto.
Exemplo: a pessoa passa horas lendo sobre contaminação, não por prazer, mas porque precisa ter certeza de que não está em risco.
mente do paciente com TOC sofre de intolerância à incerteza.
Ou seja, ele não suporta a ideia de não ter certeza.
A tentativa de resolver o desconforto (através da ruminação, pesquisa, orações, análises, repetições) traz alívio momentâneo e o cérebro aprende que precisa continuar fazendo isso.
Essa recompensa negativa reforça o circuito: quanto mais a pessoa tenta “controlar” o pensamento, mais ele se fixa nele.
É o que chamamos de paradoxo do controle cognitivo.
Esse ciclo mantém a ansiedade elevada e gera frustração, porque o esforço de controlar ou eliminar o pensamento não funciona como desejado. Na terapia, o objetivo é justamente interromper esse loop, ensinando estratégias de exposição, aceitação e reestruturação cognitiva que permitem ao paciente conviver com o pensamento sem que ele determine seu comportamento ou sua tranquilidade emocional. Assim, é possível reduzir a hiperfixação e recuperar sensação de controle de maneira saudável.
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Sim, o TOC pode causar hiperfixação ao fazer a mente se prender de forma intensa e recorrente a pensamentos obsessivos que geram ansiedade e necessidade de controle.
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