Qual a relação entre bullying e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)?

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Qual a relação entre bullying e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)?
A relação e comorbidade de sintomas é sempre definida por aquele que sente, já que a forma como o afeta é particular. É demasiadamente errôneo não levar em conta a individualidade - e tomar uma pessoa com características únicas, formas de pensar, agir e sentir únicas, por um nome que, de certa forma, despersonaliza o sofrimento individual. É importante que busque ajuda para o que está sentindo. Espero ter ajudado!

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 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Oi, tudo bem? Que bom que você trouxe essa pergunta, porque a relação entre bullying e TOC costuma ser mais profunda do que parece à primeira vista. Cada um por si já mexe muito com a vida emocional, mas quando caminham juntos acabam formando uma espécie de círculo que se retroalimenta, afetando tanto a forma como a pessoa se vê quanto a maneira como o cérebro reage às situações.

O bullying tende a deixar marcas na autoestima, na sensação de pertencimento e na confiança básica em si mesmo. Já o TOC funciona como um ciclo interno em que pensamentos intrusivos aparecem, o medo aumenta e os rituais surgem como uma tentativa de alívio. Quando alguém passa pelas duas experiências, o que vejo com frequência na clínica é que o bullying pode intensificar a autocrítica, aumentar a vergonha e deixar o corpo mais alerta, como se dissesse “não posso correr riscos”. Essa combinação cria um terreno emocional mais vulnerável para o TOC. Como isso soa para você? Quando lembra de alguma situação difícil com outras pessoas, percebe mudanças na intensidade das obsessões ou dos rituais? O que costuma acontecer no seu corpo nesses momentos?

Também é comum que o bullying influencie a forma como a pessoa interpreta seus próprios pensamentos. Em vez de vê-los como eventos mentais passageiros, passa a tratá-los como algo perigoso ou vergonhoso, o que fortalece o ciclo obsessivo. Por outro lado, às vezes o TOC já existe e a pessoa acaba sendo alvo de bullying justamente por comportamentos que são expressão desse sofrimento. Fico curioso sobre como essas histórias se cruzam no seu caso. Há algo que você sente que ainda reverbera hoje?

Explorar essa relação em psicoterapia costuma abrir espaço para reorganizar memórias, fortalecer o senso de valor pessoal e diminuir a rigidez emocional que o bullying pode ter instalado. Se houver sofrimento significativo, o acompanhamento psiquiátrico pode complementar o cuidado. Quando quiser olhar para isso com calma, posso te ajudar nesse processo. Caso precise, estou à disposição.

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