Olá, gostaria de saber se uma boa alimentação rica em Lítio é capaz de evitar a Bipolaridade na fase

6 respostas
Olá, gostaria de saber se uma boa alimentação rica em Lítio é capaz de evitar a Bipolaridade na fase adulta?
Dr. Murilo Ferreira Caetano
Psiquiatra
Goiânia
Os níveis de lítio no nosso organismo nada têm a ver com o risco de alguém ter transtorno bipolar. A necessidade de dosar o lítio no sangue só ocorre quando prescrevemos esse mineral para as pessoas. O motivo é simples: em níveis baixos o lítio prescrito não faz efeito e em níveis muito altos pode intoxicar.

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Olá, não a ingesta alimentar de alimentos lítio não é suficiente, a medicação estabilizadora do humor e outras medidas são importantes pois a bipolaridade é tratável
Dra. Carolina Rosa Rudolph
Psiquiatra
São José do Rio Preto
Nao.Embora o lítio seja usado no tratamento do transtorno bipolar, a causa do mesmo nao é a falta de litio no organismo.O litio age como estabilizador de humor pra quem tem transtorno bipolar, mas nao deve ser usado de maneira preventiva pra quem nao desenvolveu a doenca.
 Clara Nicolato
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Olá, tudo bem? Lítio na verdade é uma medicação usualmente usada para tratar o desbalanceamento hormonal que pode ser causado pela Bipolaridade. Entretanto, as alterações de humor podem estar relacionadas não só com aspectos biológicos, como também com aspectos psíquicos e emocionais. O nosso humor é uma resposta à outras questões e, por isso, importante investigar o que o paciente tem a falar sobre a sua história para entender o que provoca essas alterações. A bipolaridade também é um diagnóstico que tem se tornado banalizado, pois muitos carimbam essa nomeação quando o paciente apresenta momentos de tristeza seguidos de momento eufóricos, o que é uma forma míope de lidar com este diagnóstico, uma vez que a vida é feita de altos e baixos. Por isso, importante levar em conta o contexto em que o paciente está inserido para entender o lugar de seu sintoma. A bipolaridade ainda pode ser consequência de questões estruturais do inconsciente, havendo necessidade de um manejo mais cuidadoso. Por isso, dentre tantas questões a se pensar, importante que seja dada uma devida escuta para a singularidade de cada caso. Sugiro procurar um profissional de saúde mental para conduzir um tratamento eficiente, que está muito além de questões orgânicas e biológicas.

Espero ter contribuído na tentativa de responder sua dúvida.
Dra. Fernanda Souza de Abreu Júdice
Psiquiatra, Médico perito, Médico clínico geral
Rio de Janeiro
Olá! Essa é uma dúvida muito interessante. O lítio é realmente uma substância importante no tratamento do transtorno bipolar, usado há décadas para estabilizar o humor e prevenir crises. Porém, o lítio utilizado na medicina é um composto químico em doses controladas, bem diferente do lítio que eventualmente pode estar presente em alimentos ou na água.

Uma alimentação rica em alimentos que naturalmente contenham traços de lítio, como alguns vegetais, legumes e água mineral, não tem comprovação científica suficiente para prevenir ou evitar o desenvolvimento do transtorno bipolar na fase adulta. O transtorno bipolar é uma condição complexa, influenciada por fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos que vão muito além da ingestão alimentar.

Portanto, embora uma alimentação equilibrada e saudável seja fundamental para o bem-estar geral do cérebro e do corpo, ela não substitui o acompanhamento médico e o tratamento adequado quando se trata de transtornos psiquiátricos.

Se você tiver interesse em entender mais sobre prevenção, tratamento ou cuidados com a saúde mental, posso ajudar a esclarecer e orientar. Estou à disposição para conversar.
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
Essa é uma excelente pergunta. O lítio é um mineral natural essencial em pequenas quantidades para o funcionamento do sistema nervoso, e também é usado em doses terapêuticas, na forma de medicamento (carbonato de lítio), como um dos principais estabilizadores de humor no tratamento do transtorno bipolar. No entanto, é importante esclarecer que a quantidade de lítio presente naturalmente nos alimentos e na água potável é extremamente baixa — e, portanto, não tem efeito preventivo comprovado sobre o desenvolvimento da bipolaridade. O transtorno afetivo bipolar é uma condição multifatorial, influenciada por fatores genéticos, biológicos, neuroquímicos e ambientais. Mesmo que o lítio em doses clínicas ajude a equilibrar o humor, a ingestão dietética comum não atinge níveis terapêuticos, e não há evidência científica de que uma alimentação rica em lítio possa prevenir o surgimento do transtorno. Alguns estudos observacionais sugerem que pessoas que vivem em regiões com níveis naturalmente mais altos de lítio na água podem ter menor incidência de suicídio e melhor estabilidade emocional, mas esses efeitos são sutis e não equivalem à prevenção da bipolaridade. Por outro lado, uma alimentação equilibrada, rica em magnésio, ômega-3, vitaminas do complexo B e antioxidantes, pode sim auxiliar na regulação do humor, redução da inflamação cerebral e melhor resposta ao tratamento, funcionando como suporte complementar, mas nunca como substituto de tratamento médico. Em resumo: uma dieta saudável é fundamental para o equilíbrio emocional e cognitivo, mas a quantidade natural de lítio presente nos alimentos não é suficiente para prevenir ou tratar o transtorno bipolar. A prevenção envolve autoconhecimento, manejo do estresse, sono regular, acompanhamento psicológico e, quando necessário, tratamento médico precoce. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, transtornos do humor e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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