Pais podem notar "visão de túnel" em filhos com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) supersticioso?
3
respostas
Pais podem notar "visão de túnel" em filhos com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) supersticioso?
Olá, como vai? Sim, os pais podem perceber quando a criança ou adolescente passa a interpretar situações comuns como algo “mágico” ou ameaçador, fixando-se em pensamentos supersticiosos que geram medo e rituais. A visão de túnel se manifesta quando a criança não consegue desviar o foco ou considerar explicações alternativas, ficando rígida na ideia. Na clínica psicanalítica, observamos que isso pode estar ligado a angústias internas que a criança ainda não consegue elaborar simbolicamente. É importante acolher, não julgar e buscar apoio especializado. O CAPS pode ser um espaço de cuidado caso a família esteja em sofrimento. Espero ter ajudado, fico à disposição!
Tire todas as dúvidas durante a consulta online
Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.
Mostrar especialistas Como funciona?
Oi, tudo bem?
Sim, os pais podem perceber sinais da chamada “visão de túnel” em filhos com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) supersticioso — embora, muitas vezes, não saibam nomear o que estão vendo. Esse estado aparece quando a criança ou o adolescente fica completamente tomado por uma ideia obsessiva, incapaz de considerar argumentos lógicos ou tranquilizadores, mesmo vindos de pessoas de confiança.
Nesses momentos, é como se o mundo se resumisse à obsessão. O filho pode insistir repetidamente em fazer um ritual “para evitar algo ruim”, recusar-se a interromper uma sequência de gestos, rezas ou contagens, ou demonstrar pavor se algo não for feito exatamente do “jeito certo”. A atenção fica tão focada na superstição que o resto perde importância: ele não ouve, não negocia, não se distrai. Para os pais, a sensação é de falar com alguém que “não está ali”, porque a mente da criança está presa dentro desse túnel de urgência e medo.
A neurociência ajuda a explicar esse comportamento: nesse estado, o cérebro da criança ativa com força as áreas relacionadas à detecção de perigo, como a amígdala, e diminui a atividade das regiões responsáveis pelo raciocínio lógico e pela flexibilidade cognitiva. Por isso, tentar convencer com argumentos racionais (“filho, isso não faz sentido”) quase nunca funciona naquele momento — o cérebro está reagindo, não raciocinando.
Os pais também podem notar mudanças físicas e emocionais que acompanham o episódio: olhar fixo, respiração acelerada, irritabilidade, choro fácil ou até crises de raiva se o ritual for interrompido. Depois que o comportamento passa, muitas vezes vem o cansaço e, às vezes, vergonha por ter “exagerado”.
Você já percebeu se seu filho parece ficar “preso” a certas ideias, sem conseguir sair delas mesmo com explicações ou carinho? Ou se reage com medo desproporcional quando algo quebra o padrão que ele tenta seguir? Essas observações ajudam muito a identificar o TOC supersticioso precocemente.
O papel dos pais, nesses casos, é oferecer segurança e não reforçar o ritual — o que significa acolher a emoção, mas não o comportamento. E, claro, buscar acompanhamento especializado. A terapia cognitivo-comportamental adaptada para crianças e adolescentes, especialmente com técnicas de exposição e prevenção de resposta, costuma trazer excelentes resultados, ajudando o cérebro a aprender que ele pode sentir medo sem precisar se prender à superstição.
Caso precise, estou à disposição.
Sim, os pais podem perceber sinais da chamada “visão de túnel” em filhos com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) supersticioso — embora, muitas vezes, não saibam nomear o que estão vendo. Esse estado aparece quando a criança ou o adolescente fica completamente tomado por uma ideia obsessiva, incapaz de considerar argumentos lógicos ou tranquilizadores, mesmo vindos de pessoas de confiança.
Nesses momentos, é como se o mundo se resumisse à obsessão. O filho pode insistir repetidamente em fazer um ritual “para evitar algo ruim”, recusar-se a interromper uma sequência de gestos, rezas ou contagens, ou demonstrar pavor se algo não for feito exatamente do “jeito certo”. A atenção fica tão focada na superstição que o resto perde importância: ele não ouve, não negocia, não se distrai. Para os pais, a sensação é de falar com alguém que “não está ali”, porque a mente da criança está presa dentro desse túnel de urgência e medo.
A neurociência ajuda a explicar esse comportamento: nesse estado, o cérebro da criança ativa com força as áreas relacionadas à detecção de perigo, como a amígdala, e diminui a atividade das regiões responsáveis pelo raciocínio lógico e pela flexibilidade cognitiva. Por isso, tentar convencer com argumentos racionais (“filho, isso não faz sentido”) quase nunca funciona naquele momento — o cérebro está reagindo, não raciocinando.
Os pais também podem notar mudanças físicas e emocionais que acompanham o episódio: olhar fixo, respiração acelerada, irritabilidade, choro fácil ou até crises de raiva se o ritual for interrompido. Depois que o comportamento passa, muitas vezes vem o cansaço e, às vezes, vergonha por ter “exagerado”.
Você já percebeu se seu filho parece ficar “preso” a certas ideias, sem conseguir sair delas mesmo com explicações ou carinho? Ou se reage com medo desproporcional quando algo quebra o padrão que ele tenta seguir? Essas observações ajudam muito a identificar o TOC supersticioso precocemente.
O papel dos pais, nesses casos, é oferecer segurança e não reforçar o ritual — o que significa acolher a emoção, mas não o comportamento. E, claro, buscar acompanhamento especializado. A terapia cognitivo-comportamental adaptada para crianças e adolescentes, especialmente com técnicas de exposição e prevenção de resposta, costuma trazer excelentes resultados, ajudando o cérebro a aprender que ele pode sentir medo sem precisar se prender à superstição.
Caso precise, estou à disposição.
Sim, pais podem notar o que chamamos de “visão de túnel” em filhos com Transtorno Obsessivo-Compulsivo supersticioso, especialmente quando a criança fica extremamente focada em rituais, regras ou crenças supersticiosas específicas. Esse foco intenso faz com que ela desconsidere outras informações, perspectivas ou consequências, concentrando-se apenas no que sente que precisa fazer para evitar um suposto perigo ou azar. Pais podem perceber resistência a interrupções, ansiedade intensa se os rituais não forem realizados e dificuldade de atenção em outras atividades. Observar esses padrões é importante para buscar avaliação psicológica ou psiquiátrica precoce, orientar intervenções terapêuticas e ajudar a criança a desenvolver flexibilidade cognitiva e estratégias de enfrentamento mais adaptativas.
Especialistas
Perguntas relacionadas
- Por que é importante diferenciar hiperfoco e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ?
- Como diferenciar o hiperfoco de um pensamento obsessivo?
- Como o hiperfoco afeta o sono ? .
- Como o hiperfoco pode ajudar no aprendizado? .
- O que é o hiperfoco e quem pode tê-lo ? .
- Como é a sensação de hiperfixação no Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ?
- Quais são as semelhanças e diferenças entre Hipocondria e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ?
- O que é hiperfixação no Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ?
- O que fazer para ajudar alguém com "visão de túnel" causada pelo Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)?
- Qual a relação entre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e a "visão em túnel"?
Você quer enviar sua pergunta?
Nossos especialistas responderam a 1172 perguntas sobre Transtorno Obsesivo Compulsivo (TOC)
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.