Qual a relação entre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e a "visão em túnel"?
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Qual a relação entre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e a "visão em túnel"?
No TOC, a “visão de túnel” surge como consequência da fixação em pensamentos obsessivos e rituais compulsivos. O sujeito concentra toda a atenção na tentativa de controlar a ansiedade gerada pelas obsessões, estreitando seu campo de percepção e reflexão. Essa focalização intensa mantém o pensamento preso a um único ponto, limitando a capacidade de considerar outras perspectivas e restringindo a experiência emocional e relacional.
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Essa relação entre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e a chamada “visão em túnel” é bastante interessante — e revela muito sobre como o cérebro tenta lidar com o medo e a incerteza. No TOC, a mente tende a se fixar em uma ideia, imagem ou sensação que parece ameaçadora. Quando isso acontece, o sistema de atenção se estreita, e a pessoa passa a enxergar quase exclusivamente aquilo que parece perigoso ou fora do lugar, ignorando o resto. É como se o mundo inteiro ficasse embaçado, e só aquela preocupação permanecesse nítida.
A neurociência explica que esse fenômeno ocorre porque o cérebro do indivíduo com TOC mantém ativado, de forma contínua, o circuito da ameaça — regiões como o córtex orbitofrontal e o cíngulo anterior disparam alertas o tempo todo, reforçando a necessidade de “corrigir” o que parece errado. Esse hiperfoco produz a tal visão em túnel, que funciona como um tipo de filtro cognitivo e emocional: o cérebro acredita que, se mantiver a atenção totalmente voltada ao problema, conseguirá garantir segurança.
Mas o efeito é o contrário. Ao tentar controlar ou neutralizar o desconforto por meio de rituais e verificações, a mente acaba reforçando o ciclo. E o mundo interno se torna cada vez mais estreito — como se não houvesse espaço para sentir prazer, descanso ou espontaneidade. Já percebeu como, nesses momentos, o “alívio” de completar o ritual dura pouco, e logo vem o mesmo medo, só que com outro rosto?
A terapia ajuda justamente a ampliar esse foco, permitindo que a pessoa recupere a capacidade de observar o que sente sem se fundir ao medo. Aos poucos, o cérebro reaprende a tolerar a incerteza e a responder com mais flexibilidade, o que vai desmontando o túnel e devolvendo um olhar mais amplo para a vida.
Caso precise, estou à disposição.
Essa relação entre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e a chamada “visão em túnel” é bastante interessante — e revela muito sobre como o cérebro tenta lidar com o medo e a incerteza. No TOC, a mente tende a se fixar em uma ideia, imagem ou sensação que parece ameaçadora. Quando isso acontece, o sistema de atenção se estreita, e a pessoa passa a enxergar quase exclusivamente aquilo que parece perigoso ou fora do lugar, ignorando o resto. É como se o mundo inteiro ficasse embaçado, e só aquela preocupação permanecesse nítida.
A neurociência explica que esse fenômeno ocorre porque o cérebro do indivíduo com TOC mantém ativado, de forma contínua, o circuito da ameaça — regiões como o córtex orbitofrontal e o cíngulo anterior disparam alertas o tempo todo, reforçando a necessidade de “corrigir” o que parece errado. Esse hiperfoco produz a tal visão em túnel, que funciona como um tipo de filtro cognitivo e emocional: o cérebro acredita que, se mantiver a atenção totalmente voltada ao problema, conseguirá garantir segurança.
Mas o efeito é o contrário. Ao tentar controlar ou neutralizar o desconforto por meio de rituais e verificações, a mente acaba reforçando o ciclo. E o mundo interno se torna cada vez mais estreito — como se não houvesse espaço para sentir prazer, descanso ou espontaneidade. Já percebeu como, nesses momentos, o “alívio” de completar o ritual dura pouco, e logo vem o mesmo medo, só que com outro rosto?
A terapia ajuda justamente a ampliar esse foco, permitindo que a pessoa recupere a capacidade de observar o que sente sem se fundir ao medo. Aos poucos, o cérebro reaprende a tolerar a incerteza e a responder com mais flexibilidade, o que vai desmontando o túnel e devolvendo um olhar mais amplo para a vida.
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A "visão em túnel" no contexto do TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) não é um termo médico direto, mas descreve como a ansiedade e as obsessões focam intensamente num único medo ou ritual, ignorando o resto, uma distorção cognitiva onde a pessoa fica "presa" nos pensamentos intrusivos (obsessões) ou nos comportamentos repetitivos (compulsões) que aliviam a angústia, perdendo a perspectiva do todo e dos malefícios do seu próprio comportamento, necessitando de terapia para expandir o foco e gerir a ansiedade crônica associada.
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