Por que meu amigo com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) me trata tão bem em um momento e
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Por que meu amigo com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) me trata tão bem em um momento e tão mal no outro?
Olá, tudo bem? Essa é uma dúvida muito comum — e profundamente dolorosa — para quem convive com alguém que tem o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Essa alternância entre carinho intenso e afastamento brusco costuma acontecer porque, emocionalmente, a pessoa vive um verdadeiro “pêndulo interno”. Ela sente tudo de forma amplificada, como se as emoções viessem em ondas muito altas, e isso faz com que o outro seja visto ora como totalmente bom, ora como totalmente ruim, dependendo do que o momento desperta.
É como se o cérebro dela não conseguisse sustentar a ideia de que alguém pode ter qualidades e falhas ao mesmo tempo — e essa oscilação não é manipulação, é sofrimento. Em segundos, o mesmo vínculo que traz segurança pode acionar um medo enorme de abandono. Quando esse medo surge, o impulso é reagir com raiva, distanciamento ou palavras que ferem, não porque ela quer machucar, mas porque, naquele instante, a dor parece insuportável.
O que isso desperta em você? Como é lidar com essa montanha-russa emocional? Você sente que tenta equilibrar o que o outro sente, às vezes até esquecendo de si? Essas perguntas ajudam a entender até onde vale o esforço e onde começa o desgaste emocional.
Convivências assim pedem muita clareza emocional e limites saudáveis — tanto para proteger o vínculo quanto para proteger você. Quando o afeto e o cuidado caminham juntos com o limite, as relações se tornam mais seguras, mesmo com as instabilidades. Caso precise, estou à disposição.
É como se o cérebro dela não conseguisse sustentar a ideia de que alguém pode ter qualidades e falhas ao mesmo tempo — e essa oscilação não é manipulação, é sofrimento. Em segundos, o mesmo vínculo que traz segurança pode acionar um medo enorme de abandono. Quando esse medo surge, o impulso é reagir com raiva, distanciamento ou palavras que ferem, não porque ela quer machucar, mas porque, naquele instante, a dor parece insuportável.
O que isso desperta em você? Como é lidar com essa montanha-russa emocional? Você sente que tenta equilibrar o que o outro sente, às vezes até esquecendo de si? Essas perguntas ajudam a entender até onde vale o esforço e onde começa o desgaste emocional.
Convivências assim pedem muita clareza emocional e limites saudáveis — tanto para proteger o vínculo quanto para proteger você. Quando o afeto e o cuidado caminham juntos com o limite, as relações se tornam mais seguras, mesmo com as instabilidades. Caso precise, estou à disposição.
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Quando você diz que seu amigo com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) te trata muito bem em um momento e muito mal em outro, o que você está observando é a expressão direta de um conflito interno intenso e profundo.
No borderline, as emoções não seguem a mesma lógica que nas relações comuns. Elas são vividas de forma absoluta sem meio-termo. O amor é amor demais; a raiva, raiva demais; a dor, quase insuportável.
Essas mudanças de comportamento não acontecem por maldade ou manipulação, mas porque a pessoa com TPB sente o mundo emocional como um território perigoso e instável. O medo de ser rejeitada, abandonada ou esquecida é tão grande que, ao menor sinal de distância real ou imaginária ela pode reagir com raiva, frieza ou até agressividade. É uma forma inconsciente de se proteger de uma dor ainda maior: a dor do abandono que carrega desde muito cedo.
Quando o vínculo está seguro, ela se sente inteira, amada, viva e por isso te trata com tanto afeto e entrega. Mas, quando algo desperta a insegurança, mesmo que pequeno, o cérebro emocional aciona o alerta máximo. A pessoa passa a ver o outro, por um instante, como uma ameaça e reage atacando, afastando ou tentando controlar, numa tentativa de não sentir o desamparo que teme.
Do ponto de vista psicanalítico, o borderline vive dividido entre o desejo de fusão e o medo da perda. Ele quer estar perto, mas teme o quanto isso o faz vulnerável. Então alterna entre idealizar e desvalorizar o outro, porque ainda não aprendeu a sustentar o amor e a frustração ao mesmo tempo.
Se você convive com alguém assim, é importante lembrar: isso não é culpa sua. As oscilações não refletem o que você faz, mas o que o outro sente diante da própria dor. E também é importante cuidar de si — aprender a estabelecer limites, a não assumir a função de curar ou consertar. A pessoa com TPB precisa de acompanhamento profissional para compreender seus próprios padrões e construir relações mais estáveis e seguras.
A psicoterapia psicanalítica é uma das formas mais eficazes de tratamento, porque ajuda o paciente borderline a entender a origem dessa dor, reconhecer os gatilhos que a despertam e aprender a se relacionar de maneira menos impulsiva e mais consciente.
Se você se sente exausto(a) por essa dinâmica, ou confuso(a) sobre como agir, eu posso te ajudar a compreender melhor esse tipo de vínculo. Na terapia, você poderá entender seus limites, suas emoções e como se proteger emocionalmente sem precisar se afastar por completo.
As pessoas com borderline não mudam de sentimento elas mudam de intensidade. O amor continua lá, só que o medo, às vezes, fala mais alto.
No borderline, as emoções não seguem a mesma lógica que nas relações comuns. Elas são vividas de forma absoluta sem meio-termo. O amor é amor demais; a raiva, raiva demais; a dor, quase insuportável.
Essas mudanças de comportamento não acontecem por maldade ou manipulação, mas porque a pessoa com TPB sente o mundo emocional como um território perigoso e instável. O medo de ser rejeitada, abandonada ou esquecida é tão grande que, ao menor sinal de distância real ou imaginária ela pode reagir com raiva, frieza ou até agressividade. É uma forma inconsciente de se proteger de uma dor ainda maior: a dor do abandono que carrega desde muito cedo.
Quando o vínculo está seguro, ela se sente inteira, amada, viva e por isso te trata com tanto afeto e entrega. Mas, quando algo desperta a insegurança, mesmo que pequeno, o cérebro emocional aciona o alerta máximo. A pessoa passa a ver o outro, por um instante, como uma ameaça e reage atacando, afastando ou tentando controlar, numa tentativa de não sentir o desamparo que teme.
Do ponto de vista psicanalítico, o borderline vive dividido entre o desejo de fusão e o medo da perda. Ele quer estar perto, mas teme o quanto isso o faz vulnerável. Então alterna entre idealizar e desvalorizar o outro, porque ainda não aprendeu a sustentar o amor e a frustração ao mesmo tempo.
Se você convive com alguém assim, é importante lembrar: isso não é culpa sua. As oscilações não refletem o que você faz, mas o que o outro sente diante da própria dor. E também é importante cuidar de si — aprender a estabelecer limites, a não assumir a função de curar ou consertar. A pessoa com TPB precisa de acompanhamento profissional para compreender seus próprios padrões e construir relações mais estáveis e seguras.
A psicoterapia psicanalítica é uma das formas mais eficazes de tratamento, porque ajuda o paciente borderline a entender a origem dessa dor, reconhecer os gatilhos que a despertam e aprender a se relacionar de maneira menos impulsiva e mais consciente.
Se você se sente exausto(a) por essa dinâmica, ou confuso(a) sobre como agir, eu posso te ajudar a compreender melhor esse tipo de vínculo. Na terapia, você poderá entender seus limites, suas emoções e como se proteger emocionalmente sem precisar se afastar por completo.
As pessoas com borderline não mudam de sentimento elas mudam de intensidade. O amor continua lá, só que o medo, às vezes, fala mais alto.
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