Por que o término de um relacionamento é tão difícil para pessoas com Transtorno de Personalidade Bo
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Por que o término de um relacionamento é tão difícil para pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) ?
Para quem tem Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), o fim de um relacionamento pode ser sentido como mais uma vez sendo abandonado(a), sem valor, etc. e isso gera muito sofrimento.
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O término de um relacionamento, para quem vive com o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), não é apenas o fim de um vínculo é vivido como uma ruptura interna, uma perda de identidade e, muitas vezes, uma sensação real de desintegração emocional.
Enquanto para a maioria das pessoas o rompimento é uma experiência dolorosa, mas compreendida como parte da vida, para o borderline ele toca diretamente na ferida mais antiga e mais sensível do seu psiquismo: o medo do abandono.
Desde muito cedo, pessoas com essa estrutura de personalidade experimentaram relações marcadas pela instabilidade afetiva, pelo amor que vinha e sumia, pelo cuidado que, às vezes, feria, e pela ausência de uma base segura. Assim, criaram um modo de amar em que o outro se torna não apenas alguém querido, mas a âncora da própria existência.
Quando o relacionamento termina, o borderline não sente apenas saudade sente vazio, pânico e perda de sentido. É como se o chão emocional desaparecesse. A pessoa amada deixa de ser apenas o parceiro, e volta a ocupar o lugar simbólico daquele que um dia representou segurança, afeto e pertencimento. Por isso, o término pode despertar reações muito intensas: desespero, raiva, tentativas de reaproximação ou, em alguns casos, isolamento total.
Do ponto de vista psicanalítico, o que o borderline vive no término é o reencontro com o desamparo primordial aquele vivido na infância, quando ainda não havia recursos para lidar com a ausência. Cada despedida revive essa dor inicial. Por isso, o sofrimento parece desproporcional, e a pessoa sente que “nunca vai se recuperar”.
Mas há algo importante: é possível reconstruir-se.
O tratamento psicanalítico ajuda a pessoa borderline a compreender esse padrão, a reconhecer que o amor do outro não define a sua existência, e a desenvolver um senso mais estável de si um “eu” capaz de permanecer inteiro mesmo quando o outro vai embora.
Com o tempo e o acompanhamento certo, o que antes era vivido como desespero começa a se transformar em maturidade emocional. A dor do abandono não desaparece de um dia para o outro, mas se torna compreensível, simbólica e, por isso, suportável.
Se você viveu ou está vivendo um término que parece impossível de superar, eu quero que saiba: isso não é fraqueza, é dor legítima. E há caminhos para ressignificar tudo isso.
Na terapia, você pode aprender a transformar essa perda em um reencontro não com o outro, mas consigo mesmo.
O término dói tanto porque, no fundo, o borderline não perde apenas quem ama perde, por um instante, o espelho onde se reconhecia.
Mas é no processo terapêutico que ele descobre algo ainda mais valioso: que pode existir mesmo sem esse reflexo.
Enquanto para a maioria das pessoas o rompimento é uma experiência dolorosa, mas compreendida como parte da vida, para o borderline ele toca diretamente na ferida mais antiga e mais sensível do seu psiquismo: o medo do abandono.
Desde muito cedo, pessoas com essa estrutura de personalidade experimentaram relações marcadas pela instabilidade afetiva, pelo amor que vinha e sumia, pelo cuidado que, às vezes, feria, e pela ausência de uma base segura. Assim, criaram um modo de amar em que o outro se torna não apenas alguém querido, mas a âncora da própria existência.
Quando o relacionamento termina, o borderline não sente apenas saudade sente vazio, pânico e perda de sentido. É como se o chão emocional desaparecesse. A pessoa amada deixa de ser apenas o parceiro, e volta a ocupar o lugar simbólico daquele que um dia representou segurança, afeto e pertencimento. Por isso, o término pode despertar reações muito intensas: desespero, raiva, tentativas de reaproximação ou, em alguns casos, isolamento total.
Do ponto de vista psicanalítico, o que o borderline vive no término é o reencontro com o desamparo primordial aquele vivido na infância, quando ainda não havia recursos para lidar com a ausência. Cada despedida revive essa dor inicial. Por isso, o sofrimento parece desproporcional, e a pessoa sente que “nunca vai se recuperar”.
Mas há algo importante: é possível reconstruir-se.
O tratamento psicanalítico ajuda a pessoa borderline a compreender esse padrão, a reconhecer que o amor do outro não define a sua existência, e a desenvolver um senso mais estável de si um “eu” capaz de permanecer inteiro mesmo quando o outro vai embora.
Com o tempo e o acompanhamento certo, o que antes era vivido como desespero começa a se transformar em maturidade emocional. A dor do abandono não desaparece de um dia para o outro, mas se torna compreensível, simbólica e, por isso, suportável.
Se você viveu ou está vivendo um término que parece impossível de superar, eu quero que saiba: isso não é fraqueza, é dor legítima. E há caminhos para ressignificar tudo isso.
Na terapia, você pode aprender a transformar essa perda em um reencontro não com o outro, mas consigo mesmo.
O término dói tanto porque, no fundo, o borderline não perde apenas quem ama perde, por um instante, o espelho onde se reconhecia.
Mas é no processo terapêutico que ele descobre algo ainda mais valioso: que pode existir mesmo sem esse reflexo.
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