Se um paciente apresenta um quadro de hipomania após um tempo de usar a lisdexanfetamina, pode-se di
3
respostas
Se um paciente apresenta um quadro de hipomania após um tempo de usar a lisdexanfetamina, pode-se dizer que ele é bipolar?
Olá! Sua pergunta é muito perspicaz e toca num ponto importante!
A lisdexamfetamina, embora útil para TDAH, pode sim precipitar quadros de hipomania, especialmente em pessoas com predisposição.
No entanto, um episódio de hipomania induzido por medicamento não significa automaticamente um diagnóstico de Transtorno Bipolar. Isso levanta uma bandeira vermelha e indica uma vulnerabilidade que precisa ser investigada a fundo.
É crucial uma avaliação completa com um psiquiatra para entender se há um Transtorno Bipolar subjacente ou apenas uma sensibilidade à medicação.
Sua saúde é nossa prioridade! Fico à disposição.
A lisdexamfetamina, embora útil para TDAH, pode sim precipitar quadros de hipomania, especialmente em pessoas com predisposição.
No entanto, um episódio de hipomania induzido por medicamento não significa automaticamente um diagnóstico de Transtorno Bipolar. Isso levanta uma bandeira vermelha e indica uma vulnerabilidade que precisa ser investigada a fundo.
É crucial uma avaliação completa com um psiquiatra para entender se há um Transtorno Bipolar subjacente ou apenas uma sensibilidade à medicação.
Sua saúde é nossa prioridade! Fico à disposição.
Tire todas as dúvidas durante a consulta online
Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.
Mostrar especialistas Como funciona?
como estamos falando de um estimulante, o quadro de hipomania pode ocorrer como efeito colateral, não necessariamente sendo diagnóstico de bipolaridade.Agende uma consulta para acompanhamento
Essa é uma excelente e complexa pergunta — e a resposta precisa considerar vários aspectos clínicos e diagnósticos.
Quando um paciente apresenta um episódio de hipomania (ou mania) após o uso de um psicoestimulante, como a lisdexanfetamina (Venvanse), isso não confirma automaticamente um diagnóstico de transtorno bipolar, mas levanta uma suspeita importante que precisa ser investigada com atenção.
O que a evidência científica mostra?
A lisdexanfetamina é um estimulante do sistema nervoso central, usada principalmente no tratamento do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Psicoestimulantes podem, em algumas pessoas, desencadear sintomas de mania ou hipomania, especialmente em pacientes que já têm vulnerabilidade ao transtorno bipolar — mesmo que ainda não diagnosticados.
Estudos clínicos e diretrizes (como as do American Psychiatric Association e do National Institute for Health and Care Excellence - NICE) reconhecem que:
Episódios maniformes induzidos por substâncias não são suficientes, por si só, para diagnosticar transtorno bipolar;
No entanto, podem ser o primeiro sinal clínico de uma predisposição ou quadro bipolar latente;
Se o episódio hipomaníaco persistir mesmo após a suspensão da substância, ou se houver episódios espontâneos prévios ou posteriores, o diagnóstico de transtorno bipolar torna-se mais provável.
O que diz o DSM-5?
De acordo com o DSM-5, para que o diagnóstico de transtorno bipolar seja confirmado, o episódio maníaco ou hipomaníaco não deve ser exclusivamente causado por uma substância (como medicamentos ou drogas).
Contudo, o DSM-5 também reconhece uma categoria diagnóstica chamada "Transtorno do Humor Induzido por Substância/Medicação", que se aplica quando os sintomas surgem diretamente após o uso de um fármaco — nesse caso, o diagnóstico primário é relacionado à substância, mas o risco de bipolaridade subjacente deve ser monitorado.
Em resumo:
Um episódio de hipomania após uso de lisdexanfetamina não basta para confirmar transtorno bipolar, mas deve ser levado a sério.
É um sinal de alerta clínico, especialmente se o paciente tem histórico pessoal ou familiar de transtorno bipolar.
O acompanhamento com psiquiatra é essencial para avaliar se há critérios diagnósticos para transtorno bipolar tipo I ou II ao longo do tempo.
Muitas vezes, a exposição ao estimulante revela um quadro bipolar que até então estava encoberto.
Quando um paciente apresenta um episódio de hipomania (ou mania) após o uso de um psicoestimulante, como a lisdexanfetamina (Venvanse), isso não confirma automaticamente um diagnóstico de transtorno bipolar, mas levanta uma suspeita importante que precisa ser investigada com atenção.
O que a evidência científica mostra?
A lisdexanfetamina é um estimulante do sistema nervoso central, usada principalmente no tratamento do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Psicoestimulantes podem, em algumas pessoas, desencadear sintomas de mania ou hipomania, especialmente em pacientes que já têm vulnerabilidade ao transtorno bipolar — mesmo que ainda não diagnosticados.
Estudos clínicos e diretrizes (como as do American Psychiatric Association e do National Institute for Health and Care Excellence - NICE) reconhecem que:
Episódios maniformes induzidos por substâncias não são suficientes, por si só, para diagnosticar transtorno bipolar;
No entanto, podem ser o primeiro sinal clínico de uma predisposição ou quadro bipolar latente;
Se o episódio hipomaníaco persistir mesmo após a suspensão da substância, ou se houver episódios espontâneos prévios ou posteriores, o diagnóstico de transtorno bipolar torna-se mais provável.
O que diz o DSM-5?
De acordo com o DSM-5, para que o diagnóstico de transtorno bipolar seja confirmado, o episódio maníaco ou hipomaníaco não deve ser exclusivamente causado por uma substância (como medicamentos ou drogas).
Contudo, o DSM-5 também reconhece uma categoria diagnóstica chamada "Transtorno do Humor Induzido por Substância/Medicação", que se aplica quando os sintomas surgem diretamente após o uso de um fármaco — nesse caso, o diagnóstico primário é relacionado à substância, mas o risco de bipolaridade subjacente deve ser monitorado.
Em resumo:
Um episódio de hipomania após uso de lisdexanfetamina não basta para confirmar transtorno bipolar, mas deve ser levado a sério.
É um sinal de alerta clínico, especialmente se o paciente tem histórico pessoal ou familiar de transtorno bipolar.
O acompanhamento com psiquiatra é essencial para avaliar se há critérios diagnósticos para transtorno bipolar tipo I ou II ao longo do tempo.
Muitas vezes, a exposição ao estimulante revela um quadro bipolar que até então estava encoberto.
Especialistas
Perguntas relacionadas
- Gostaria de saber mais sobre a bipolaridade E como que é uma pessoa que sofre de bipolaridade e estresse excessiva eu acho que o meu esposo tem esse problema de estresse generalizado porque ele ficou dois meses sem tomar paroxetina e mudou de personalidade de uma hora para outra um dia ele tá bem no…
- Criança 3 anos ,médica passou aripripazol 0,25 é normal ter agitação?Qual o tempo para se adaptar a medicação?
- É verdade que quem é diagnosticado com transtorno bipolar ou transtorno Esquizoafetivo não pode tomar antidepressivos?
- Bipolaridade com ausência de fase "maniaca" pode ocorrer? Se sim, como fazer o diagnostico diferencial?
- Olá! Qual a diferença entre os diagnósticos de transtorno bipolar tipo 2 e depressão bipolar?
- O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) afeta sua capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo?
- Meu marido está fazendo tratamento com lítio e razapina,mais agora e ficou mais calado que nunca está bem apático estou preocupada,ela não fala comigo. É normal?
- Olá. Desde a minha infância tinha a forte convicção que minha mãe sofre de algum transtorno de humor ou de personalidade. Sou casada com um bipolar tipo 1 e a semelhança comportamental é assustadora. Porém no caso da minha mãe a ciclagem do humor sempre foi muito rápida, chegando até mesmo a ser diária.…
- Olá. Tomo topiramato 50mg para compulsão alimentar e meu psiquiatra passou lamotrigina para regulação emocional por causa do TDAH. Há problema tomar os dois juntos? Obrigada.
- Um diagnóstico de Transtorno do espectro autista (TEA) pode ser, na verdade, Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) ?
Você quer enviar sua pergunta?
Nossos especialistas responderam a 970 perguntas sobre Transtorno bipolar
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.