Tenho depressão há anos desde a infãncia por traumas de violência sexual, tenho crises de ansiedade

12 respostas
Tenho depressão há anos desde a infãncia por traumas de violência sexual, tenho crises de ansiedade e insônia, e a genética não ajuda, pois minha mãe teve depressão
Só a psicoterapia poderia me curar ou vou ter mesmo que depender de medicação a vida toda?
So nao se atente a um fatalismo da genética e dos acontecimentos traumáticos em sua vida. Procure acompanhamento terapêutico e converse com seu psiquiatra. Um tratamento bem conduzido e com um engajamento de sua parte pode fazer com que os medicamentos deixem de ser um fardo pra você e , ao contrário, sejam parceiros na sua melhora.

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Em primeiro lugar, não se preocupe com a genética. A genética nos fornece apenas a semente da personalidade. E os problemas que uma semente encontra no caminho para se tornar adulta estão geralmente ligados às condições que ela teve enfrentar, não ao que ela já tinha em si mesma como semente.

Em segundo lugar, ansiedade e insônia são sintomas de um passado que ainda é presente e que você teme venha a se repetir no futuro. Nesse sentido, a medicação não vai atuar nas causas. Ela vai amenizar os sintomas, mas não vai fazer com que o passado que te persegue no presente se torne passado de vez. E a psicoterapia pode ter resultado desde que você entenda que ela é um auxílio, e que a cura não virá nem dela e nem do psicólogo. A psicoterapia depende muito do paciente. Ela ajuda a bem utilizar e a direcionar o desejo de cura que existe em você. Por isso, se esse desejo for débil ou se você colocar a ele muitas barreiras, a psicoterapia não surtirá efeito.
Tenho, como psicólogo, ajudado pessoas com histórias semelhantes à sua. Entendo que não tem de depender de medicação. Um (a) psicólogo (a) pode te ajudar!
No seu caso seria necessário fazer uma avaliação psicológica e psiquiátrica, e se verificar a necessidade de medicamento, fazer o acompanhamento periódico. O melhor tratamento é a combinação das duas terapias (no caso de precisar do remédio), ou seja, APENAS o remédio não traria benefícios tão bons quando em associação à psicoterapia. Com o apoio de bons profissionais, é possível verificar melhora dos sintomas, e não necessariamente você será dependente de remédios para toda a vida. Recomendo fortemente que busque psicólogos com experiência em atendimento a vítimas de violência.
Existem questões importantes a serem trabalhadas em psicoterapia. O auxílio medicamentoso é fundamental, desde que acompanhado com profissional adequado. Porém, o uso dos medicamentos associado com a prática da terapia é indicada. Pode sim existir uma revisão quanto ao uso dos medicamentos, tratada com o especialista e com o psicoterapeuta.
O abuso sexual pode gerar muitos traumas psicológicos/emocionais à vítima e é extremamente importante que a pessoa busque a ajuda de um psicoterapeuta para trabalhar traumas decorrentes da violência sexual, assim como alguns sentimentos negativos que podem surgir ao longo da vida.

Mais importante do que o diagnóstico de depressão e suas possíveis causas, é você fazer o acompanhamento periódico com especialistas que possam te dar um suporte e lhe indicar um tratamento adequado.

Diversas pesquisas demonstram que o uso de medicação associado à psicoterapia tem um resultado mais efetivo, mas é necessário que o psiquiatra avalie a necessidade de continuidade do uso de medicação para o tratamento da sua depressão e ansiedade.

Jamais deve-se interromper qualquer medicação sem antes passar por uma avaliação médica.

Boa sorte!
Um acompanhamento multidisciplinar pode ajudar bastante. Além da medicação, a terapia é essencial para sua melhora. É possível superar as experiências traumáticas. O mais indicado no seu caso seria um profissional na área da Psicanálise, que trabalha com o surgimento de sintomas associados a experiências vividas na infância ou no passado. Boa sorte!!!
Olá,

isso você mesmo conseguirá dizer com o tempo, fazendo o tratamento adequado utilizando a terapia em conjunto com a medicação, trabalhando essas questões que relatou, associada a mudança de comportamento e a sua força de vontade.
Quando se sentir preparada e forte o suficiente poderá dizer isso á seu médico, que planejará o desmame da medicação.

Att
O papo da medicação "para a vida toda" não tem fundo. Quem conhece o futuro? O ser humano é dinámico, muda toda hora. A recomendação da psicoterapia ou psicanálise pronunciada por colegas em cima, a apóio plenamente.

Também não tem fundo a idéia da causa genética da depressão. Os poucos estudos de gêmeos feitos para prová-la são furados. Quase que não existem casais de gêmeos que foram separados logo do nascimento, além do mais, deixam de lado tudo que acontece no decorrer da gravidez da mãe. Não se sabe nada no nível molecular.

Se a sua mãe teve depressão, é um indicador que ela tenha passado para você as ansiedades dela, ou seja, encarregado a você um peso que uma criança pequena não sonsegue carregar. Isto já é uma explicação do seu mau-estar presente, se faltasse, pois o abuso sexual é outra, totalmente convincente.

Recomendo procurar não mais esconder estas experiências de você mesma, mas procurar lembrá-las e pô-las no lugar certo da sua memória, tirá-lhes o poder negativo.
Ansiedade e Depressão andam sempre de mãos dadas. Na psicoterapia trabalhamos ambas, desdes as crises que desencadeiam a ansiedade, as variações de humor. Na Terapia Cognitivo Comportamental ensinamos o paciente a ser o seu próprio terapeuta, ou seja, ele consegue monitorar e identificar as situações gatilhos resultantes das crises.
A medicação junto com o processo psicoterápico não se quer dizer que seja para sempre. A medicação sem terapia não tem grande resultado.
Procure um psiquiatra e um terapeuta para que ambos possam te ajudar.
A psicoterapia irá ajudar no processo pois atua no psiquismo, na ressignificação de traumas. Sobre um psicoterapia psicanalítica tem o potencial de eliminá-las, a partir da elaboração dos conflitos psíquicos inconscientes.
Creio que vale a pena pensar um pouco o que seria uma cura quando nos reportamos à vida psíquica. De um ponto de vista psicanalítico, penso que estar curado de um trauma implica um atravessamento do mesmo. Isso significa que não se trata de um esquecimento do que aconteceu, mas da construção de um novo modo de lidar com isso e consequentemente consigo mesmo e com as outras pessoas. Esse processo requer o desejo de enfrentar questões delicadas, dolorosas de frente porque por mais que se tente ignorá-las ou escondê-las de um jeito ou de outro elas encontram um meio de vir à tona. Frente a isso o que você entende como cura? Os remédios curam (especificamente no caso que apresenta)? Ou eles permitem uma estabilidade? Não é porque a sua mãe teve depressão que você está fadada a passar pelas mesmas situações que ela. A psicanálise é um convite a cada um para que se responsabilize por sua vida e assuma o desafio de viver mais autonomamente e de um modo mais condizente com o próprio desejo.

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