Uma pessoa que sofreu um AVCI e permanece com a artéria obstruida após 4 meses do ocorrido, tem que
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Uma pessoa que sofreu um AVCI e permanece com a artéria obstruida após 4 meses do ocorrido, tem que passar por algum procedimento para a desobstrução ou não?
Dr. Sergio Akira Horita
Médico acupunturista, Especialista em medicina física e reabilitação, Médico do esporte
São Paulo
Olá! A necessidade de um intervenção nas artérias depende de uma série de fatores, como grau de obstrução, condição clínica, entre outros. Dessa forma, é importante que a definição da necessidade desta intervenção seja avaliada pelo médico que o acompanha e a opinião do paciente, pesando os seus benefícios e riscos.
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Além do citado pelo colega, a resposta a sua pergunta depende de qual artéria esta obstruída e se essa obstrução é parcial ou completa. Ou seja, apenas uma avaliação individualizada pode te responder com mais certeza.
Essa é uma dúvida muito comum e faz todo sentido. Em alguns casos, mesmo com a artéria obstruída, o próprio corpo consegue se adaptar formando novos caminhos para o sangue circular, o que chamamos de circulação colateral. Isso significa que nem toda obstrução precisa ser desfeita. A necessidade de algum procedimento vai depender do local da obstrução, dos sintomas atuais e dos achados de exames mais detalhados. Por isso, é essencial manter o acompanhamento com um neurologista, que vai avaliar tudo com calma e decidir junto com você o melhor caminho
Uma artéria obstruída após um AVC isquêmico nem sempre precisa ser desobstruída. Isso depende de vários fatores clínicos, como o local da obstrução, a gravidade do AVC, se há sintomas recorrentes, se há boa circulação colateral (vasos alternativos que o corpo forma para compensar), e se o paciente está estável. Em muitos casos, o corpo se adapta e a conduta é não intervir diretamente na artéria, apenas manter tratamento clínico rigoroso com antiplaquetários, controle da pressão arterial, colesterol, diabetes e estilo de vida saudável.
Mas é essencial deixar claro: cada caso é um caso. Não é possível avaliar com segurança se a artéria precisa ou não de procedimento apenas com base na informação de que ela está "entupida". O ideal é que a pessoa siga em acompanhamento regular com um neurologista ou especialista em doenças cerebrovasculares, que poderá solicitar exames de imagem como doppler de carótidas, angiotomografia ou ressonância magnética, conforme necessário. Só assim será possível tomar decisões individualizadas e seguras. A internet ajuda a orientar, mas o diagnóstico e as condutas precisam ser feitos de forma presencial.
Mas é essencial deixar claro: cada caso é um caso. Não é possível avaliar com segurança se a artéria precisa ou não de procedimento apenas com base na informação de que ela está "entupida". O ideal é que a pessoa siga em acompanhamento regular com um neurologista ou especialista em doenças cerebrovasculares, que poderá solicitar exames de imagem como doppler de carótidas, angiotomografia ou ressonância magnética, conforme necessário. Só assim será possível tomar decisões individualizadas e seguras. A internet ajuda a orientar, mas o diagnóstico e as condutas precisam ser feitos de forma presencial.
Após um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), é possível que uma artéria cerebral permaneça obstruída mesmo meses depois do evento. Isso ocorre porque o coágulo que causou o AVC pode ter se transformado em uma lesão cicatricial estável, aderida à parede do vaso, o que impede o fluxo sanguíneo naquela região específica. Nesses casos, a conduta médica depende essencialmente de dois fatores: o grau da obstrução e a formação de circulação colateral (vasos que compensam o fluxo bloqueado).
Quando a oclusão está organizada e estável, e o paciente não apresenta novos sintomas neurológicos, normalmente não é indicado nenhum procedimento para desobstrução. Isso porque, após algumas semanas, o coágulo tende a se fixar na parede arterial e não há mais benefício em tentar removê-lo, já que a tentativa de recanalização tardia pode ser arriscada e provocar novos eventos isquêmicos ou hemorrágicos. Nesse estágio, o foco do tratamento é evitar a formação de novos coágulos e controlar os fatores de risco vascular, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo e arritmias cardíacas.
Os procedimentos de trombólise medicamentosa (uso de medicamentos para dissolver o coágulo) ou trombectomia mecânica (remoção por cateter) são eficazes apenas nas primeiras horas após o AVC, geralmente até 4,5 horas no caso da trombólise e até 6 a 24 horas para a trombectomia, dependendo do caso e da área cerebral afetada. Passado esse período, a área do cérebro que foi lesada já passou por necrose e reorganização tecidual, tornando o procedimento inútil e potencialmente perigoso.
Por outro lado, se o paciente ainda apresenta novos sintomas de isquemia cerebral, como fraqueza, fala arrastada, perda visual, tontura ou desequilíbrio, o neurologista pode solicitar exames de imagem, como angiorressonância ou angiotomografia, para verificar se há reestenose (estreitamento progressivo) ou formação de novos trombos. Nesses casos, pode ser avaliada a necessidade de intervenções vasculares específicas, como angioplastia com stent em artérias carótidas ou vertebrais, sempre de acordo com o perfil clínico e o local da obstrução.
Em resumo, na maioria dos casos, não é necessário realizar nenhum procedimento de desobstrução após 4 meses de um AVCI, desde que o paciente esteja clinicamente estável e sob acompanhamento médico regular. O tratamento deve se concentrar na prevenção de novos eventos, no uso contínuo de medicações antiplaquetárias ou anticoagulantes, e na reabilitação neurológica para recuperar as funções afetadas.
Esta explicação tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. É fundamental manter o acompanhamento com o neurologista vascular, que avaliará periodicamente a circulação cerebral e ajustará o tratamento conforme a evolução.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
Quando a oclusão está organizada e estável, e o paciente não apresenta novos sintomas neurológicos, normalmente não é indicado nenhum procedimento para desobstrução. Isso porque, após algumas semanas, o coágulo tende a se fixar na parede arterial e não há mais benefício em tentar removê-lo, já que a tentativa de recanalização tardia pode ser arriscada e provocar novos eventos isquêmicos ou hemorrágicos. Nesse estágio, o foco do tratamento é evitar a formação de novos coágulos e controlar os fatores de risco vascular, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo e arritmias cardíacas.
Os procedimentos de trombólise medicamentosa (uso de medicamentos para dissolver o coágulo) ou trombectomia mecânica (remoção por cateter) são eficazes apenas nas primeiras horas após o AVC, geralmente até 4,5 horas no caso da trombólise e até 6 a 24 horas para a trombectomia, dependendo do caso e da área cerebral afetada. Passado esse período, a área do cérebro que foi lesada já passou por necrose e reorganização tecidual, tornando o procedimento inútil e potencialmente perigoso.
Por outro lado, se o paciente ainda apresenta novos sintomas de isquemia cerebral, como fraqueza, fala arrastada, perda visual, tontura ou desequilíbrio, o neurologista pode solicitar exames de imagem, como angiorressonância ou angiotomografia, para verificar se há reestenose (estreitamento progressivo) ou formação de novos trombos. Nesses casos, pode ser avaliada a necessidade de intervenções vasculares específicas, como angioplastia com stent em artérias carótidas ou vertebrais, sempre de acordo com o perfil clínico e o local da obstrução.
Em resumo, na maioria dos casos, não é necessário realizar nenhum procedimento de desobstrução após 4 meses de um AVCI, desde que o paciente esteja clinicamente estável e sob acompanhamento médico regular. O tratamento deve se concentrar na prevenção de novos eventos, no uso contínuo de medicações antiplaquetárias ou anticoagulantes, e na reabilitação neurológica para recuperar as funções afetadas.
Esta explicação tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. É fundamental manter o acompanhamento com o neurologista vascular, que avaliará periodicamente a circulação cerebral e ajustará o tratamento conforme a evolução.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
Quando uma pessoa sofre um AVC isquêmico (AVCI) e, após alguns meses, ainda apresenta uma artéria cerebral obstruída, a conduta depende de três fatores principais: o tipo e o tamanho da artéria afetada, a circulação colateral (fluxo sanguíneo compensatório) e a presença ou não de novos sintomas neurológicos. Em muitos casos, a artéria obstruída não precisa ser desobstruída, pois o cérebro desenvolve vasos colaterais que passam a suprir a região afetada — o que permite estabilidade clínica sem necessidade de cirurgia. No entanto, em outros casos, pode haver risco de novos eventos isquêmicos se a obstrução causar redução significativa do fluxo. A avaliação deve incluir angiotomografia ou angiorressonância cerebral e cervical, para verificar se o bloqueio é total ou parcial, e se há placas ateroscleróticas instáveis. Quando o problema está em uma artéria do pescoço (como a carótida interna), e a obstrução for acima de 70%, o neurologista vascular pode indicar endarterectomia carotídea (remoção da placa) ou angioplastia com stent. Já se a oclusão for intracraniana total e estável, o tratamento costuma ser clínico, com uso de antiplaquetários (aspirina, clopidogrel), estatinas, controle rigoroso da pressão, glicemia e colesterol, além de mudanças no estilo de vida. Em resumo: nem toda artéria obstruída após um AVCI precisa ser aberta novamente. O que define a conduta é a repercussão clínica e o risco de recorrência. A decisão deve ser feita por um neurologista vascular, com base em exames de imagem atualizados e acompanhamento periódico. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, prevenção de AVC, saúde cerebral e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental | CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728
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