Vou direto ao ponto. Sou viciado em masturbação desde de meus 11 anos de idade. Hoje tenho 29 anos,

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Vou direto ao ponto. Sou viciado em masturbação desde de meus 11 anos de idade. Hoje tenho 29 anos, e durante toda a minha trajetória fui consumindo diferentes tipos de pornografia. Toda vez que enjoava de um gênero, ia para outro. Já consumi praticamente tudo que a legalidade permite. O problema é que agora estou consumindo pornografia amadora, algo que não existe controle. Posso estar vendo um casal liberal que quis postar o vídeo ou posso estar vendo algo postado sem o consentimento da pessoa. Queria saber como parar ou pelo menos me policiar ao tipo de conteúdo que consumo. Já fui a um psicólogo, mas parei por questões financeiras (desempregado). Já participei do NoFap e consegui ficar 4 meses sem me masturbar, mas depois voltei com muito mais intensidade. Sei que a masturbação não é o problema, e sim a dessensibilizarão que meu cérebro cria ao se acostumar com algo novo. E aí, tem solução?
 Paulo Cesar Francetto
Psicólogo, Psicanalista
Santo André
O x do problema da masturbação é quando ela sai do controle. Nestes casos é difícil você se satisfazer em uma relação com outras pessoas e passa a só se satisfazer sozinho. O consumo de pornografia passa a ser uma compulsão. Se transforma em vício, uma adicção como outras ( como drogas , álcool, jogos, por exemplo). Tão prejudicial quanto. Para sair dessa primeiro você tem que admitir o vício e de que é impotente diante dele. Que precisa de ajuda para parar. Me parece que você já tem certa consciência disso pelo que escreveu. Terapia funciona bem e grupos de ajuda também. O importante aí é a disciplina. Você precisa estar disposto a seguir os passos propostos. Não desanime, se recair recomece no outro dia, mas não desista.

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 Dirce T Staudt Mocelin
Psicólogo
Tapera
Sinto muito pelo que está passando e obrigada por sua honestidade e coragem ao compartilhar algo tão íntimo. O que você descreve ocorre com muitas pessoas, principalmente homens.
Você já entendeu algo muito importante: o problema não está apenas na masturbação em si, mas no padrão de busca constante por estímulos cada vez mais intensos, que vai dessensibilizando o cérebro e afetando sua percepção, prazer e até valores. Essa escalada é comum em processos de compulsão e está muito ligada ao sistema de recompensa do cérebro.
O que você está vivendo é possível encontrar saídas, mas não tem uma solução rápida nem mágica. Envolve reaprender a regular o prazer, retomar o controle sobre seus impulsos e construir novas formas de lidar com emoções, tédio, frustrações ou ansiedade.
O ideal que você busque um profissional que trabalha pela TCC, Terapia Cognitivo Comportametal, mas se nesse momento está difícil, veja algumas alternativas que você pode buscar sozinho:
1. Continue comando consciência dos teus atos. como você já está fazendo, continue observando seus padrões. Anote quando, como e por que vem a vontade: o que estava sentindo antes, o que pensou, o que evitou sentir.
2. Tente reduzir gradualmente esse comportamento: não precisa cortar totalmente de uma vez (a não ser que perceba que isso ajuda). Foque mais em entender o contexto do comportamento do que em eliminá-lo à força.
3. Evite o conteúdo sem consentimento da pessoa: isso é essencial, tanto por uma questão ética quanto para não reforçar um consumo que vá contra seus próprios valores.
4. Procure construir uma rotina e ter prazerem fora da pornografia. Pense naquilo que gosta de fazer e dedique-se mais a isso. Tente investir energia em projetos, cursos gratuitos, caminhadas, algo que traga senso de avanço. Evite o ócio. Procure estar em contato com pessoas.
5. Esse trabalho sozinho é mais difícil por isso considere terapia com valor social: algumas universidades oferecem atendimento psicológico sem custo. Grupos de ajuda mútua também podem ser bons espaços (mesmo online).
Desejo que fique bem.
Sim. Tem solução! Lamento ter tido que interromper a psicoterapia, pois além de entender os motivos por detrás deste comportamento, certamente ela te ajudaria a lidar com estas questões. A compulsão e obsessão presente neste tipo de comportamento é muito intensa, pois é uma forma de alcançar dopamina de maneira imediata. Penso que o melhor caminho seria reunir todos os esforços possíveis para evitar a masturbação, para depois abordar as outras questões envolvidas. Recomendo voltar no NoFap, já que apresentou bons resultados.
Boa noite,
O seu relato descreve: inicio precoce da masturbação, evolução para o consumo compulsivo de pornografias, perda de controle e consumo de conteúdos não consensuais, tentativas de abstinência, barreiras financeiras:
Esse seu relato pode indicar: comportamento compulsivo por sexo e pornografia., dessensibilização neural= seu cérebro esta buscando cada vez mais estímulos mais fortes, preocupação com a ética e moral= gera culpa e sofrem==mento. Possível ligação com traumas, ansiedade, depressão, baixa autoestimas ou solidão.
Você pode procurar por grupos de apoios EX: SAA- gratuito e com base em apoio mutuo, CAPS, faculdades de psicologia.
Abraços.
Dra. Julia Mioto
Psicólogo, Psicopedagogo
São Paulo
Agradeço por compartilhar sua vivência com tanta franqueza. O que você descreve é mais comum do que parece, e sua consciência sobre os efeitos da dessensibilização no cérebro demonstra um olhar atento e honesto sobre o que está vivendo.

É importante lembrar que todo excesso, muitas vezes, revela uma falta. Quando um comportamento se torna repetitivo ou compulsivo, como o consumo de pornografia, geralmente está tentando preencher algo mais profundo — regular emoções, aliviar tensões internas ou até mesmo ocupar um espaço de vazio afetivo ou existencial.

Na perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental, compreendemos esse padrão como uma estratégia disfuncional de enfrentamento. Já a neurociência nos mostra como o circuito de recompensa e a liberação de dopamina reforçam o comportamento, criando tolerância e levando à busca por estímulos cada vez mais intensos — mesmo quando eles entram em conflito com os próprios valores.

Por isso, buscar a extinção do comportamento sem entender a função que ele cumpre tende a ser muito mais desafiador. É como tentar apagar um sintoma sem investigar sua causa. O processo terapêutico é insubstituível justamente por oferecer um espaço seguro para compreender o que esse comportamento representa, qual dor ele tenta silenciar e quais recursos emocionais podem ser desenvolvidos para substituí-lo com mais autonomia e consciência.

Mesmo diante de limitações financeiras, há caminhos possíveis com atendimentos acessíveis. Buscar ajuda é necessário, as vezes cansativo mas, precisa persistir.
Essa situação pode ter solução, mas é fundamental entender que ela envolve um processo contínuo. O que você está descrevendo é uma questão complexa de hábito e vício, e para lidar com isso de maneira eficaz, é importante seguir com um tratamento contínuo, que pode incluir acompanhamento psicológico e estratégias para ajudar a controlar e redirecionar esses impulsos. O que você experimenta com a dessensibilização é algo comum em casos de vícios, e o apoio profissional é essencial para explorar a fundo essas questões e ajudar no controle de comportamentos que você percebe como prejudiciais. Ter o suporte de um psicólogo pode ser fundamental nesse processo, pois o tratamento contínuo e a compreensão dos gatilhos emocionais e comportamentais relacionados ao consumo de pornografia são parte importante da recuperação. Isso envolve trabalhar com o fortalecimento da capacidade de autocontrole e também com a criação de estratégias saudáveis para lidar com o estresse, a ansiedade ou as necessidades emocionais que o levam a esse comportamento. A recaída pode acontecer, mas o importante é não desistir do processo e, se possível, buscar apoio psicológico novamente para lidar com os desafios e dificuldades ao longo do caminho.
Esse vício, como outros também, podem ter origem em necessidades emocionais. Algumas situações passadas principalmente na primeira infância e adolescência podem ser geradoras de compulsões. Um psicólogo pode te ajudar nesse aspecto.
Obrigado por confiar e abrir isso aqui com tanta clareza. É um tema delicado e muito íntimo, e poder falar sobre ele com esse nível de honestidade já mostra que você está buscando entender a si mesmo de um jeito muito sério.

O que você descreve — esse ciclo de aumento progressivo na busca por estímulos mais intensos, a dificuldade em parar mesmo após períodos de abstinência, o desconforto ético com o tipo de conteúdo — tudo isso aponta não apenas para um comportamento que te gera sofrimento, mas também para uma relação com a sexualidade que talvez esteja pedindo um novo olhar.

Você já tocou num ponto importante: o problema não está na masturbação em si, mas na forma como ela tem ocupado um espaço compulsivo, na forma como o conteúdo consumido vai se tornando mais extremo, mais arriscado, menos conectado com um desejo genuíno e mais com uma necessidade urgente de sentir algo. A pornografia, nesses casos, muitas vezes funciona como um anestésico rápido — mas que cobra caro depois.

E sim, há saída. Mas talvez essa saída não esteja em suprimir o impulso a qualquer custo ou tentar se manter numa meta rígida como o NoFap, mas em compreender mais profundamente o que tem sido buscado nessas imagens, nesses vídeos. O que você sente antes de ir procurar? O que está tentando silenciar ou escapar? Em que momentos do dia isso acontece mais?

Essa relação com o conteúdo pode estar carregando coisas maiores: solidão, vergonha, ansiedade, um vazio difícil de nomear. E talvez você não precise lutar contra tudo isso sozinho, nem com metas perfeccionistas, mas com um espaço de escuta constante, como a terapia pode oferecer.

Você mencionou a dificuldade financeira e o desemprego — questões muito concretas e compreensíveis. Será que há formas de buscar apoio gratuito ou a preços acessíveis onde você mora? Também existem grupos de apoio presenciais ou online, projetos de extensão universitária com psicólogos em formação, comunidades onde esse tema é tratado com menos culpa e mais humanidade.

Olá,

- Tem solução sim, um trabalho efetivo e com resultados significativos leva de 3 a 5 anos, inclusive com participação no NoFap mesmo. Recaídas são comuns, mas é importante ter uma rede de apoio que te ajude nesses momentos de recaída.
Qualquer dúvida estamos aqui
Abraços
Dr. Amiris Costa
Psicólogo
Rio de Janeiro
Entendo perfeitamente a sua preocupação e a sua busca por uma solução. A sua percepção de que a dessensibilização causada pela variedade de conteúdo pornográfico é central para a questão faz muito sentido.

Sim, definitivamente existe solução, e o fato de você já ter tido sucesso com o NoFap, mesmo que temporariamente, mostra que você tem a capacidade de mudar esse padrão.

Alguns exercícios que podem te ajudar nesse processo;
Monitore seus impulsos: Comece a prestar atenção aos momentos em que a vontade de consumir pornografia amadora surge. Anote o que você estava fazendo, sentindo e pensando imediatamente antes. Identificar esses gatilhos (estresse, tédio, solidão, ansiedade, etc.) é o primeiro passo para evitá-los ou lidar com eles de forma mais saudável.
Reconheça os sinais precoces: Muitas vezes, antes de ir diretamente para o conteúdo, existem pequenos sinais, como pensamentos intrusivos ou uma inquietação. Aprenda a reconhecê-los para intervir antes que a compulsão se intensifique.

Trabalho na abordagem Cognitivo comportamental (TCC), obtendo bons resultados durante o passar dos anos com pacientes com esse tipo de problema. Qualquer coisa continuo à disposição.
O que você está enfrentando é um padrão de comportamento complexo, onde a busca por estímulos cada vez mais intensos se torna um ciclo difícil de quebrar. Reconhecer o impacto disso em sua vida é um passo importante. A chave para lidar com isso é estabelecer limites conscientes, substituindo gradualmente esse comportamento por atividades mais saudáveis, que tragam satisfação sem a dessensibilização. A terapia pode ser um espaço crucial para explorar as raízes desse comportamento. Lembre-se de que o processo é gradual e exige paciência consigo mesmo.




 Henrique José Almeida
Psicólogo
Belo Horizonte
Esse tipo de reflexão é difícil, e você demonstrou consciência profunda sobre os padrões que vem enfrentando. O que você descreve é algo que muitas pessoas vivenciam, mas que nem sempre conseguem nomear: um ciclo de uso compulsivo de pornografia, com aumento progressivo de estímulos e uma sensação de perda de controle — especialmente quando entra o medo de estar cruzando limites éticos, como o consumo de conteúdos potencialmente não consentidos.

Você já percebeu algo essencial: o problema não é a masturbação em si, mas a forma como ela tem sido usada — como uma espécie de “fuga” ou autorregulação que, com o tempo, perdeu a espontaneidade e passou a ser algo quase automático, e até angustiante.

Sobre a dessensibilização que você mencionou, sim, ela é real. O cérebro, especialmente em situações de prazer imediato e estímulo constante, vai criando uma tolerância. É como se você precisasse de cada vez mais estímulo para atingir o mesmo nível de excitação ou alívio emocional. Isso está muito ligado ao sistema de recompensa e dopamina — que é o mesmo mecanismo envolvido em outros tipos de dependência.

E tem solução? Sim, há formas de lidar com isso, buscar acompanhamento de um psicólogo clinico pode te auxiliar no processo individual .
Olá! Você mesmo usou o termo "viciado" em masturbação. Tudo que é excessivo pode se tornar um problema. Recomendo que você procure por atendimento psicológico. Se existir dificuldade financeira procure por um serviço gratuito.
 Nilzelly Martins
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá,

Antes de qualquer coisa, quero te agradecer por confiar a alguém esse relato tão íntimo. Não é fácil falar sobre isso. Quando você diz que vai “direto ao ponto”, eu escuto uma urgência, algo que vem pesando há muito tempo e que já não cabe mais só em você.

Você fala de um hábito que começou muito cedo, lá pelos 11 anos, e que foi se transformando com o passar dos anos. Aos poucos, aquilo que talvez no início trouxesse alívio ou prazer passou a virar uma busca constante por algo novo, mais intenso, mais diferente. E agora, você se vê preso numa repetição da qual já não consegue sair, mesmo sabendo que ela te faz mal. Esse é o ponto onde muita gente se pergunta: “Por que eu continuo fazendo algo que não quero mais fazer?”

Acontece que nem tudo na vida se resolve com força de vontade. Às vezes, o que nos prende não está tão visível. Tem algo ali por trás da repetição, que a gente ainda não entendeu, mas que insiste em voltar. E é aí que entra a terapia.

A psicanálise é um tipo de escuta profunda. É um espaço onde você pode falar sem medo, sem ser julgado. E, principalmente, um espaço onde você vai começar a entender o que está por trás de certas escolhas, de certos comportamentos. Às vezes, a gente repete algo não porque quer, mas porque não encontrou outro jeito de lidar com uma dor, com uma falta, com algo que nos escapa.

Você mesmo diz que a masturbação em si não é o problema e tem razão. A questão está na maneira como ela passou a dominar sua vida, como se fosse a única saída para aliviar algo que você nem sempre consegue nomear. Esse é um sinal de que algo dentro de você precisa ser escutado.

Você também fala sobre não ter conseguido continuar a terapia por falta de recursos. Isso é real e acontece com muitas pessoas. Mas saiba que existem clínicas-escola, serviços públicos, espaços com atendimentos sociais que podem te acolher nesse momento.

Sim, há um caminho. Ele começa quando você escolhe não carregar tudo isso sozinho. Quando você decide escutar com mais profundidade o que está tentando dizer por trás dessa angústia.

Se quiser, podemos conversar sobre como começar. Você não precisa se resolver antes de procurar ajuda. É justamente na escuta com o outro que a transformação começa a se construir.
 Fernanda Maria Oliveira da Costa
Psicólogo
Belo Horizonte
Sim, tem solução. Mas a pergunta mais importante agora é: você está disposto a encarar esse processo com seriedade e constância?

O que você descreve não é incomum e pode ser tratado, sim, com psicoterapia. Não se trata só de parar um comportamento, mas de compreender o que está por trás dele, ressignificar padrões e fortalecer sua autonomia emocional.

Se estiver realmente pronto para isso, posso te ajudar.
 Cirano Araújo
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Olá, como você tem passado? Sua fala é muito corajosa e precisa ser acolhida com todo o respeito.
O que você descreve toca diretamente em uma dinâmica que a psicanálise reconhece muito bem: a busca incessante de novas fontes de excitação, que se esgota rapidamente e empurra o sujeito para uma repetição cada vez mais intensa, sem que isso traga verdadeira satisfação. O consumo de pornografia e a compulsão masturbatória, nesse sentido, podem ser escutados como tentativas de lidar com angústias mais profundas, onde a imagem e o ato passam a ocupar um lugar de alívio provisório para algo que não se resolve apenas na descarga, mas que insiste como uma falta estrutural.
A dessensibilização que você percebe é real no nível neurológico, mas para a psicanálise, mais importante ainda é o que ela diz da história do sujeito, de seus traumas, de seus modos de lidar com a ausência, a solidão e o desejo. A solução, nesse sentido, não se constrói pelo esforço da força de vontade apenas, mas pela possibilidade de dar palavra ao que hoje se manifesta como sintoma repetitivo. A análise abre um espaço para que essas repetições possam ser escutadas, faladas e elaboradas com profundidade, não para que você se torne alguém "perfeito", mas para que encontre uma relação mais livre, menos aprisionada, com o seu desejo.
Mesmo diante das dificuldades financeiras, saiba que existem clínicas-escola de psicologia e psicanálise que oferecem atendimentos gratuitos ou a valores simbólicos, e que buscar esse espaço de escuta pode ser uma travessia muito transformadora.
Fico à disposição.
Dr. Guilherme Baldestilha
Psicólogo, Psicanalista
Piracicaba
Olá! Entendo que essa situação tem gerado muitas dificuldades e frustrações para você, e é muito importante buscar apoio para lidar com esse padrão de comportamento. O que você descreve é um processo de dessensibilização, que ocorre quando o cérebro se acostuma com estímulos cada vez mais fortes, o que pode criar um ciclo difícil de quebrar mas tem solução sim...

A psicoterapia fenomenológica existencial pode ser uma ferramenta útil para ajudar você a compreender profundamente os significados e as motivações por trás desse comportamento. Ao invés de apenas focar no vício, essa abordagem busca explorar como você percebe a sua vida e suas experiências, ajudando a identificar as razões subjacentes que o levam a buscar constantemente novos estímulos. Esse autoconhecimento é um passo crucial para promover mudanças duradouras. No caso do vício pornografia e masturbação pode existir muitas questões que envolvem este tema, por exemplo a busca incessante do prazer, dificuldade de lidar com uma realidade específica que traga muito desprazer psíquico, hipersexualização entre outros...

Embora a masturbação em si não seja o problema, o consumo de pornografia e a compulsão em torno disso podem afetar sua vivência de forma mais ampla. Eu estou à disposição para ajudar no processo de autoconhecimento e apoio contínuo, trabalhando de maneira profissional e acolhedora, respeitando o seu ritmo.

Caso queira, podemos agendar uma conversa para que eu possa explicar como a psicoterapia pode auxiliar nesse processo. Fico à disposição para ajudar!
 Erick Meireles Elmiro
Psicólogo
Brasília
Entendo que o comportamento que você descreve tem sido uma luta constante ao longo dos anos, e o fato de você estar buscando maneiras de controlar isso é um passo importante. O vício em pornografia, especialmente quando se trata de conteúdos variados e em busca de mais estímulos, pode levar à dessensibilização e ao aumento da compulsão, como você mencionou. A solução para isso não é simples, mas é possível. Um primeiro passo importante é reconhecer os gatilhos que fazem com que você recorra à pornografia e à masturbação como forma de aliviar emoções ou preencher vazios. A partir daí, você pode buscar alternativas saudáveis para lidar com esses impulsos, como atividades físicas, hobbies ou até técnicas de relaxamento. Além disso, restringir o acesso a esses conteúdos, utilizando bloqueadores de sites ou criando regras pessoais para evitar situações de tentação, pode ajudar a ter mais controle sobre o comportamento. A autocompaixão também é essencial durante o processo, pois recaídas podem acontecer, mas não devem ser vistas como um fracasso, e sim como parte da jornada. Manter um compromisso consigo mesmo de forma gradual e com paciência é crucial. Mesmo sem recursos para um psicólogo agora, procurar grupos de apoio gratuitos, como o NoFap, pode fornecer a motivação e a troca de experiências necessárias. O processo é longo, mas com a consciência de como esse comportamento está impactando sua vida e um esforço contínuo para implementar mudanças, você pode encontrar maneiras de recuperar o controle e melhorar sua qualidade de vida.
Dra. Tatiane Gutierrez
Psicólogo
Bragança Paulista
Entendo como essa situação pode ser desafiadora e agradeço por compartilhar sua história comigo. Pelo que você descreve, parece que há um padrão de uso compulsivo de pornografia que tem impactado sua vida, e isso é algo que muitas pessoas enfrentam.

Na abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), o foco seria ajudar você a identificar os gatilhos e pensamentos que levam ao consumo excessivo, além de desenvolver estratégias para controlar esses impulsos. Algumas dicas que podem ajudar incluem:

Estabelecer limites claros: Defina horários específicos para o uso de internet e evite acessos impulsivos.
Substituir o comportamento: Encontre atividades prazerosas e saudáveis para ocupar seu tempo, como exercícios físicos, hobbies ou estudos.
Reduzir estímulos: Use filtros ou bloqueadores de conteúdo na internet para dificultar o acesso a materiais que você quer evitar.
Apoio social: Mesmo que você não possa fazer terapia agora, conversar com amigos de confiança ou participar de grupos de apoio pode ajudar a manter o foco.
Autocompaixão: Entenda que mudanças levam tempo e que recaídas fazem parte do processo. Seja gentil consigo mesmo e não se culpe.
Lembre-se de que, mesmo com dificuldades financeiras, procurar ajuda profissional, como um psicólogo ou terapeuta, pode fazer uma grande diferença. Existem também recursos gratuitos ou de baixo custo, como grupos de apoio online ou linhas de ajuda.

Você já deu um passo importante ao reconhecer o problema e buscar soluções. Com paciência, estratégias adequadas e apoio, é possível melhorar sua relação com esse comportamento.
 Renata Santoro
Psicólogo, Psicanalista
Taubaté
Olá,

Sim, tem solução. Mas ela não é simples nem imediata — e não passa por cortar o comportamento à força, como se fosse só uma questão de disciplina ou força de vontade. O que você descreve é uma relação compulsiva com o sexo e com a imagem, que se estrutura ao longo de muitos anos como uma forma de lidar com emoções difíceis, solidão, vazio, ansiedade e muitas vezes também com uma dor psíquica mais profunda.

O seu relato é corajoso. Você está dizendo que não é só a masturbação em si, mas o tipo de conteúdo, a escalada, o risco de estar acessando material não consentido. Isso mostra que você está consciente, e que há um conflito ético, afetivo e psíquico dentro de você. E isso é o começo do caminho de transformação.

Do ponto de vista psicanalítico, o vício em pornografia pode ser visto como uma repetição que encobre algo não simbolizado. O excesso de imagem tenta preencher um buraco afetivo. E quanto mais se tenta preencher pela via do gozo imediato, menos se elabora o que de fato está por trás. A excitação constante pode funcionar como defesa contra a angústia de existir, contra a dor de não ser visto, amado ou reconhecido de forma genuína.

Você não precisa lutar contra o desejo, mas sim entender o que você busca de verdade ao recorrer tantas vezes a esse tipo de estímulo. O que falta? O que o seu corpo tenta resolver com isso? O que está sendo evitado? Perguntas como essas não se respondem com abstinência, mas com escuta.

Você já conseguiu ficar quatro meses sem pornografia. Isso mostra que há em você uma força de elaboração. Mas se a abstinência for só contenção sem elaboração, o retorno vem com mais força mesmo. O que você precisa talvez não seja parar de se masturbar, mas encontrar formas de construir uma relação mais íntima com você mesmo que não dependa da excitação extrema para existir.

Se está sem condições financeiras, há clínicas-escola, serviços de psicologia gratuitos ou de valor social, grupos de escuta e até terapeutas que atendem com valores simbólicos. Vale buscar. Você não está sozinho nisso — e não precisa carregar isso sozinho.

A sexualidade, mesmo quando ferida, pode ser reintegrada à vida de forma criativa, saudável e ética. Mas isso exige atravessar o que hoje está encoberto pelo automatismo da repetição. E você já começou esse movimento ao escrever tudo isso.

Espero ter ajudado!
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?
A forma direta e consciente como você trouxe sua experiência mostra que já existe dentro de você uma parte que observa o que está acontecendo com uma boa dose de lucidez — e isso, por mais difícil que tudo pareça, é um excelente ponto de partida.

O que você descreve tem uma explicação consistente na neurociência. Nosso cérebro é movido por um sistema de recompensa que envolve dopamina — um neurotransmissor associado à motivação e ao prazer. Quando você se expõe repetidamente a conteúdos novos e intensos, esse sistema começa a exigir estímulos cada vez mais variados para produzir o mesmo efeito. É como se o cérebro dissesse: “isso aqui já não me empolga mais, traga algo diferente”. A dessensibilização que você mencionou é real, e é justamente esse ciclo que alimenta comportamentos compulsivos — porque quanto mais se busca novidade, mais difícil se torna sentir prazer com o simples.

Mas o mais delicado da sua fala está na linha tênue entre fantasia e realidade. Quando você percebe que está consumindo conteúdos cuja origem ou consentimento são duvidosos, uma parte ética, talvez adormecida por um tempo, parece estar despertando. Isso não é só desconforto — é sinal de que seu senso de integridade está vivo e pedindo espaço. Já parou para se perguntar o que exatamente te prende nesse ciclo? É a excitação? A fuga? A descarga de tensão? Ou talvez algo mais sutil, como a tentativa de preencher um vazio emocional, de aliviar uma solidão, de controlar algo que parece incontrolável?

Dá para sair disso, sim. Mas não com força de vontade isolada — porque esse padrão não é sobre fraqueza moral, e sim sobre circuitos emocionais que se tornaram automáticos. O caminho passa por compreender o que a pornografia representa na sua vida. O que ela silencia? O que ela substitui? E o que ela impede que você sinta ou confronte?

Sei que a questão financeira é uma barreira importante, mas talvez valha explorar possibilidades como atendimentos com valores sociais, clínicas-escola ou serviços online com planos acessíveis. Existem formas de receber apoio ético e técnico mesmo em momentos difíceis.

Caso precise, estou à disposição.

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