Boa noite, minha sogra e minha mãe tem Alzheimer, porém minha mãe faz tratamento com o Memantina, e
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Boa noite, minha sogra e minha mãe tem Alzheimer, porém minha mãe faz tratamento com o Memantina, e minha sogra com Amtriptilina. Gostaria de saber se o Amtriptilina e indicado para pacientes com alta Alzheimer?
Aconselho ir atrás de um especialista, de preferência um Geriatra .
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Boa tarde. O uso de Memantina é indicado para pacientes com transtorno demencial tipo Doença de Alzheimer em estágio moderado / avançado e encontra subsídio cientifico na literatura médica. Já o uso de Amitriptilina é contra-indicado em pacientes com doença de Alzheimer. FORMALMENTE CONTRA-INDICADO. Sua sogra deverá ser avaliada por um Geriatra. Atenciosamente,
Está mais que correta a posiçao dos colegas. Amitriptilina é um antidepressivo que pode inclusive piorar a memória. Procure o geriatra. Um abraço.
Boa noite!
É muito importante e cuidadoso da sua parte buscar entender melhor os medicamentos que sua mãe e sua sogra estão usando.
A memantina, que sua mãe usa, é um remédio aprovado para tratar a Doença de Alzheimer em estágios moderados a avançados. Ele ajuda a proteger os neurônios de uma sobrecarga de estímulos, o que pode contribuir com a cognição e o comportamento.
Já a amitriptilina, que sua sogra está usando, não é indicada como tratamento para Alzheimer. Apesar de ser usada há muitos anos para tratar dor, insônia ou depressão, ela pertence a uma classe chamada antidepressivos tricíclicos, que pode ter efeitos negativos na cognição — especialmente em pessoas idosas ou com demência.
Isso acontece porque a amitriptilina tem um efeito chamado anticolinérgico, que pode interferir nos circuitos de memória e atenção no cérebro. Em pessoas com Alzheimer, que já têm uma redução importante da função colinérgica, o uso desse tipo de medicamento pode piorar os sintomas cognitivos, deixar a pessoa mais confusa, sonolenta ou até aumentar o risco de quedas.
Por isso, na maioria dos casos, evitamos esse tipo de medicação em pacientes com Alzheimer, e buscamos alternativas mais seguras.
Recomendo que o caso da sua sogra seja reavaliado por um médico, para que possamos entender por que ela está usando esse remédio e se há uma opção melhor para o perfil dela. Fico à disposição para ajudar nesse cuidado tão delicado e importante!
É muito importante e cuidadoso da sua parte buscar entender melhor os medicamentos que sua mãe e sua sogra estão usando.
A memantina, que sua mãe usa, é um remédio aprovado para tratar a Doença de Alzheimer em estágios moderados a avançados. Ele ajuda a proteger os neurônios de uma sobrecarga de estímulos, o que pode contribuir com a cognição e o comportamento.
Já a amitriptilina, que sua sogra está usando, não é indicada como tratamento para Alzheimer. Apesar de ser usada há muitos anos para tratar dor, insônia ou depressão, ela pertence a uma classe chamada antidepressivos tricíclicos, que pode ter efeitos negativos na cognição — especialmente em pessoas idosas ou com demência.
Isso acontece porque a amitriptilina tem um efeito chamado anticolinérgico, que pode interferir nos circuitos de memória e atenção no cérebro. Em pessoas com Alzheimer, que já têm uma redução importante da função colinérgica, o uso desse tipo de medicamento pode piorar os sintomas cognitivos, deixar a pessoa mais confusa, sonolenta ou até aumentar o risco de quedas.
Por isso, na maioria dos casos, evitamos esse tipo de medicação em pacientes com Alzheimer, e buscamos alternativas mais seguras.
Recomendo que o caso da sua sogra seja reavaliado por um médico, para que possamos entender por que ela está usando esse remédio e se há uma opção melhor para o perfil dela. Fico à disposição para ajudar nesse cuidado tão delicado e importante!
A amitriptilina é um remédio antidepressivo que, embora útil para algumas condições, não é indicada para idosos com doença de Alzheimer. Isso porque ela pode causar vários efeitos colaterais que pioram a situação dessas pessoas, como confusão mental, sonolência, dificuldade para urinar, prisão de ventre, boca seca, visão embaçada e maior risco de quedas.
Esses efeitos são especialmente perigosos para quem já tem demência — como no Alzheimer — porque podem aumentar a confusão, o risco de acidentes e complicações médicas.
Por isso, especialistas e diretrizes internacionais recomendam evitar o uso da amitriptilina em idosos, principalmente naqueles com comprometimento cognitivo, pois existem outras opções de tratamento mais seguras e eficazes.
Embora alguns estudos em animais tenham sugerido que a amitriptilina poderia ajudar em aspectos do Alzheimer, não há evidências clínicas confiáveis para recomendar seu uso em pacientes humanos com essa doença.
O tratamento da doença de Alzheimer (DA) envolve uma combinação de abordagens farmacológicas e não farmacológicas, com o objetivo de aliviar sintomas, retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
As opções medicamentosas tradicionais incluem os inibidores da colinesterase — como donepezila, rivastigmina e galantamina — indicados para fases leves a moderadas da doença, e o memantina, que atua nos estágios moderados a graves. Esses medicamentos ajudam a melhorar um pouco a memória e as atividades diárias, mas não curam a doença nem impedem sua progressão. A escolha do remédio é personalizada, levando em conta a tolerância e possíveis efeitos colaterais, e pode ser ajustada se necessário.
Nos últimos anos, surgiram os chamados tratamentos modificadores da doença (DMTs), que buscam agir diretamente nos processos que causam o Alzheimer. Nos Estados Unidos, a FDA aprovou anticorpos monoclonais contra a proteína beta-amiloide, como o lecanemabe e o donanemabe — este último aprovado no Brasil em 2025 — para pacientes com comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer leve, desde que confirmado o depósito da proteína amiloide no cérebro. Esses tratamentos exigem avaliações detalhadas e acompanhamento rigoroso, devido ao risco de efeitos colaterais como edema cerebral. O benefício clínico e o custo desses medicamentos ainda são temas de discussão entre especialistas.
Além dos medicamentos, intervenções não farmacológicas são fundamentais, incluindo exercícios para o cérebro, terapia ocupacional, apoio psicossocial, atividade física regular e estratégias para lidar com sintomas comportamentais. Terapias como musicoterapia e estimulação sensorial também ajudam a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Pesquisas continuam buscando novas opções, como imunoterapias contra outra proteína chamada tau, agentes neuroprotetores, terapias genéticas e vacinas, mas essas ainda estão em fase experimental.
Vale destacar que substâncias como vitamina E, ginkgo biloba, anti-inflamatórios e ômega-3 não mostraram benefícios comprovados para o Alzheimer e, por isso, não são recomendadas.
Por isso, o tratamento do Alzheimer deve ser personalizado, combinando medicações, terapias que atuam na doença e suporte multidisciplinar, sempre considerando o estágio da doença, as condições de saúde do paciente e a opinião da família.
Se você ou um familiar tem Alzheimer, é muito importante que o acompanhamento seja feito por um neurologista ou geriatra experiente, que pode indicar as melhores opções para cada caso.
Se precisar, estou à disposição para ajudar no acompanhamento e orientar sobre as melhores opções para o cuidado de pacientes com Alzheimer.
Esses efeitos são especialmente perigosos para quem já tem demência — como no Alzheimer — porque podem aumentar a confusão, o risco de acidentes e complicações médicas.
Por isso, especialistas e diretrizes internacionais recomendam evitar o uso da amitriptilina em idosos, principalmente naqueles com comprometimento cognitivo, pois existem outras opções de tratamento mais seguras e eficazes.
Embora alguns estudos em animais tenham sugerido que a amitriptilina poderia ajudar em aspectos do Alzheimer, não há evidências clínicas confiáveis para recomendar seu uso em pacientes humanos com essa doença.
O tratamento da doença de Alzheimer (DA) envolve uma combinação de abordagens farmacológicas e não farmacológicas, com o objetivo de aliviar sintomas, retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
As opções medicamentosas tradicionais incluem os inibidores da colinesterase — como donepezila, rivastigmina e galantamina — indicados para fases leves a moderadas da doença, e o memantina, que atua nos estágios moderados a graves. Esses medicamentos ajudam a melhorar um pouco a memória e as atividades diárias, mas não curam a doença nem impedem sua progressão. A escolha do remédio é personalizada, levando em conta a tolerância e possíveis efeitos colaterais, e pode ser ajustada se necessário.
Nos últimos anos, surgiram os chamados tratamentos modificadores da doença (DMTs), que buscam agir diretamente nos processos que causam o Alzheimer. Nos Estados Unidos, a FDA aprovou anticorpos monoclonais contra a proteína beta-amiloide, como o lecanemabe e o donanemabe — este último aprovado no Brasil em 2025 — para pacientes com comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer leve, desde que confirmado o depósito da proteína amiloide no cérebro. Esses tratamentos exigem avaliações detalhadas e acompanhamento rigoroso, devido ao risco de efeitos colaterais como edema cerebral. O benefício clínico e o custo desses medicamentos ainda são temas de discussão entre especialistas.
Além dos medicamentos, intervenções não farmacológicas são fundamentais, incluindo exercícios para o cérebro, terapia ocupacional, apoio psicossocial, atividade física regular e estratégias para lidar com sintomas comportamentais. Terapias como musicoterapia e estimulação sensorial também ajudam a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Pesquisas continuam buscando novas opções, como imunoterapias contra outra proteína chamada tau, agentes neuroprotetores, terapias genéticas e vacinas, mas essas ainda estão em fase experimental.
Vale destacar que substâncias como vitamina E, ginkgo biloba, anti-inflamatórios e ômega-3 não mostraram benefícios comprovados para o Alzheimer e, por isso, não são recomendadas.
Por isso, o tratamento do Alzheimer deve ser personalizado, combinando medicações, terapias que atuam na doença e suporte multidisciplinar, sempre considerando o estágio da doença, as condições de saúde do paciente e a opinião da família.
Se você ou um familiar tem Alzheimer, é muito importante que o acompanhamento seja feito por um neurologista ou geriatra experiente, que pode indicar as melhores opções para cada caso.
Se precisar, estou à disposição para ajudar no acompanhamento e orientar sobre as melhores opções para o cuidado de pacientes com Alzheimer.
Sua pergunta é muito importante, e é ótimo que você esteja atento(a) ao tratamento das duas.
A amitriptilina não é um medicamento indicado especificamente para tratar a doença de Alzheimer, ou seja, ela não atua na progressão da doença nem na melhora da memória. A amitriptilina é um antidepressivo tricíclico, e embora possa ser usada em algumas situações específicas, ela deve ser usada com muito cuidado em pessoas idosas e, principalmente, em pacientes com Alzheimer.
Isso porque a amitriptilina tem efeitos chamados anticolinérgicos, que podem piorar a cognição, causar confusão mental, sonolência excessiva, constipação, boca seca e até aumentar o risco de quedas. Em pacientes com Alzheimer, que já têm uma deficiência do sistema colinérgico no cérebro, isso pode agravar os sintomas cognitivos e comportamentais.
Em resumo:
– A memantina, usada pela sua mãe, é sim uma medicação aprovada e indicada para fases moderadas a avançadas da doença de Alzheimer.
– Já a amitriptilina não é considerada uma medicação de primeira escolha para pacientes com Alzheimer, e geralmente é evitada ou substituída por opções com menos risco de efeitos colaterais, caso esteja sendo usada para depressão, dor crônica ou insônia.
O ideal é que a situação da sua sogra seja avaliada por um neurologista ou geriatra, para confirmar se a amitriptilina é realmente necessária, se há alternativas mais seguras, e se ela está contribuindo ou atrapalhando na qualidade de vida. A medicação pode ter sido prescrita com alguma justificativa, mas sempre vale revisar com um olhar especializado — especialmente em casos de demência.
A amitriptilina não é um medicamento indicado especificamente para tratar a doença de Alzheimer, ou seja, ela não atua na progressão da doença nem na melhora da memória. A amitriptilina é um antidepressivo tricíclico, e embora possa ser usada em algumas situações específicas, ela deve ser usada com muito cuidado em pessoas idosas e, principalmente, em pacientes com Alzheimer.
Isso porque a amitriptilina tem efeitos chamados anticolinérgicos, que podem piorar a cognição, causar confusão mental, sonolência excessiva, constipação, boca seca e até aumentar o risco de quedas. Em pacientes com Alzheimer, que já têm uma deficiência do sistema colinérgico no cérebro, isso pode agravar os sintomas cognitivos e comportamentais.
Em resumo:
– A memantina, usada pela sua mãe, é sim uma medicação aprovada e indicada para fases moderadas a avançadas da doença de Alzheimer.
– Já a amitriptilina não é considerada uma medicação de primeira escolha para pacientes com Alzheimer, e geralmente é evitada ou substituída por opções com menos risco de efeitos colaterais, caso esteja sendo usada para depressão, dor crônica ou insônia.
O ideal é que a situação da sua sogra seja avaliada por um neurologista ou geriatra, para confirmar se a amitriptilina é realmente necessária, se há alternativas mais seguras, e se ela está contribuindo ou atrapalhando na qualidade de vida. A medicação pode ter sido prescrita com alguma justificativa, mas sempre vale revisar com um olhar especializado — especialmente em casos de demência.
Olá! Boa noite — e parabéns pela sua atenção e cuidado com o tratamento de ambas, pois o acompanhamento adequado faz grande diferença na qualidade de vida de pacientes com Alzheimer.
A amitriptilina não é uma medicação específica para o tratamento do Alzheimer. Ela pertence à classe dos antidepressivos tricíclicos e, embora possa ter utilidade em alguns casos, não tem efeito direto sobre a perda de memória, nem sobre a progressão da doença.
Em alguns pacientes com demência, o médico pode prescrever amitriptilina para tratar sintomas associados, como:
Depressão ou ansiedade;
Insônia persistente;
Dor neuropática crônica (por exemplo, dores musculares ou formigamentos).
No entanto, é importante destacar que a amitriptilina pode causar efeitos colaterais cognitivos, como sonolência excessiva, confusão, boca seca, constipação e piora da memória, especialmente em idosos e em pessoas com comprometimento cerebral pré-existente, como na Doença de Alzheimer.
Por isso, o uso dessa medicação em pacientes com Alzheimer deve ser muito cauteloso e avaliado individualmente. Em muitos casos, existem alternativas mais seguras, com menor impacto na função cognitiva — por exemplo, inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), como sertralina ou escitalopram, quando há necessidade de tratar sintomas depressivos.
Já a memantina, usada por sua mãe, é um medicamento aprovado especificamente para o tratamento da Doença de Alzheimer moderada a grave. Ela atua protegendo as células nervosas contra o excesso de estímulos e ajuda a retardar o declínio cognitivo e funcional, sendo uma opção bem estabelecida no manejo da doença.
Recomendo que a medicação da sua sogra seja reavaliada pelo neurologista ou psiquiatra, para confirmar se a amitriptilina está sendo usada pelo motivo correto e se ainda é a melhor opção para o caso dela.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma avaliação médica presencial. O acompanhamento contínuo com o especialista é fundamental para ajustar o tratamento e garantir segurança, principalmente em idosos com comprometimento cognitivo.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, em consultas presenciais em Cuiabá e São Paulo ou atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, demências e tratamento personalizado do Alzheimer, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
A amitriptilina não é uma medicação específica para o tratamento do Alzheimer. Ela pertence à classe dos antidepressivos tricíclicos e, embora possa ter utilidade em alguns casos, não tem efeito direto sobre a perda de memória, nem sobre a progressão da doença.
Em alguns pacientes com demência, o médico pode prescrever amitriptilina para tratar sintomas associados, como:
Depressão ou ansiedade;
Insônia persistente;
Dor neuropática crônica (por exemplo, dores musculares ou formigamentos).
No entanto, é importante destacar que a amitriptilina pode causar efeitos colaterais cognitivos, como sonolência excessiva, confusão, boca seca, constipação e piora da memória, especialmente em idosos e em pessoas com comprometimento cerebral pré-existente, como na Doença de Alzheimer.
Por isso, o uso dessa medicação em pacientes com Alzheimer deve ser muito cauteloso e avaliado individualmente. Em muitos casos, existem alternativas mais seguras, com menor impacto na função cognitiva — por exemplo, inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), como sertralina ou escitalopram, quando há necessidade de tratar sintomas depressivos.
Já a memantina, usada por sua mãe, é um medicamento aprovado especificamente para o tratamento da Doença de Alzheimer moderada a grave. Ela atua protegendo as células nervosas contra o excesso de estímulos e ajuda a retardar o declínio cognitivo e funcional, sendo uma opção bem estabelecida no manejo da doença.
Recomendo que a medicação da sua sogra seja reavaliada pelo neurologista ou psiquiatra, para confirmar se a amitriptilina está sendo usada pelo motivo correto e se ainda é a melhor opção para o caso dela.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma avaliação médica presencial. O acompanhamento contínuo com o especialista é fundamental para ajustar o tratamento e garantir segurança, principalmente em idosos com comprometimento cognitivo.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, em consultas presenciais em Cuiabá e São Paulo ou atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, demências e tratamento personalizado do Alzheimer, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
Boa noite. A amitriptilina não é considerada um medicamento de primeira escolha para o tratamento da doença de Alzheimer, especialmente em fases mais avançadas. Trata-se de um antidepressivo tricíclico com propriedades sedativas, utilizado em algumas situações para insônia, dor crônica ou sintomas depressivos, mas seu uso em pacientes com demência deve ser feito com muito cuidado. Isso porque a amitriptilina tem efeito anticolinérgico, ou seja, bloqueia a ação da acetilcolina, neurotransmissor essencial para a memória e a atenção — justamente aquele que já está reduzido no Alzheimer. Esse bloqueio pode causar piora cognitiva, confusão mental, sonolência excessiva, constipação, boca seca e aumento do risco de quedas. Em idosos, esses efeitos são ainda mais acentuados. Por isso, o uso da amitriptilina em pessoas com Alzheimer costuma ser evitado ou substituído por opções mais seguras, como antidepressivos de nova geração (ex.: sertralina, escitalopram, mirtazapina), que preservam melhor as funções cognitivas. Já a memantina, usada pela sua mãe, é um dos principais medicamentos indicados para o tratamento do Alzheimer moderado a grave. Ela atua protegendo os neurônios da toxicidade do glutamato e ajudando na preservação da função cognitiva e funcional. O ideal é que sua sogra seja reavaliada por um neurologista ou geriatra especializado em distúrbios cognitivos, para verificar se o uso da amitriptilina é realmente necessário ou se existem alternativas mais adequadas. Em alguns casos, o médico pode manter o antidepressivo se houver indicação específica, mas sempre pesando riscos e benefícios. O tratamento do Alzheimer deve ser individualizado e incluir não apenas medicação, mas também estimulação cognitiva, acompanhamento psicológico e suporte familiar estruturado. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, demências, distúrbios cognitivos e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira - Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728
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